sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Suecos querem mexer na tabela periódica para incluir novo elemento


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Físicos nucleares da Suécia dizem ter confirmado a existência de um novo elemento químico, que pode ficar com o número atômico 115 da tabela periódica. Ele não tem nome, porque a descoberta não foi confirmada pelo comitê internacional. Segundo a Universidade de Lund, o estudo comprovou medições feitas há dez anos por um grupo de pesquisadores russos, que ainda não tinham sido reconhecidas, e que seu núcleo atômico é superpesado Getty Images/Thinkstock
Está na hora de todo mundo atualizar os estudos sobre a tabela periódica, avisa um grupo de físicos nucleares. Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, disseram nesta semana terem achado provas inéditas que confirmam a existência de um novo elemento químico superpesado.
Ainda sem nome, ele pode ocupar a vaga do número atômico 115, que traz provisoriamente o termo Ununpentium, nunca reconhecido oficialmente. Os elementos só são batizados depois que a União Internacional de Física e de Química Pura e Aplicada comprova a descoberta - os membros podem, por exemplo, pedir mais experimentos e novos dados, atrasando essa nomeação. 
"O experimento foi muito bem sucedido e um dos mais importantes dessa área nos últimos anos", segundo Dirk Rudolph, professor da divisão de Física Nuclear na Universidade.
O estudo feito no acelerador de partículas do centro de pesquisas GSI, do governo alemão, comprovou as primeiras medições feitas há dez anos por um grupo de pesquisadores russos, mas que, até então, não tinham sido aceitas pela comunidade internacional, reforça a instituição sueca. As conclusões do novo estudo serão divulgadas no periódico The Physical Review Letters.
Os pesquisadores também tiveram acesso aos dados que ofereceram uma visão mais aprofundada sobre a estrutura e as propriedades de seu núcleo atômico superpesado.
Bombardeando uma fina película de amerício (Am) com íons de cálcio (Ca), a equipe mediu os fótons em conexão com o decaimento alfa do novo elemento (algo que ocorre, geralmente, com núcleos pesados). Certas energias dos fótons coincidiram com os índices esperados para a radiação de raio-X, que funciona como uma "impressão digital" de alguns elementos. 
A última vez que os cientistas mexeram na tabela periódica foi em 2011, quando o comitê internacional incluiu dois elementos químicos: os números atômicos 114 e 116 foram nomeados como Fleróvio e Livermório, respectivamente, em 2012.

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