sábado, 30 de abril de 2016

Um milhão de membros do Facebook usam Tor para ficar no anonimato

é a rede social mais usada na rede Onion. Tal rede de computadores é o principal meio utilizado pelos usuários do navegador Tor Browser, que deixa os usuários totalmente anônimos dos comuns rastreamentos da Internet que capturam dados simples dos membros da rede social para exibir anúncios direcionados aos seus interesses.
Isso é possível pois esta rede é composta por várias camadas (daí o seu nome Onion, que significa “cebola”, em inglês), que visam despistar robôs espiões que rastreiam, dentre outros dados, os IPs dos computadores, permitindo que ninguém identificado.
Mais de 1 milhão de usuários usam a rede Tor para acessar o Facebook (Foto: Arte/TechTudo)Mais de 1 milhão de usuários usam a rede Tor para acessar o Facebook (Foto: Arte/TechTudo)
Em outubro de 2014 o Facebook implementou uma forma fácil e segura de se acessar a rede social pelo navegador Tor. Tanto a versão desktop quanto a versão mobile da rede social podem ser acessados diretamente pelo domínio “.onion”, disponível apenas para usuários do Tor Browser. Isso dispensa o uso de intermediários, conectando o usuário diretamente aos servidores do Facebook.
Desde então, o número de pessoas que vêm acessando o Facebook por meio desta rede anônima só aumenta. Em junho de 2015, por exemplo, a média de pessoas acessando o Facebook pelo Tor era de cerca de 525 mil. 
Tor Browser: como mudar a linguagem para português? Troque dicas no Fórum do TechTudo.

Agora, pouco menos de um ano depois, o Facebook registrou mais de um milhão de pessoas acessando seus perfis todo mês de forma anônima, segura e totalmente livre de rastreamentos.
Ao acessar o Facebook pelo navegador Tor, os servidores da rede social podem identificar que aquele acesso está se dando, por exemplo, do Brasil. Quando, na verdade, a pessoa está na Austrália. Isso evita que se endereço IP seja rastreado e, consequentemente, seu endereço físico. Todas as páginas que a pessoa visita e seu comportamento na web também ficam totalmente no anonimato.
Além disso, quando a conexão é feita via uma rede Onion, usando-se o navegador Tor, todos os dados são criptografados de ponta a ponta, através de um certificado SSL. A polêmica em torno do seu uso é justamente a ausência de meios para rastrear, por exemplo, criminosos.

Doninha paralisa o instrumento científico mais caro do mundo

Não é a primeira vez que a vida animal se intromete nas multimilionárias e complexas experiências científicas que decorrem no CERN.
Um exemplar de doninha semelhante ao que terá causado o curto-circuito no LHC HILLEBRAND STEVE, US FISH AND WILDLIFE SERVICE
Uma doninha morreu electrocutada algures na fronteira franco-suíça durante a madrugada de sexta-feira. A notícia aqui não é a morte do pequeno mamífero – paz à sua alma – mas antes a consequência do acidente: a paragem, durante cerca de uma semana, do maior acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC) do Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla francesa), nos arredores de Genebra.
Segundo o organismo, o animal não chegou a introduzir-se nos túneis circulares de 27 quilómetros do LHC, que se encontra a 175 metros de profundidade, morrendo ao morder cabos ligados a um transformador de 66 mil volts. A dentada causaria um curto-circuito.
Os danos não são graves, mas o gigantesco acelerador de partículas encontra-se desligado até que o transformador seja reparado. Os trabalhos deverão durar vários dias.
Esta não é a primeira vez que a vida animal se intromete na condução das complexas experiências do CERN no campo da física de partículas. Em 2009, um pedaço de pão presumivelmente largado por um pássaro numa das condutas por onde os cabos de electricidade que alimentam o LHC entram no subsolo provocou o sobreaquecimento de todo o sistema, levando à suspensão do acelerador de partículas.
Inaugurado nesse ano, o LHC e o respectivo programa científico envolvem custos superiores a 7 mil milhões de euros. Desde 2009, e apesar de vários percalços e avarias, o instrumento permitiu à comunidade científica aprofundar conhecimentos e testar teorias. No Verão de 2012, por exemplo, foi detectada a existência do até então hipotético bosão de Higgs, entidade subatómica que era procurada há quase 50 anos. 

Em ato da CUT, Dilma deve anunciar reajuste do IR e do Bolsa Família

Alan Marques - 13.abr.2016/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff, em entrevista no Palácio do Planalto
A presidente Dilma Rousseff, em entrevista no Palácio do Planalto


Em evento do Dia do Trabalhador, promovido neste domingo (1º) na capital paulista pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), a presidente Dilma Rousseff deve anunciar reajustes de cerca de 5% na tabela do Imposto de Renda na Fonte, que não foi corrigida neste ano, e nos benefícios do Bolsa Família, como foi antecipado pela coluna Painel.
A petista tomou a decisão de lançar uma espécie de"pacote de bondades" na sexta-feira (29), mesmo diante das resistências da equipe econômica do governo, que avaliava não haver espaço para promover novos gastos.
O secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira chegou a ponderar a dificuldade de anunciar as medidas sem a revisão da meta fiscal para 2016. "Esse assunto [reajuste do Bolsa Família] poderá ficar para quando a nova meta [fiscal] for aprovada", disse.
Diante da possibilidade de ser afastada do cargo no próximo mês, a presidente pretende fazer um aceno efetivo à base social da legenda e um contraponto ao vice-presidente Michel Temer, que quer fazer um pente-fino em programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
Em relação ao Bolsa Família, havia no orçamento R$ 1 bilhão reservado para o reajuste do benefício, mas que acabou sendo remanejado para outras áreas diante dos cortes de despesas efetuados neste ano.
Para evitar um novo panelaço, a presidente não fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão e não pretende gravar vídeo para as redes sociais.
No palco da CUT, a ideia é ela adotar um discurso no qual defenderá as conquistas das gestões petistas e criticará eventuais retrocessos em um possível governo peemedebista.
Convidado pela Força Sindical, Temer decidiu não participar de evento da entidade.
O objetivo é evitar que o gesto seja interpretado como uma tentativa de antecipar o desfecho do processo de impeachment.

Temer tenta cancelar recesso e acelerar impeachment

O objetivo é acelerar o julgamento final da petista e votar o máximo de medidas econômicas 
Agência Estado
Interlocutores de Temer começaram a articular com parlamentares a suspensão do recesso parlamentar do meio do anoFabio Rodrigues Pozzebom/11.04.2016/Agência Brasil
Mesmo antes da votação pelo Senado do afastamento da presidente Dilma Rousseff, interlocutores do vice-presidente Michel Temer começaram a articular com parlamentares a suspensão do recesso parlamentar do meio do ano. O objetivo é acelerar o julgamento final da petista pelo plenário e tentar votar o máximo do pacote de medidas econômicas que deverá ser encaminhado pelo peemedebista ao Congresso até o início da campanha eleitoral nos municípios, prevista para começar em 16 de agosto.
A iniciativa de aliados de Temer poderia encurtar em pelo menos 15 dias o prazo para o julgamento de Dilma, previsto inicialmente para ocorrer em setembro. Em caso de afastamento da presidente, que pode ser aprovado em 11 de maio, o vice assume o comando interino do País por até 180 dias, período em que ela será julgada pelos senadores.
A ideia do grupo de Temer é acelerar esse processo de forma a antecipar o prazo para que, em caso de afastamento definitivo de Dilma, o vice seja confirmado como titular da cadeira presidencial. Dessa forma, dizem peemedebistas, a realização do recesso parlamentar ajuda Dilma a ganhar prazo, porque a Comissão Especial do impeachment teria que suspender os trabalhos. O caminho para se suspender o recesso ainda não está fechado.
Procurado pelo Estado, o presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que não foi requisitado para falar sobre o assunto. “Não tenho nenhuma informação a esse respeito”, afirmou.
Aliados do vice também consideram que a suspensão do recesso de julho é condição indispensável para se aprovar medidas que poderão garantir a retomada do crescimento. Um dos projetos que os aliados de Temer querem aprovar no Congresso para reanimar a economia é a convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelos Estados às empresas com o Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). Esses incentivos foram dados no passado para favorecer a instalação de indústrias, mas foram considerados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outra proposta é a que trata do uso do regime de concessão para a exploração da camada do pré-sal. A medida é polêmica por mudar o marco exploratório inaugurado nas gestões petistas, o regime de partilha. Essa discussão também pode envolver a proposta do senador José Serra (PSDB-SP) que, embora mantenha o regime de partilha, acaba com a obrigatoriedade de a Petrobrás participar de todos os leilões de exploração do pré-sal. 

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Novos inquéritos contra Cunha apuram uso do mandato para crimes


Os dois novos inquéritos abertos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em segredo de Justiça, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, investigam o uso de seu mandato para práticas criminosas.
Em um deles, a linha de investigação é o uso do mandato de Cunha e de deputados próximos para pressionar o grupo Schahin e favorecer o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro.
No outro, o foco é a atuação de Cunha pela aprovação de medidas provisórias no Congresso Nacional em favorecimento a aliados, como o banqueiro André Esteves, ex-presidente do BTG Pactual, e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.
Os objetos de ambos inquéritos são os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia escrito no pedido de afastamento de Cunha, protocolado junto ao Supremo, que o peemedebista tem praticado "desvio de finalidade" no seu mandato parlamentar.
Na peça, Janot lista diversas medidas provisórias suspeitas de terem sido manipuladas por Cunha para favorecimento indevido a Léo Pinheiro, de quem o deputado era próximo. Os indícios apontados são mensagens encontradas no celular do empreiteiro.
Uma delas é a MP 584/2012, que concedia isenção às empresas vinculadas às Olimpíadas de 2016.
"No mesmo dia, Cunha perguntou se na Medida Provisória 584/2012 há emendas da OAS e da prefeitura e que estaria vendo com Dornelles, referindo-se ao deputado Francisco Dornelles. Alguns dias depois, Cunha cobrou o pagamento de valores, que, pelo teor das conversas anteriores, era em duas partes: R$ 1.500.000,00 e R$ 400.000", escreveu Janot.
Já em relação à Schahin, a suspeita é que requerimentos na Câmara de convocação de diretores do grupo foram usados para pressioná-los por causa de uma disputa comercial com Funaro.
Neste caso, além de Cunha, outros deputados aliados dele também devem ser investigados. Há requerimentos contra a Schahin assinados por vários parlamentares próximos a Cunha, como os hoje ex-deputados Nelson Bornier (PMDB-RJ) e Alexandre Santos (PMDB-RJ).
Dois empresários do grupo, os irmãos Milton e Salim Schahin, até disseram em depoimentos que foram ameaçados de morte por Funaro.
OUTRO LADO
Cunha, por meio de sua assessoria, nega as acusações do uso do mandato para práticas criminosas. Ele também tem dito que não responde por requerimentos apresentados por outros deputados.
Folha não localizou a defesa de Léo Pinheiro.
A defesa de André Esteves afirma que "não há nenhuma irregularidade" da parte dele e que vai aguardar o andamento das investigações.
Funaro, em documento enviado ao Supremo por seu advogado, chamou de "absurda" a acusação de ameaça de morte, disse que "jamais" teria influência para fazer Cunha agir em seu favor e sustentou que o grupo Schahin merecia ser investigado justamente por estar envolvido em irregularidades comprovadas na Operação Lava Jato.
Procurada nesta sexta-feira (29), a assessoria do governador interino do Rio, Francisco Dornelles, não respondeu até a conclusão desta reportagem. 

Plano de Temer prega privatizar 'tudo o que for possível' na infraestrutura


No documento que será apresentado como uma espécie de plano de governo do vice-presidente Michel Temer para a área social, o PMDB prega a transferência "para o setor privado [de] tudo o que for possível em matéria de infraestrutura".
A menção ao aumento das privatizações e concessões integra o capítulo do estudo intitulado "A Travessia Social" que trata da "regeneração do Estado". O trecho foi publicado nesta sexta-feira (29) pelo jornal "O Globo" e, depois, obtido pela Folha.
O plano afirma ainda o governo precisa estabelecer um novo modelo de relações com o setor privado, inclusive modificando a atual lei de licitações. "É necessário um novo começo nas relações do Estado com as empresas privadas que lhe prestam serviços e que são muito importantes para a economia do país".
O documento faz uma menção ao que chama de "lições que estamos vivendo" e diz que o cenário atual obriga a fazer uma "reengenharia das relações com o setor privado" para "reduzir ao máximo as margens para a transgressão e o ilícito".
CORRUPÇÃO ENDÊMICA
A "Travessia" diz ainda que a corrupção "parece ter se tornado endêmica" no país hoje. A peça é uma tentativa de Temer de se defender das acusações de que uma eventual gestão capitaneada por ele poderia interferir na Operação Lava Jato ou mesmo patrocinar uma administração leniente com maus feitos. 

Desemprego cresce de novo e Brasil tem 11,1 milhões sem trabalho

Taxa de desocupação atinge 10,9% no 1º trimestre de 2016, e o salário médio fica em R$ 1.966

Mercado de trabalho recebeu 3,2 mi de desempregados em um anoJosé Lucena/19.04.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo
O desemprego bateu à porta de mais 2 milhões de brasileiros nos primeiros três meses de 2016 e atingiu 10,9% da população, de acordo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (29).
Com isso, a população desocupada no País atingiu a marca de 11,1 milhões de pessoas em março.
Na passagem do trimestre encerrado em dezembro de 2015 para os três meses terminados em março, houve um aumento de 22,2% no número de desempregados. 
Já na comparação entre o trimestre terminado em março de 2016 com o do ano anterior, houve um crescimento de 3,2 milhões de pessoas desempregadas na força de trabalho — 39,8% a mais.
Enquanto o contingente de desempregados aumenta, a população ocupada — que permanecera estável durante praticamente todo o ano de 2015 — começou a diminuir. Em março de 2016, o número de empregados no Brasil chegou a 90,6 milhões — 1,7% a menos que os 92,2 milhões registrados em dezembro de 2015.
Entre os brasileiros empregados, 34,6 milhões tinham carteira assinada em março deste ano — uma redução de 2,2% em relação a dezembro de 2015. Já quando se compara o emprego formal do primeiro trimestre de 2016 com o mesmo período de 2015, pelo menos 1,4 milhão de pessoas com carteira assinada perderam essa condição (queda de 4%).
Salários
Se as notícias são ruins quanto aos números gerais, o rendimento médio do brasileiro permaneceu estável no trimestre terminado em março. Em média, o salário do empregado brasileiro é de R$ 1.966 — praticamente os mesmos R$ 1.961 registrados em dezembro de 2015. Porém, quando comparado ao mesmo trimestre de 2015, houve queda de 3,2%, já que chegava a R$ 2.031 naquela ocasião.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

SpaceX, de Elon Musk, vai enviar nave espacial Red Dragon para Marte em 2018

spacex marte

A SpaceX vinha sugerindo possíveis planos de ir a Marte, e agora anunciou uma data: a empresa planeja chegar à superfície do planeta vermelho em 2018.
Um porta-voz da SpaceX compartilhou alguns detalhes adicionais sobre o planejamento de missão, e eles são bem emocionantes.
O anúncio menciona uma nave espacial chamada Red Dragon. Até o momento, conhecíamos apenas a cápsula Dragon, que vem sendo testada há anos e que recentementese atracou à Estação Espacial Internacional. Ela vai receber uma atualização para que possa lidar com as condições do planeta vermelho.
O voo, como esperávamos, não será tripulado. O objetivo destas missões iniciais é descobrir como pousar grandes cargas de forma segura em Marte. Para fazer isso, a SpaceX planeja lançar cápsulas Red Dragon com um foguete chamado Falcon Heavy, uma versão do foguete Falcon 9 que vimos aterrissar em uma barca no início deste mês.
Mais emocionante, porém, é que as missões Red Dragon servirão de base para construir habitações e colonizar Marte. Elon Musk prometeu revelar detalhes sobre os planos de uma cidade marciana na próxima Conferência Internacional de Aeronáutica em setembro.
Além disso, Marte é o destino para esta missão, mas Elon Musk já está insinuando lugares muito mais distantes: uma nova cápsula Dragon 2 foi feita para resistir a ambientes inóspitos e “pousar em qualquer lugar do sistema solar”.
Logo depois, porém, ele jogou um balde de água fria em quem sonhava em viajar para outros planetas, dizendo que “não recomendaria transportar astronautas para além da região Terra-Lua”.
Imagem: SpaceX

Temer deve entregar a Agricultura para o PRB


No rateio ministerial que promove enquanto se prepara para a hipótese de ter que assumir a Presidência da República, Michel Temer negocia a entrega do Ministério da Agricultura ao PRB. Com isso, o partido será promovido da periferia para o centro da Esplanada. Até as vésperas da aprovação do impeachment na Câmara, ocupava a pasta dos Esportes. Antes disso, havia comandado a Pesca.
Deve-se a ascensão da legenda, ligada à Igreja Universal, ao posicionamento de sua bancada federal. O PRB traiu Dilma, despejando no cesto do impeachment os 22 votos de que dispõe na Câmara. No Senado, o partido tem apenas um representante: o ex-ministro da Pesca, Marcelo Crivella (RJ).
Os operadores de Temer tentam emplacar na cota atribuída ao PRB um nome respeitável. Sugeriu-se ao partido que apadrinhe a nomeação de Roberto Rodrigues. Foi ministro da Agricultura no primeiro mandato de Lula. Presidiu a Associação Brasileira do Agronegócio. Na campanha presidencial de 2014, apoiou a candidatura do tucano Aécio Neves.
Roberto Rodrigues é um crítico ácido da gestão de Dilma na Agricultura. Queixa-se especialmente do descaso com a agroenergia. Acusa a gestão Dilma de ter destruído o setor sucroalcooleiro.
Ironicamente, o Ministério da Agricultura é comandado no momento pela senadora licenciada Kátia Abreu (PMDB-TO). Depois que o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) pediu demissão da pasta da Saúde, nesta quarta-feira, Kátia tornou-se a única sobrevivente do partido de Michel Temer na equipe de Dilma. Leal à presidente, ela já avisou que permanecerá ao lado da chefa até o final.

Lava Jato denuncia João Santana, Odebrecht e outras 15 pessoasúdo

  • Agentes chegam a sede da Polícia Federal em São Paulo em fase anterior da Operação Lava Jato
    Agentes chegam a sede da Polícia Federal em São Paulo em fase anterior da Operação Lava Jato
Procuradores da Operação Lava Jato apresentaram no início da tarde desta quinta-feira (28) novas acusações feitas pela força-tarefa. Durante entrevista na sede do Ministério Público Federal do Paraná, em Curitiba, foram denunciados os investigados na 23ª e na 26ª fases, chamadas de Acarajé e Xepa, respectivamente.
Ao todo, são 17 denunciados. Na primeira leva, estão o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, além do acusado como operador de propina Zwi Skornicki. Também fazem parte da lista os ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Eduardo Musa e Pedro Barusco, além de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, e João Carlos de Medeiros Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil.
Na segunda parte das denúncias, referentes à Odebrecht, estão o ex-presidente da empresa Marcelo Bahia Odebrecht, que continua preso, e sua secretária Maria Lúcia Guimarães Tavares, que fez delação premiada. Também figuram executivos da empreiteira, como Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares. Santana, Moura e Vaccari também estão citados na segunda denúncia. Os outros eram funcionários da Odebrecht. Ainda não foram detalhados os termos da acusação.
São as primeiras acusações formais desde que a Lava Jato avançou sobre o "departamento de propinas" da Odebrecht e sobre o ex-senador Gim Argello (PTB), preso preventivamente sob suspeita de receber R$ 5,3 milhões para evitar a convocação de empreiteiros nas CPIs que investigaram a Petrobras no Senado e no Congresso em 2014.
Até hoje a operação já apresentou 37 denúncias contra 179 pessoas acusadas de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa, tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro, dentre outros. Das 37 acusações, o juiz Sérgio Moro já proferiu sentença em 18 ações penais, contabilizando 93 condenações cujas penas somadas chegam a 990 anos e sete meses de prisão.
Os investigadores apontaram o pagamento de R$ 6,4 bilhões em propinas, dos quais ao menos R$ 2,9 bilhões já foram recuperados por meio de acordos de colaboração premiada. Ao todo, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já são 65 acordos de colaboração firmados no âmbito da operação.

Histórico

A operação Acarajé efetuou a prisão do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, acusados de receberem dinheiro de forma ilegal da empreiteira Odebrecht. Santana foi um dos responsáveis pela campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, em 2014. Já a operação Xepa foi um desdobramento da Acarajé, com foco especial nas conexões da Odebrecht, após o depoimento prestado pelo publicitário.
Em março, o publicitário e sua mulher confirmaram ter recebido dinheiro não declarado à Receita Federal da Odebrecht. De acordo com eles, os pagamentos se referiam a campanhas políticas realizadas fora do país. Na época, a Polícia Federal afirmou que o material aprendido na 23ª fase "descortinou um esquema de contabilidade paralela no âmbito do Grupo Odebrecht destinado ao pagamento de vantagens indevidas a terceiros, vários deles com vínculos diretos ou indiretos com o poder público em todas as esferas".
Entre esses pagamentos, destacam-se cerca de US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, apontado como operador do esquema da Petrobras, além de US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht. O juiz Sergio Moro já havia decretado o bloqueio das contas pessoais de Santana, sua mulher e Skornicki, funcionário da Odebrecht.
Outro alvo da 23ª fase da Lava Jato, o funcionário da Odebrecht Fernando Migliaccio da Silva, foi preso em Genebra, na Suíça. A polícia do país europeuexecutou a prisão após solicitação do MPF suíço, em fevereiro. Migliaccio é acusado de realizar pagamentos no exterior seguindo ordens do grupo Odebrecht. As investigações da Lava Jato analisam se ele era um dos responsáveis por administrar contas usadas pela companhia para pagar propinas no Brasil e em outros países.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Um país de Marias e Josés: nomes são os mais frequentes no Brasil, diz IBGE

  • Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Um levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base no Censo 2010 identificou que os nomes mais comuns entre os brasileiros são Maria, com frequência de 11,7 milhões de pessoas, e José, com 5,7 milhões de pessoas. Em seguida vêm Ana, Joao, Antonio, Francisco, Carlos, Paulo, Pedro e Lucas. Não foram previstos sinais como acentos, cedilha, trema e til.
Considerando a divisão entre sexo feminino e masculino entre os dez primeiros nomes mais frequentes, entram na lista também Francisca, Antonia, Adriana, Juliana, Marcia, Fernanda, Patricia e Aline, no caso das mulheres, e Luiz e Marcos, no caso dos homens.
A pesquisa levou em conta apenas o primeiro nome e observou que há, no país, 130.348 nomes diferentes, 63.456 masculinos e 72.814 femininos, sendo que há nomes comuns aos dois sexos. O levantamento aponta ainda os nomes mais frequentes até 1929 e por década de nascimento a partir de 1930.

Nomes ao longo das décadas

Ao longo dos anos, alguns nomes passaram a fazer menos sucesso. No caso das mulheres, Marcia, Adriana e Juliana, frequentes nas décadas de 1960, 1970 e 1980, foram substituídos por Jessica, nos anos 1990, e Vitoria em 2000, embora Maria e Ana, apareçam sempre entre os preferidos.
Neusa e Terezinha, frequentes na década de 1950, perderam espaço. Assim como Alzira, Oswaldo e Geralda, recorrentes nas primeiras décadas do século 20.
Para homens, Jose e Antonio, que eram os mais populares até 1980, perderam lugar para Lucas na década de 1990 e João nos anos 2000. Gabriel também apareceu mais recentemente.
Cada variante do nome foi contabilizada de forma distinta, conforme o registrado no questionário feito pelos recenseadores. Dessa forma, nomes como Ana ou Anna, Luis ou Luiz, entre outros, foram considerados isoladamente. 

Volta de 'As Meninas Superpoderosas' alcança 1 milhão de espectadores em uma semana

No período, o canal liderou o ranking de audiência da TV paga.
As informações são da coluna Outro Canal, assinada por Lígia Mesquita e publicada na Folha desta quarta-feira (27).
Um dos desenhos de maior sucesso na década de 2000, "As MeninasSuperpoderosas" voltou a ser exibido no começo de abril, tendo a animadora brasileira Letícia da Silvacomo uma das responsáveis pelo projeto.