Sonda Juno envia primeira imagem de Júpiter após entrar na órbita do planeta
Após chegar a órbita de Júpiter no último dia 4, depois de ter passado cinco anos em uma jornada de mais de 2,8 bilhões de Km distância da Terra, Juno enviou sua primeira imagem da nova fase de sua missão.
As primeiras imagens em alta resolução, no entanto, ainda poderão demorar mais um pouco para chegar aqui, algo que poderá acontecer em algumas semanas. A nave realizou com sucesso a manobra de frenagem, permitindo-lhe entrar dentro da grande órbita em torno de Júpiter. A ideia é que ela possa fornecer informações que nos ajude a entender como nosso planeta e Sistema Solar se formaram.
A câmera da nave, JunoCam, está em operação e enviando dados desde o dia que chegou, sendo ligada seis dias depois da sonda disparar seus motores principais. Apesar das imagens em alta resolução ainda estarem em curso, a primeira cena registrada pela câmera mostra que ela sobreviveu a primeira passagem pelo ambiente de radiação extrema de Júpiter sem qualquer dano, de acordo com o pesquisador principal, Scott Bolton, do Southwest Research Institute in San Antonio.
O registro foi feito no dia 10 de julho, enquanto a sonda estava a 4,3 milhões de quilômetros de Júpiter. As cores mostram as características atmosféricas do planeta, incluindo a famosa Grande Mancha Vermelha, e três das suas quatro maiores luas – Io, Europa e Ganimedes.
A câmera da sonda foi incluída na nave para fins de engajamento público, embora as imagens sejam muito úteis para a equipe de cientistas, ela não é considerada um instrumento científico da missão. A equipe agora trabalha para colocar todas as fotografias registradas pela JunoCam no site da missão, onde o público possa ter livre acesso.
Segundo a NASA, é pouco provável que recebamos quaisquer imagens em alta definição por pelo menos um mês ou mais, até que a sonda fique perfeitamente situada. “As primeiras duas órbitas são muito longas, então, serão necessários um mês ou dois para que sejamos capazes de receber os primeiros dados em alta resolução”, disse o Dr.Jared Espley, cientista do programa Juno.
Durante sua missão, Juno irá circundar Júpiter por 37 vezes, subindo e descendo por entre o topo das nuvens do planeta – o ponto mais perto será de 4.100 quilômetros de distância da superfície. Nesses sobrevoos, ela irá estudar as auroras do gigante gasoso para descobrir mais sobre sua origem, estrutura, atmosfera e magnetosfera.
Juno foi lançada ao espaço pelo foguete Atlas V a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, em 5 de agosto de 2011. O projeto faz parte do programa de missões espaciais robóticas Novas Fronteiras da NASA, que no ano passado viu a sonda New Horizons obter imagens do planeta anão Plutão. A missão em questão terminará em 2018, quando Juno mergulhará dentro da atmosfera do planeta e se desintegrará – um sacrifício considerado necessário já que há a possibilidade de ela bater acidentalmente em alguma das luas, potencialmente habitáveis, do planeta.
[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / NASA ]
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