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Depois de Batman vs Superman, Zack Snyder vira a chave e fala sobre "esse scifi louco e fantasioso"

21/06/2016 - 10:00 - MARCELO HESSEL

Depois do agradável trajeto de cerca de uma hora que separa Londres dos estúdios de Leavesden - onde antigos hangares e fábricas da Segunda Guerra foram substituídos por um complexo de cinema desde 2000 - o Omelete chegou na última sexta-feira aos espaços onde o diretor Zack Snyder começava o trigésimo-primeiro de um total de 111 dias de filmagens de Liga da Justiça.

Embora mal tenha completado um terço de cronograma de produção, muita coisa no filme já ficou clara para o grupo de cerca de 40 jornalistas que teve a oportunidade de passear por figurinos, arsenais, salas com artes conceituais e de assistir a uma cena montada e outra sendo gravada com o elenco principal de super-heróis da DC. Nos próximos dias, abordaremos em textos expecíficos todos esses pontos, mas um ficou mais evidente: emboraLiga da Justiça seja uma continuação direta de Batman vs Superman, a mudança no tom é notável, do sombrio para o descontraído.

A trama se passa meses depois do fim de BvS, e "Batman e Mulher-Maravilha se encarregam de juntar a Liga", diz o produtor Charles Roven. Segundo a produtora Deborah Snyder, "a morte de Superman impactou o Batman, que ganhou novamente uma esperança na humanidade", e embora não tenha superpoderes o Homem-Morcego opera como líder, fornecedor de maquinário e recrutador desse grupo dos chamados metahumanos.

O diretor Zack Snyder diz se inspirar no faroeste Sete Homens e um Destino, a releitura de Os Sete Samurais em que um grupo de pistoleiros decide se formar para defender um vilarejo de saqueadores. "Os heróis são botados em conflito, mas para fim, que sou fã de Sete Homens, o mais legal é ver o time todo se juntando. Quando você lida com a Liga, não dá para você ignorar os contrastes, e isso é divertido. O Aquaman de [Jason] Momoa tem o jeito dele, o Flash também. E o Batman é o Batman, ele tem um senso de humor típico de Bruce Wayne", diz.

Segundo o diretor, os traumas recentes não devem ser revisitados, embora Superman continue morto, de início. "Com a formação da Liga, eles [Batman e Superman] se livraram da responsabilidade daquele choque entre eles, e foi libertador. Agora temos uma história mais tradicional, com um vilão principal, e a ideia é ver o time se juntando." Com Superman fora de combate, Batman se torna o protagonista efetivo: "Ele cria uma equipe depois de passar a vida todo sozinho. Falei com Ben [Affleck] sobre como não ficar preso a um só tipo de Batman nesses filmes, e o Bruce Wayne de Liga da Justiça define que sua vida não acabou e que ele pode fazer mais, com a mente limpa quanto a missão que tem diante de si".

Snyder diz que pretende levar para o filme o tom de aventura espacial do quadrinista Jack Kirby, criador de Darkseid e dos demais Novos Deuses do mundo espacial da DC: "Kirby é louco de um jeito bom, e estamos entrando nisso. Acho legal que seja meio louco. Não dá para tratar de Apokolips sem aderir a esse scifi louco e fantasioso", diz. "Liga da Justiça é a oportunidade que temos de escancarar as portas, com grande ação e grandes vilões. Eu sempre defino o tom dos filmes quando os começo, e eu queria que os tons dos três filmes [O Homem de Aço, BvS e Liga da Justiça] fossem diferentes."

Acompanhe o Omelete nos próximos dias para saber tudo sobre a influência do Flash no tom do filme, sobre os coadjuvantes que podem ganhar importância e também sobre os vilões! Nos links abaixo você já pode acompanhar outros textos relacionados à nossa visita ao set:

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Liga da Justiça tem no elenco Ben Affleck (Batman), Gal Gadot (Mulher-Maravilha), Henry Cavill (Superman), Jason Momoa (Aquaman), Ray Fisher (Ciborgue), Ezra Miller (Flash), Amber Heard (Mera), Willem Dafoe (Vulko), J.K. Simmons (Comissário Gordon), Jesse Eisenberg (Lex Luthor), Jeremy Irons (Alfred) e Amy Adams (Lois Lane), entre outros.

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