quarta-feira, 30 de março de 2016

Ibope: 82% dos brasileiros desaprovam maneira de Dilma governar

Por outro lado, 14% dos entrevistados disseram que aprovam o modo como Dilma governa

Do R7
Um em cada dez brasileiros acha o governo Dilma 'ótimo' ou 'bom'Antonio Cruz/ Agência Brasi29.03.2016/
A maioria dos brasileiros — 82% — reprova a maneira como a presidente Dilma Rousseff governa o País. Segundo pesquisa Ibope, encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), divulgada nesta quarta-feira (30), 14% dos entrevistados disseram que aprovam o modo como Dilma governa e 3% não souberam ou não responderam.
Em dezembro, a desaprovação da maneira de governar de Dilma estava no mesmo patamar atual (82%), assim como os 14% que a aprovavam. Houve recuo, porém, no percentual dos que não sabem e não responderam, uma vez que no fim do ano passado eram 4%.
A pesquisa considerou 2.002 entrevistas, feitas em 143 municípios, entre os dias 17 e 20 de março. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Rejeição
Outro dado apresentado pela pesquisa é a rejeição à administração da presidente. De acordo com o Ibope, houve um recuo de um ponto percentual na passagem de dezembro de 2015 para março deste ano. Trata-se do maior patamar desde os últimos anos do governo de José Sarney.
A maioria dos brasileiros (69%) consideram o governo da petista "ruim" ou "péssimo". Outros 19% consideram o governo "regular" e os que avaliam a administração da petista como "ótima" ou "boa" totalizam 10%. Por fim, 1% dos entrevistados não soube se posicionar ou não respondeu.
Em dezembro do ano passado, 70% dos brasileiros diziam que o governo Dilma era "ruim" ou "péssimo", enquanto 20% consideravam a administração "regular" e 9% julgavam a gestão "ótima" ou "boa". Para completar, 1% não soube ou não respondeu.
Confiança em Dilma
Em relação à confiança em Dilma, 80% disseram não confiar na presidente. Por outro lado, 18% afirmaram confiar na petista e 2% não souberam ou não responderam.
Em dezembro, a desconfiança em Dilma estava em 78%, enquanto 18% diziam confiar na presidente. Outros 3% não souberam responder ou não responderam naquela ocasião.

terça-feira, 29 de março de 2016

Malafaia convoca mega-ato com 'profecias' sobre fim da corrupção após era PT


Agência PTImage copyrightAgencia PT
Image captionUm dos organizadores de ato profético, Malafaia promete "descer a marreta" no governo
Presidente do Conselho de Pastores do Brasil, que reúne 10 mil líderes evangélicos, e seguido por mais de 2,5 milhões de perfis em diferentes redes sociais, o pastor Silas Malafaia prepara um "ato profético", em Brasília, que deve reunir líderes de 85% da população evangélica brasileira e milhares de fiéis.
Previsto para coincidir com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso, o ato deve mobilizar caravanas de ônibus e promete revelar profecias, segundo o pastor, sobre o "fim da corrupção e da crise econômica" no Brasil.
"O ato profético é para declarar que a corrupção vai acabar, que toda a bandalheira vai ser exposta", diz. Sobre a complexidade da promessa, Malafaia argumenta: "Quando Israel vivia períodos de crise, levantava um profeta que dizia que viriam tempos de paz e prosperidade. E aquilo tudo mudava. Então nós conhecemos esta prática."
Apesar de prometer, pessoalmente, "descer a marreta" no governo, ele afirma que o ato é sobretudo religioso.
"O problema do malandro é pensar que todo mundo é burro e só ele é esperto", diz. "Seria uma afronta usar a minha religião para escorar minha ideologia política. Acho isso uma covardia."
Leia os principais trechos da entrevista à BBC Brasil:
BBC Brasil - O senhor está convocando um "ato profético" em Brasília. Qual será a profecia?
Silas Malafaia - Vamos trazer líderes evangélicos para podermos orar para livrar o Brasil do caos, da desgraça social, desmascarar essa corrupção toda e termos dias de paz e prosperidade. Cada líder tem o direito de falar o que quiser: tanto pedir oração, quanto falar algo acerca do governo. Eu vou descer a marreta em cima destes caboclos. Mas o ato em si não é para ser a favor ou contra o governo.
BBC Brasil - Quem acompanha o senhor no Twitter sabe que não haverá lideranças pró-governo no ato.
Silas Malafaia - Não, não vai ter. Conheço todos os caras que estão dando apoio. Não vai ter. Se tivesse algum, ia dar vaia. Eu conheço o que o povo evangélico defende.
Agencia BrasilImage copyrightAgencia Brasil
Image caption"Se o ato fosse meu, eu diria: 'Vamos pedir a cabeça de Dilma'", diz pastor
BBC Brasil - Se ninguém defende o governo em um ato sobre o futuro do país, o argumento religioso não pode parecer apenas retórico? O que diria a quem acredita que o discurso religioso mascara o objetivo político do ato?
Malafaia - Deixa eu ser bem honesto com você. O ato é uma convocação para fazermos uma oração pelo Brasil. Por isso falamos um ato profético em favor do Brasil. Se algum pastor falar alguma coisa (sobre o governo), a responsabilidade é dele. Eu não falo pelos evangélicos porque não tenho procuração. Se o ato fosse meu, eu diria: 'Vamos pedir a cabeça de Dilma'. Como não é meu, não posso falar que vai ser um ato exclusivo (contra o governo). Uns 70 a 80% dos pastores vão se ater só à questão espiritual, vão bater na tecla de orar pelo Brasil.
BBC Brasil - O que significa o termo profético?
Silas Malafaia - Um ato profético é fazer declarações sobre o futuro de um país. Profecia é coisa que ainda vai se cumprir, correto? É algo que vai acontecer e que se antecipa. Nós vamos declarar que o Brasil vai ser próspero, vai ter paz e vai ficar livre da corrupção, da crise econômica. Isso tudo é profético.
BBC Brasil - Então sua profecia é que crise econômica e corrupção vão terminar junto com o governo.
Silas Malafaia - Isso aí. É isso aí. É isso aí mesmo. O ato profético é para isso, é para declarar que a corrupção vai acabar, que toda a bandalheira vai ser exposta, que não vai ter derramamento de sangue, porque os 'esquerdopatas' têm o DNA da baderna, da desordem.
BBC Brasil - Não parece é difícil bancar uma profecia de fim da crise econômica e da corrupção, pastor?
Silas Malafaia - Não é difícil, não, rapaz. Na Bíblia, em épocas em que Israel vivia períodos de crise e fome, levantava um profeta que dizia que viria um tempo de paz e prosperidade. E aquilo tudo mudava. Então nós conhecemos esta prática. Agora, eu, além de liberar a palavra profética, vou 'sacudir a roseira' sobre o que está acontecendo, não tenha dúvida.
BBC Brasil - Por que a data 11 de maio?
Silas Malafaia - É muito difícil conseguir licença para a Esplanada dos Ministérios. Nós vamos montar uma estrutura violenta, não vai ser trio elétrico, não. Mas devo conseguir antecipar para o dia 27 de abril, quando o impeachment estará na beira, lá no Senado. Se for em maio também vale, mas queremos antecipar para chegar junto deste momento que estamos vivendo.
BBC Brasil - Um grupo de lideranças evangélicas em 25 Estados lançou um manifesto a favor do Estado Democrático de Direito e contra alguns procedimentos da Lava Jato. Como avalia?
Silas Malafaia - [gargalhada] Isso é o comunismo no Evangelho. A maioria destes caras, não todos, têm ONGs que mamam no governo. Não representam 1% dos evangélicos do país. Tem luteranos nisso aí, metodistas, presbiterianos... Eu conheço os caboclos, é tudo petista, meu chapa. Eu já disse: assino qualquer documento pelo afastamento de Cunha, Dilma e Renan. Não sou hipócrita.
BBC Brasil - O senhor, no ato profético, pretende reiterar o pedido afastamento de Cunha, Dilma e Renan?
Silas Malafaia - Vou. [pausa] Aqui no meu ato vão estar líderes que representam 85% dos evangélicos do país. No Brasil, tem 55 milhões de evangélicos. Para tu ver. Estes outros são 1%.
ReutersImage copyrightReuters
Image captionMalafaia diz que, em seu evento, vai reiteirar pedido de afastamento de Dilma, Renan e Cunha
BBC Brasil - O senhor prega dezenas de vezes ao dia pelo fim do governo, em redes sociais e cultos. Não haveria um conflito de interesses entre religião e política neste discurso?
Silas Malafaia - O cristianismo é uma ideologia. Quem disse que a de Marx vale mais? Isso é uma falácia para impedir a manifestação das pessoas. O estado é laico, não tem religião, mas não é laicista, não é contra a religião. Quem falou que a política é laica? Ela representa os anseios e ideologias do povo, sejam eles ateístas, comunistas ou cristãos. Não se pode descartar crenças e valores de uma pessoa. Eu, quando falo, falo como cidadão e isso independe do meu cargo e função. Sou um cidadão brasileiro.
BBC Brasil - Com uma visibilidade bastante amplificada pelo trabalho de evangelizador.
Silas Malafaia - Ah, aí, meu filho... Nenhum pastor pode dizer que a igreja evangélica é contra o governo. Eu não tenho nem autoridade para falar em nome da minha Igreja, porque dentro dela tem gente que gosta do governo. Seria uma afronta eu usar a minha religião para escorar minha ideologia política. Acho isso uma covardia. Mas eu acredito que 80% dos evangélicos são a favor do impeachment. Pelo que observo e ouço. Mas não posso dizer que são a favor.
BBC Brasil - O senhor separa religião e militância então?
Silas Malafaia - Estou sendo bem franco. Querer enganar quem sabe é ser idiota. O problema do malandro é pensar que todo mundo é burro e só ele é esperto. Acho uma afronta pegar a igreja e botar neste balaio. Como eu tenho uma notoriedade minha palavra vai ter um peso. Veja o presidente da FIESP. Queria saber, se ele não fosse presidente, se ia ter alguma notoriedade quando abre a boca. Eu não tenho partido político.
BBC Brasil - As igrejas vão oferecer alguma estrutura para trazer fiéis para Brasília?
Silas Malafaia - Por isso falo que não é um ato político. Como estou dizendo que é um ato profético, muitos pastores vão trazer membros para orar pelo Brasil.
BBC Brasil - Para este ato profético, vão trazer fiéis?
Silas Malafaia - Acredito que muitos pastores vão mandar ônibus com gente de vários lugares do Brasil.
BBC Brasil - Mas o senhor critica CUT e MST por trazerem militantes para protestos.
Silas Malafaia - Aqui, meu filho, é cada um por si. Eu não pago nada, não pago lanche, porcaria nenhuma.

Por aclamação, PMDB oficializa rompimento com governo Dilma

Os seis ministros peemedebistas serão orientados a entregar seus cargos.
Saída do PMDB pode desencadear desembarque de outras siglas aliadas.

O Diretório Nacional do PMDB decidiu nesta terça-feira (29), por aclamação, romper oficialmente com o governo da presidente Dilma Rousseff. Na reunião, a cúpula peemedebista também determinou que os seis ministros do partido e os filiados que ocupam outros postos no Executivo federal entreguem seus cargos.
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não participou da reunião que oficializou a ruptura com o governo sob o argumento de que não desejava "influenciar" a decisão. No entanto, ele teve participação ativa na mobilização pelo desembarque do partido e passou toda a segunda-feira (28) em reuniões com parlamentares e ministros do PMDB em busca de uma decisão “unânime”.
Comandada pelo primeiro vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reunião durou menos de cinco minutos. Após consultar simbolicamente os integrantes do partido, Jucá decretou o resultado da votação.
"A partir de hoje, nessa reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma Rousseff e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB", enfatizou.
A decisão do PMDB aumenta a crise política do governo e é vista como fator importante no processo de impeachment de Dilma. Há a expectativa de que, diante da saída do principal sócio do PT no governo federal, outros partidos da base aliada também desembarquem da gestão petista.
Atualmente, o PMDB detém a maior bancada na Câmara, com 68 deputados federais. O apoio ao governo, porém, nunca foi unânime dentro da sigla e as críticas contra Dilma se intensificaram com o acirramento da crise econômica e a deflagração do processo de afastamento da presidente da República.
Resumo da reunião
Presenças: o presidente nacional do partido e vice da República, Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os seis ministros do partido não compareceram. O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava presente.
Local: o evento foi realizado no plenário 1 do Anexo 2, o maior da Câmara dos Deputados. O plenário, com capacidade para 138 pessoas sentadas, mas o número de presentes era superior porque a maioria estava de pé.
- Duração: a reunião durou 4 minutos e 12 segundos. Não houve discursos, somente um pronunciamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que presidiu a reunião.
A decisão: a moção aprovada prevê que o partido se desvincula imediatamente do governo e entrega todos os cargos que detém na administração federal.
Aprovação: a aprovação da saída do governo se deu por aclamação, sem votação. Todos os presentes levantaram as mãos sinalizando concordância com a decisão. Após a aprovação, houve gritos de "Fora PT".
Efeito dominó
Na reunião desta terça, os peemedebistas decidiram que os ministros da legenda que descumprirem a determinação de deixar o governo poderão sofrer sanções, como expulsão do partido.
Após a decisão do Diretório Nacional do PMDB, o G1 procurou as assessorias dos ministérios da Agricultura, da Aviação Civil, de Portos, de Ciência e Tecnologia, de Minas e Energia e da Saúde.
Por meio da assessoria, o Ministério da Saúde informou que Marcelo Castro permanecerá "por enquanto" tanto no cargo de ministro quanto no PMDB e aguardará os "próximos passos do partido", como o prazo que será dado pela legenda para que os ocupantes de cargos no Executivo deixem as vagas.
Até esta segunda-feira, o PMDB ocupava sete cadeiras no primeiro escalão do governo Dilma. No entanto, Henrique Eduardo Alves, um dos peemedebistas mais próximos de Michel Temer, se antecipou à decisão da cúpula e entregou seu cargo a Dilma.
Dilma também lançou mão dos últimos esforços para tentar resgatar o apoio do partido. Na manhã de segunda, ela chamou ao seu gabinete no Palácio do Planalto seis dos sete ministros do PMDB para avaliar o cenário. No entanto, no fim do dia, Henrique Alves, um dos presentes ao encontro, apresentou a sua carta de renúncia.
Apesar do desembarque, Temer continuará na Vice-Presidência da República sob o argumento de que foi eleito pela população na chapa de Dilma e de que não ocupa, portanto, cargo de submissão à presidente.
Afastamento
A decisão de afastamento já estava tomada, mas o PMDB decidiu dar uma espécie de “aviso prévio” ao governo. Reunião da convenção nacional do PMDB no dia 12 de março foi marcada por discursos em defesa do impeachment de Dilma e do rompimento com o governo.
Na ocasião, ficou decidido que o partido anunciaria em 30 dias se desembarcaria ou não do governo. Também ficou estabelecido que o PMDB não assumiria novos ministérios até que o fosse definido se haveria o rompimento.
No entanto, dias depois, a presidente Dilma ignorou a decisão e empossou o deputado licenciado Mauro Lopes (PMDB-MG) como ministro da Secretaria de Aviação Civil. A nomeação foi vista como uma afronta pelo partido, que abriu um processo no seu Conselho de Ética para expulsá-lo da legenda. O episódio ajudou a agravar a crise e acelerou a decisão do partido.
Escalada da crise
A relação do PMDB com o governo do PT tem se deteriorado nos últimos anos. Quando Dilma se preparava para disputar o segundo mandato, o partido deu mostras claras de que estava rachado quanto ao apoio à petista.
Na época, em junho de 2014, a manutenção da aliança foi aprovada pela convenção nacional do PMDB, mas recebeu mais de 40,8% de votos contrários. A ala dissidente reclamava que o partido não era ouvido pelo governo federal e que os ministros da legenda não tinham real poder de comando.
Ao longo do primeiro ano do segundo mandato de Dilma, a crise se agravou. O primeiro embate entre PT e PMDB ocorreu na disputa pela presidência da Câmara, quando o governo federal iniciou uma campanha ostensiva para que Arlindo Chinaglia (PT-SP) vencesse a eleição e derrotasse o candidato peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se elegeu em primeiro turno. 
Sob o comando Cunha, a Câmara derrotou o Planalto em diversas ocasiões neste ano, com a votação de matérias desfavoráveis ao governo. Além disso, no ano passado, houve na Casa a instalação da CPI da Petrobras, para investigar o escândalo de corrupção na estatal.
Para tentar conter a rebelião na base, a presidente promoveu, em 2015, uma reforma ministerial para ampliar o espaço do PMDB no governo, que chegou a ter sete ministérios. No entanto, a estratégia não foi bem sucedida.
Para agradar os parlamentares na Câmara, o governo entregou ao líder da bancada, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), a incumbência de indicar nomes para duas pastas, incluindo a da Saúde, com o maior orçamento da Esplanada. Essa aproximação descontentou ainda mais a ala rebelde do partido, que se voltou contra Picciani quando ele indicou integrantes menos críticos a Dilma para a comissão do impeachment.
Ele chegou a ser destituído do posto em dezembro por oito dias em uma articulação patrocinada diretamente por Temer e Cunha, mas conseguiu reaver o posto com o apoio da maioria.
Para ser reeleito neste ano, foi preciso uma atuação direta do Planalto para garantir a ele votos suficientes, inclusive com a exoneração temporária do ministro da Saúde, Marcelo Castro, para reassumir como deputado e votar a favor de Picciani.
Apesar da entrega de cargos, a ala do PMDB descontente com o governo ganhou força com a queda continuada de popularidade da presidente, agravada pela escalada de denúncias relacionadas à Operação Lava Jato.

Esqueceu a senha do Wi-Fi? Recupere-a em menos de 5 minutosk

Um dos problemas mais comuns dos internautas é esquecer a senha da conexão Wi-Fi. É possível, entretanto, descobrir a palavra em poucos minutos, sendo necessário apenas realizar procedimentos simples no computador.
No tutorial abaixo, realizado no Windows 10, você aprende como recuperá-la. Em outras versões do Windows (7 e 8) o passo a passo é semelhante.

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1.

No buscador interno do sistema, digite "Painel de Controle" e clique sobre ele.
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2.

Na janela que abrir, entre em "Rede e Internet" e, na sequência, "Central de Rede e Compartilhamento".
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3.

Aparecerá a rede que você está conectado. Clique sobre ela. Caso você esteja no WIndows 7, acesse "Gerenciar redes sem fio". Encontre sua rede e clique sobre ela. Depois, entre em "Propriedades".
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4.

Em "Propriedades da conexão sem fio", clique em "Segurança". Marque o item "Mostrar caracteres" e, pronto, aparecerá sua senha em "Chave de segurança de rede".

Aprenda a proteger seu Wi-Fi dos "vampiros" de conexão


  • iStock
O sinal aberto e descuidado do seu roteador pode atrair "sanguessugas". Se você notou que o seu Wi-Fi deixa a desejar e já fez de tudo para melhorar o sinal, pode ser que exista alguém se apropriando indevidamente de sua conexão.
Há, porém, uma maneira de descobrir e banir esses "vampiros". Para isso, basta entrar nas configurações de seu roteador e bloquear os invasores, desabilitando a entrada do indesejado MAC (Media Access Control) --número que serve para controlar o acesso em redes.
Claro que, se o endereço MAC mudar ou surgir um novo invasor, o processo deverá ser refeito. Veja abaixo, passo a passo, do processo em um roteador TP-Link. Os demais aparelhos seguem mais ou menos o mesmo padrão. Em caso de dúvida, consulte o manual. 

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1.

No Windows, pesquise por "Prompt de comando". Uma janela se abrirá. Nela, digite "ipconfig" e copie o número de "Gateway padrão". Cole a numeração no seu navegador. Às vezes, para acessar seu roteador, é necessário colocar "/padrao" após o número, por exemplo: "192.168.1.1/padrao".
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2.

Insira seu usuário e senha. Normalmente, admin/admin.
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3.

No menu da lateral esquerda, clique em "Wireless" e depois em "Wireless MAC Filtering". Em "Enable/Disable", ative a função de filtragem. Em "Filtering rules", escolha qual MAC você permite ou nega acesso. O MAC que não for de nenhum de seus dispositivos é o do invasor.
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4.

No campo "MAC Address", digite o número do equipamento a ser filtrado. "Description" é a simples descrição do aparelho. "Status" ativa ou desativa o filtro. Salve a nova configuração. Pronto, você está livre dos ladrões de conexão.

Manuscritos do Mar Morto cairão na internet para consulta

iMas opções

Os Manuscritos do Mar Morto -documentos bíblicos de 2.000 anos descobertos nas cavernas desérticas de Qumran, em Israel- são o maior e mais antigo quebra-cabeça do mundo.
Muitos de seus cerca de 20 mil fragmentos -3.000 deles ainda nem digitalizados- continuam um mistério para especialistas que, há décadas, lutam contra o tempo para encaixar as peças do enigma.
Com orçamento de 1,6 milhão de euros da Fundação Alemã de Pesquisa (DFG), israelenses e alemães anunciaram, no fim de fevereiro, o projeto Scripta Qumranica Electronica. Será criado um site onde qualquer um-especialista ou leigo- poderá tentar decifrar as charadas escondidas nos documentos.
A rápida deterioração dos milhares e minúsculos fragmentos torna a missão urgente. Os fragmentos não podem ser expostos à luz natural sob perigo de perderem ainda mais a nitidez ou se desintegrarem.
Quando os documentos foram encontrados, entre 1946 e 1956, alguns estavam quase intactos graças ao ambiente seco do deserto da Judeia e ao fato de terem passado os últimos 2.000 anos no escuro, dentro de vasos de argila escondidos em cavernas.
Mas outros tinham sido reduzidos a pedaços mínimos quase ininteligíveis. Hoje, são mantidos a sete chaves em ambiente especial no Santuário do Livro, do Museu de Israel, em Jerusalém.
É aí que entra a tecnologia. Ferramentas como reconhecimento de caligrafia e textura dos pergaminhos estão sendo desenvolvidas para ajudar a casar as peças sem tocá-las.
As ferramentas não servirão só para encaixar fragmentos cujo lugar ainda não foi encontrado, mas para ver formas diferentes de montar manuscritos que já pareciam decifrados.
O projeto, com prazo de cinco anos para ficar pronto, é uma colaboração entre especialistas em pergaminhos antigos e cientistas da computação. Juntos, eles vão criar um ambiente virtual e dinâmico no qual os fragmentos já digitalizados -e os ainda não digitalizados- poderão ser consultados por gente de todo o mundo, junto a bancos de dados de textos, transliterações e análises de conteúdo.
"Primeiro, queremos decifrar tudo o que ainda não conseguimos. Depois, montar o que ainda não foi identificado", explica Pnina Schor, curadora e diretora do Projeto Manuscritos do Mar Morto.
divisão do trabalho
Em 2012, Pnina lançou um site com fotografias dos Manuscritos do Mar Morto: a Biblioteca Digital Leon Levy, da Autoridade de Arqueologia de Israel (IAA), com apoio do Google. O sucesso foi enorme: mais de um milhão de pessoas já o visitaram. Atualmente, há 15 mil visitas semanais.
A ideia é conectar esse site aos da Academia de Ciências e Humanidades de Göttingen, na Alemanha, das universidades israelenses de Tel Aviv e Haifa, e da Academia de Letras de Israel.
Cada uma das instituições se especializará em um aspecto dos manuscritos: do escaneamento das imagens em alta resolução dos fragmentos à transliterações dos textos, passando por um dicionário de palavras e análise do conteúdo.
"A tecnologia de hoje é incrível. Com fotografia infravermelha e multiespectral, podemos ver palavras ocultas em pergaminhos que escureceram com o tempo. Por isso, há leituras novas dos documentos, que nos fazem repensar o que já foi descoberto", diz Pnina Schor.
O projeto também levanta questões filosóficas. Afinal, 2.000 anos separam os escribas dos textos escondidos no deserto da Judeia dos cientistas do século 21.
"Alguns dos manuscritos do Mar Morto contêm questionamentos religiosos, provavelmente por isso as pessoas se interessam tanto. Eles podem ajudá-los a compreender as origens do cristianismo", afirma o professor Nachum Dershowitz, do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Tel Aviv.
Segundo Dershowitz, grande percentual das peças desse quebra-cabeça sumiu ou se desintegrou. A tecnologia pode ajudar no trabalho, mas o olho humano não poderá ser substituído.
"No fim, é o olho humano que vai identificar se as peças se encaixam ou não. Mas se você tem milhares de peças e o computador pode fazer sugestões", diz.
TEXTOS MOSTRAM PRIMÓRDIOS DO CRISTIANISMO
Os Manuscritos do Mar Morto foram descobertos há 70 anos dentro de jarros de argila nas cavernas desérticas de Qumran, a cerca de dois quilômetros do Mar Morto e a 420 m abaixo do nível do mar, o local mais baixo da Terra. Os primeiros jarros foram revelados em 1946, mas por dez anos ainda retiravam-se pergaminhos do local.
Os 972 textos encontrados datam de 400 a.C. até 300 d.C. São escritos principalmente em hebraico, mas há textos também em aramaico, grego e numa escrita críptica quase ininteligível.
São divididos em manuscritos bíblicos (40%); bíblicos apócrifos, ou seja, não incluídos na Bíblia (30%); e manuscritos sectários, que revelam a ideologia e o cotidiano do grupos judaicos da época (30%).
Dos 225 textos bíblicos (os mais antigos já descobertos), há, por exemplo, o mais antigo exemplo dos Dez Mandamentos.
Os documentos revelam o passado da Judeia sob controle de gregos e romanos. Parte deles foi escrita na época de Cristo e conta a história dos judeus nos primórdios do cristianismo.
A descoberta foi feita por acaso pelo pastor de ovelhas Muhammad Edh-Dhib na época em que a região era controlada pelos britânicos. Hoje, ela faz parte da Cisjordânia, disputada entre palestinos e israelenses.
Diz a lenda que, para tentar descobrir o que havia numa das cavernas, o pastor jogou uma pedra e escutou, para seu assombro, o barulho de argila quebrando.(dk)