Sobrevoe Plutão com a New Horizons
Quer passear com a New Horizons pelas planícies congeladas de Plutão e suas cadeias de montanhas de gelo? A Nasa acaba de divulgar um vídeo mostrando como seria sobrevoar essas regiões, baseada em dados colhidos pela sonda durante sua histórica passagem pelo planeta anão, na última terça-feira (14).
A variedade de terreno continua a encantar. As planícies recém-reveladas fazem parte do famoso “coração” de Plutão, batizado (por ora informalmente, mas pode apostar que a União Astronômica Internacional vai oficializar) de Tombaugh Regio. Elas revelam uma história intrincada de erosão, provavelmente fruto da sublimação de gelos e interação com a atmosfera do planeta anão.
Essa planície em particular está sendo chamada de Sputnik Planum pelos cientistas da New Horizons, em homenagem ao primeiro satélite artificial, lançado pela União Soviética em 1957. Ela fica logo ao lado da cadeia de montanhas divulgada na quarta-feira, batizada provisoriamente de Norgay Montes, em homenagem a Tenzing Norgay, o primeiro homem ao chegar ao cume do Everest e o primeiro nepalês a virar nomenclatura no Sistema Solar.
Dados espectroscópicos também revelaram que o centro da Tombaugh Regio tem grande concentração de gelos de monóxido de carbono, mas ninguém sabe se há uma fonte ali ou se o material apenas se acumula naquela região.
Começam a aparecer os primeiros dados atmosféricos colhidos durante o encontro, conforme a sonda passou por trás de Plutão e observou a ocultação do Sol pelo planeta anão. Eles já permitem discriminar entre vários modelos da atmosfera plutoniana, feita principalmente de nitrogênio e, mais perto da superfície, ganha uma participação maior de metano. Aparentemente, ela é mais compacta e densa perto do chão, talvez um pouco mais fria do que o esperado.
E uma novidade intrigante é o acúmulo de material escuro observado em algumas das fissuras poligonais em Sputnik Planum. O que seriam eles? “A ideia menos maluca é que sejam hidrocarbonetos produzidos pela irradiação de metano”, disse Jeff More, um dos cientistas da missão, durante a coletiva realizada nesta sexta-feira (17).
A essa altura, temos também imagens, em baixa resolução, das luas Nix e Hidra. Elas são interessantes, mas muito pequenas para oferecer muitos detalhes. A essa altura, tudo que dá para dizer delas é o tamanho (Nix tem 40 km, Hidra tem 43 km por 33 km), e o fato de que há variações de cor em sua superfície, predominantemente dominada por gelo.
Importante lembrar que os resultados até agora apresentados, por mais espetaculares que pareçam, são apenas o começo, menos de 2% do total colhido pela sonda, estimado em cerca de 6 gigabytes — o material completo só estará no chão após um download de 16 meses! “Parece que o Sistema Solar reservou o melhor para o final”, brincou Alan Stern, cientista-chefe da missão.
MENSAGEIRO SIDERAL NA TV: Aproveitando o embalo, nesta sexta-feira (17), estarei no “Programa do Jô”, falando do meu último livro, “Extraterrestres”, e da busca científica por vida alienígena. Não teremos nada sobre Plutão (a entrevista foi gravada bem antes da chegada da New Horizons), mas no sábado (18), no Jornal das Dez, da GloboNews, a partir das 22h, minha coluna abordará as principais descobertas sobre Plutão, com todas as sensacionais imagens colhidas pela New Horizons. (Nem preciso mencionar o próximo episódio do programa “SP Pesquisa”, da TV Cultura, sábado, às 16h, que falará sobre Amazônia, né?)
E NO CÉU: No mesmo sábado, se você se cansar do Mensageiro Sideral, pode cortar o intermediário e olhar para o céu. Teremos a Lua num fino crescente compondo uma cruz com Júpiter, Vênus e a estrela Regulus, na direção do poente, além dos dois “cruzeiros” que estão sempre disponíveis — o verdadeiro Cruzeiro do Sul, a constelação, e sua versão “falsificada”, entre as constelações de Carina e Vela, muitas vezes confundida com o original. Mais informações, aqui.
A variedade de terreno continua a encantar. As planícies recém-reveladas fazem parte do famoso “coração” de Plutão, batizado (por ora informalmente, mas pode apostar que a União Astronômica Internacional vai oficializar) de Tombaugh Regio. Elas revelam uma história intrincada de erosão, provavelmente fruto da sublimação de gelos e interação com a atmosfera do planeta anão.
Essa planície em particular está sendo chamada de Sputnik Planum pelos cientistas da New Horizons, em homenagem ao primeiro satélite artificial, lançado pela União Soviética em 1957. Ela fica logo ao lado da cadeia de montanhas divulgada na quarta-feira, batizada provisoriamente de Norgay Montes, em homenagem a Tenzing Norgay, o primeiro homem ao chegar ao cume do Everest e o primeiro nepalês a virar nomenclatura no Sistema Solar.
Dados espectroscópicos também revelaram que o centro da Tombaugh Regio tem grande concentração de gelos de monóxido de carbono, mas ninguém sabe se há uma fonte ali ou se o material apenas se acumula naquela região.
Começam a aparecer os primeiros dados atmosféricos colhidos durante o encontro, conforme a sonda passou por trás de Plutão e observou a ocultação do Sol pelo planeta anão. Eles já permitem discriminar entre vários modelos da atmosfera plutoniana, feita principalmente de nitrogênio e, mais perto da superfície, ganha uma participação maior de metano. Aparentemente, ela é mais compacta e densa perto do chão, talvez um pouco mais fria do que o esperado.
E uma novidade intrigante é o acúmulo de material escuro observado em algumas das fissuras poligonais em Sputnik Planum. O que seriam eles? “A ideia menos maluca é que sejam hidrocarbonetos produzidos pela irradiação de metano”, disse Jeff More, um dos cientistas da missão, durante a coletiva realizada nesta sexta-feira (17).
A essa altura, temos também imagens, em baixa resolução, das luas Nix e Hidra. Elas são interessantes, mas muito pequenas para oferecer muitos detalhes. A essa altura, tudo que dá para dizer delas é o tamanho (Nix tem 40 km, Hidra tem 43 km por 33 km), e o fato de que há variações de cor em sua superfície, predominantemente dominada por gelo.
Importante lembrar que os resultados até agora apresentados, por mais espetaculares que pareçam, são apenas o começo, menos de 2% do total colhido pela sonda, estimado em cerca de 6 gigabytes — o material completo só estará no chão após um download de 16 meses! “Parece que o Sistema Solar reservou o melhor para o final”, brincou Alan Stern, cientista-chefe da missão.
MENSAGEIRO SIDERAL NA TV: Aproveitando o embalo, nesta sexta-feira (17), estarei no “Programa do Jô”, falando do meu último livro, “Extraterrestres”, e da busca científica por vida alienígena. Não teremos nada sobre Plutão (a entrevista foi gravada bem antes da chegada da New Horizons), mas no sábado (18), no Jornal das Dez, da GloboNews, a partir das 22h, minha coluna abordará as principais descobertas sobre Plutão, com todas as sensacionais imagens colhidas pela New Horizons. (Nem preciso mencionar o próximo episódio do programa “SP Pesquisa”, da TV Cultura, sábado, às 16h, que falará sobre Amazônia, né?)
E NO CÉU: No mesmo sábado, se você se cansar do Mensageiro Sideral, pode cortar o intermediário e olhar para o céu. Teremos a Lua num fino crescente compondo uma cruz com Júpiter, Vênus e a estrela Regulus, na direção do poente, além dos dois “cruzeiros” que estão sempre disponíveis — o verdadeiro Cruzeiro do Sul, a constelação, e sua versão “falsificada”, entre as constelações de Carina e Vela, muitas vezes confundida com o original. Mais informações, aqui.
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