quarta-feira, 6 de abril de 2016

Processo de impeachment caiu por terra, afirma Jaques Wagner

Alan Marques/Folhapress
Dilma e o ministro da Defesa, Jaques Wagner, durante cerimônia de assinatura de MP que altera legislação sobre acordos de leniência, DF
Presidente Dilma Rousseff com o ministro-chefe do gabinete da Presidência Jaques Wagner


Ministro-chefe do gabinete da Presidência, Jaques Wagner (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) em Salvador que as propostas vindas do Congresso de convocação de novas eleições gerais mostram que a proposta de impeachment começa a "cair por terra".
"Olho para a proposta como uma tentativa daqueles que querem uma repactuação nacional entenderem que efetivamente este processo [de impeachment] já caiu por terra. Ele não representa a legalidade, aprofunda a crise e fragiliza a democracia", disse.
Para Wagner, a iniciativa de convocar novas eleições é "menos agressiva" que o impeachment, mas defendeu que a iniciativa teria que partir da própria presidente. Ele ainda negou que o governo esteja cogitando essa possibilidade. "Nosso trabalho é ultrapassar esse processo [de impeachment].
Apesar da declaração, nesta quarta, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) anunciou à bancada de deputados do seu partido que irá apresentar parecer favorável ao pedido de impeachment de Dilma Rousseff.
O petista ainda comentou a decisão do PP de se manter no governo, anunciada nesta quarta. Segundo ele, isso mostrou que a estratégia de setores do PMDB de forçar uma debandada de outros partidos do governo foi frustrada.
"Foi uma decisão que a gente esperava e mostra que a tentativa que um segmento do PMDB do chamado desembarque [do governo saiu] frustrado, que achava que ia puxar o desembarque dos outros. Mostrou que foi uma iniciativa precipitada e equivocada", disse Wagner, que tem sido um dos principais articuladores políticos da presidente.
Segundo o ministro, o governo espera que partidos como PR e PSD sigam o mesmo caminho: "A tendência é que haja essa consistência de permanência no governo", disse.
Ainda de acordo com Wagner, os partidos que se mantiverem no governo devem ampliar sua participação na gestão. "Temos que repactuar com aqueles que estão acreditando no governo."

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