terça-feira, 29 de março de 2016

Governistas tentam adiar depoimentos de testemunhas na comissão de impeachment


  • Comitê Pró-Democracia entregou dossiê e flores a deputados da comissão do impeachment
    Comitê Pró-Democracia entregou dossiê e flores a deputados da comissão do impeachment
Os deputados governistas que integram a comissão especial do impeachment querem adiar os depoimentos de testemunhas e técnicos, previstos para ocorrer esta semana, para após a apresentação de defesa de Dilma Rousseff. A presidente tem até a próxima segunda-feira (4) para fazer isso.
A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) apresentou no começo da tarde desta terça-feira (29) um requerimento para pedir que ouvidas só sejam feitas a partir da próxima semana.
O presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), afirmou que vai "decidir essa questão o mais rápido possível", sem estabelecer uma data.
"Foi assim no processo de [ex-presidente Fernando] Collor [de Mello]", defendeu o deputado Wadih Damous (PT-RJ). Ele lembrou que o STF (Supremo Tribunal Federal) adotou para o processo atual o rito de impedimento aplicado no caso do ex-presidente.
"A estratégia do PT aqui é postergar, é levar com a barriga a decisão do impeachment porque se for para voto, quando for para voto no plenário, vai passar", declarou o deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
Durante a reunião de hoje, os deputados aprovaram o convite para serem ouvidos, pela parte denunciante, dois dos três autores do pedido de impeachment: o ex-ministro do governo FHC Miguel Reale Jr. e a advogada Janaina Paschoal --o terceiro é o ex-petista Hélio Bicudo.
Pela defesa de Dilma, os nomes votados foram: o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o professor doutor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Ricardo Lodi Ribeiro.
Rosso espera que eles compareçam à comissão ainda esta semana. O calendário das ouvidas ainda não está fechado.
"Estamos em um momento de esclarecimento da denúncia. É muito importante, do ponto de vista técnico e jurídico, que essa denúncia seja esclarecida para os membros da comissão. Estamos cumprindo a Constituição, a decisão do Supremo [Tribunal Federal] e o rito do impeachmet da lei 1.079", declarou Rosso.

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