Suspeito de tentativa de estupro, Feliciano pode ser investigado no Conselho de Ética
Representação foi apresentada nesta quarta-feira ao presidente da Câmara
Deputadas de diferentes partidos apresentaram nesta quarta-feira (10) uma representação ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pedindo que o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) seja investigado pelo Conselho de Ética da Casa. O parlamentar é acusado por suposta tentativa de estupro, assédio sexual e agressão.
A petição foi assinada por 22 deputadas e apoiada por entidades representativas. A partir de agora, segue para a Corregedoria da Casa, que posteriormente retorna o pedido ao presidente, para que ele finalmente encaminhe ao Conselho de Ética.
Ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Feliciano foi acusado pela jornalista Patrícia Lellis. Ela afirmou em entrevista que foi atraída por Feliciano para seu apartamento funcional, em Brasília, onde ele teria proposto que ela fosse sua amante em troca de um cargo no partido e um salário de R$ 15 mil. "Ele tentou me arrastar para o quarto e tirar meu vestido. Como eu resisti, ele me deu um soco na boca e um chute na perna", disse Patrícia, na última semana.
A líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse que não haverá prejulgamento. "Esperamos apuração isenta do Conselho de Ética", afirmou. "Omissão da Casa não é aceitável." Segundo ela, se houver comprovação de crimes, o regimento da Câmara prevê punições.
A deputada lamentou que o PSC tenha decidido manter o parlamentar na liderança da sigla e disse que esse não é um caso que envolve religião. "O PSC deveria pedir para apurar o caso", afirmou. "Não considero que os evangélicos concordem com qualquer omissão com relação a isso."
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