Número de mortos em terremoto na Itália sobe para 73
Total de pessoas afetadas pelo tremor deve aumentar
Subiu para 73 o número de mortos no terremoto desta quarta-feira (24) na Itália. Desse total, 53 são da região do Lazio, e 20 de Marcas.
O terremoto devastador destruiu uma série de cidades montanhosas no centro da Itália nesta quarta-feira (24), deixando moradores presos sob pilhas de escombros e milhares de pessoas desabrigadas.
O tremor ocorreu nas primeiras horas da manhã, quando a maioria dos moradores dormia, derrubando casas e destruindo ruas em um conjunto de pequenas cidades italianas cerca de 140 km a leste de Roma.
Uma família de quatro pessoas, incluindo dois meninos de 8 meses e 9 anos, foi soterrada quando sua casa desmoronou em Accumoli.
Enquanto os socorristas levavam o corpo da criança de colo, cuidadosamente coberta sob uma manta, sua avó culpava Deus aos prantos: "Ele levou todos de uma vez".
O Exército foi mobilizado para ajudar com equipamentos pesados especiais e o Tesouro italiano liberou 235 milhões de euros de fundos emergenciais. No Vaticano, o papa Francisco cancelou parte de sua audiência-geral para rezar pelas vítimas.
Fotos aéreas mostraram áreas inteiras de Amatrice, que no ano passado foi eleita uma das cidades históricas mais belas da Itália, arrasada pelo tremor de magnitude 6,2.
"São todas pessoas jovens aqui, estamos nas férias, era para o festival da cidade ser realizado depois de amanhã, então muitas pessoas vieram por causa disso", disse Giancarlo, morador da localidade, sentando na rua só de cuecas.
O terremoto aconteceu em pleno verão local, quando a área, que normalmente é pouco povoada, recebe grande quantidade de turistas.
O prefeito de Accumoli, Stefano Petrucci, disse que cerca de 2.500 pessoas perderam suas casas na cidade, composta de 17 aldeias.
Moradores que perceberam gemidos abafados por toneladas de tijolos e concreto reviraram os destroços com as próprias mãos antes de os serviços de emergência chegarem com equipamentos de remoção de terra e cães farejadores. Rachaduras enormes pareciam feridas abertas nos edifícios ainda de pé.
O Departamento de Proteção Civil informou que alguns sobreviventes serão levados para outros locais do centro do país, e outros ficarão abrigados em tendas que estão sendo enviadas para a área.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse que irá visitar a região do desastre ainda nesta quarta-feira: "Ninguém será deixado sozinho, nenhuma família, nenhuma comunidade, nenhum bairro. Precisamos colocar mãos à obra... para restabelecer a esperança nesta área que foi atingida com tanta dureza", afirmou em um breve discurso na televisão.
A porta-voz do Departamento de Proteção Civil, Immacolata Postiglione, disse que há mortos em Amatrice, Accumoli e outros vilarejos, como Pescara del Tronto e Arquata del Tronto.
O sismo causou danos em três regiões, Umbria, Lazio e Marche, e foi sentido até na distante Nápoles, cidade portuária no sul italiano.
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