sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Preço da comida sobe em ritmo menor em agosto e inflação atinge 8,97% em um ano

Batata, cenoura, cebola e feijão estão mais baratos. Alta dos preços ficou em 0,44% no mês
Do R7

Os preços dos alimentos subiram em ritmo menor em agosto na comparação com julho, o que se refletiu positivamente na inflação oficial do mês passado, quando marcou 0,44% — abaixo da alta de 0,52% registrados em julho. Apesar do recuo, a alta dos preços é a maior para um mês de agosto desde 2007.
Com isso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 8,97% os últimos 12 meses, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (9).
A meta estipulada pelo governo é de 4,5%, com tolerância até 6,5% para o ano de 2016. Portanto, apesar de o resultado da inflação de agosto ser boa para o seu bolso, o País ainda está longe de cumprir o plano para o controle dos preços.
Em julho, o aumento médio dos alimentos havia sido de 1,32% e, agora em agosto, essa alta foi de 0,30%.
Também subiram em ritmo mais lento os itens ligados à transportes, comunicação (como telefone fixo e celular, acesso à internet e TV à cabo) e artigos de residência (móveis, eletrodomésticos e roupa de cama, mesa e banho, por exemplo).
Seu bolso
Se ir ao supermercado continua um martírio para o seu bolso, os dados de agosto mostram um leve alívio na compra de itens como a batata-inglesa, a cebola, o feijão-carioca e as hortaliças em geral.
A cebola está 18,46% mais barata na comparação entre julho e agosto, enquanto as hortaliças recuaram 8,81%, a batata-inglesa está 8% mais em conta e a cenoura ficou 5,67% mais barata.
O feijão-carioca é um caso à parte: em agosto, ficou 5,6% mais leve no bolso do brasileiro, mas, no ano de 2016, ainda acumula uma alta de 136,57%. Isso quer dizer que o preço mais que dobrou nesse período.
Inflação por cidade
O IBGE indicou a inflação oficial em 8,97% nos últimos 12 meses, mas os preços subiram acima disso nos últimos 12 meses. Em Fortaleza (CE), a inflação acumulada é de 11,03% até agosto e, em Belém (PA), 9,96%.
No Rio de Janeiro, os preços já aumentaram 9,86% no último ano, comportamento parecido com o de Porto Alegre (RS), onde a inflação acumulada está em 9,5%.
Em São Paulo, que tem maior peso no cálculo da inflação oficial, os preços aumentaram 8,84% nos últimos 12 meses.

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