Após depoimento, James Feigen pede desculpas e terá que pagar multa de R$ 35 mil
Atleta americano negou versão de Ryan Lochte sobre vandalismo em posto de gasolina
O nadador James Feigen firmou um acordo com o Tribunal Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos e só vai poder deixar o Brasil após pagar uma multa de R$ 35 mil pelo envolvimento no caso de vandalismo em um posto de gasolina na Barra da Tijuca, zona oeste. O atleta da delegação americana foi ouvido na noite de quinta-feira (19) na Deat (Delegacia Especial de Atendimento ao Turista) e, segundo a Polícia Civil, ele pediu desculpas e afirmou que a versão que o companheiro de equipe Ryan Lochte deu, de que teria sido assaltado após sair de uma festa, não era verdadeira.
Feigen tem até o dia 22 para pagar o acordo. O dinheiro será direcionado para o Instituto Reação, onde a medalhista olímpica Rafaela Silva. Segundo o Tribunal de Justiça, o nadador só será liberado após apresentar o comprovante de pagamento ao Juiz. Com o acordo, Feigen deixa de responder ao inquérito da Polícia Civil.
Os nadadores Gunnar Bentz e Jack Conger também prestaram depoimento durante a tarde de ontem. Após serem ouvidos, os atletas deixaram a delegacia sob vaias e gritos de "pede desculpa". O quarto nadador, Ryan Lotche, voltou aos Estados Unidos nesta semana, antes de a Justiça mandar apreender os passaportes dos atletas.
Segundo o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, os quatro atletas deixaram uma festa na zona sul do Rio na madrugada do último domingo (14) em direção à Vila Olímpica, na zona oeste.
No caminho, o táxi onde estavam parou em um posto de gasolina e os atletas foram ao banheiro. Segundo Veloso, "de forma deliberada um ou mais de um (a polícia está investigando) promoveu vandalismo dentro do banheiro do posto, quebrando alguns acessórios, espelhos e saboneteira".
A confusão chamou a atenção de funcionários do posto — imagens de câmeras de segurança e testemunhas corroboram a versão. Os atletas retornaram ao veículo e seguranças do estabelecimento pediram que o taxista aguardasse a chegada de uma viatura da Polícia Militar.
Segundo a polícia, os nadadores não queriam esperar a chegada da polícia. Uma terceira pessoa, que seria um DJ — também ouvido pela polícia —, se ofereceu como intérprete. Ele então explicou aos atletas que, como haviam promovido os atos de vandalismo, os seguranças queriam que eles arcassem com o dano.
— Eles pagaram com R$ 100 e uma nota de US$ 20. Deixaram o dinheiro por conta dos danos causados e saíram do local antes que a viatura da PM tivesse chegado.
A versão apresentada por Veloso, que desmente o que disseram os nadadores — que teriam sido assaltados — foi confirmada pelos dois nadadores na tarde desta quinta-feira.
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