Processo contra Cunha vai a plenário e deputado diz que vai recorrer ao Supremo
Comissão aprovou integralmente relatório que rejeita recursos apresentados pelo deputado
Após o término do processo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), no começo da tarde desta quinta-feira (14), o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que vai recorrer da decisão ao STF (Supremo Tribunal Federal), e lamentou que a CCJ não tenha defendido seu direito ao devido processo legal.
— Essa comissão se omitiu nos questionamentos que fiz, o que é uma pena.
Com a aprovação do parecer do deputado Max Filho (PSDB-ES), a CCJ encerrou a fase de recursos e deve enviar para o plenário o processo de cassação de Cunha. Como o recesso parlamentar deve se iniciar amanhã, a votação deve ser feita em agosto.
Mais cedo, o relatório do deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) — que sugeria uma nova votação do processo no Conselho de Ética — foi derrotado por 48 votos contra 12. Esse parecer era favorável a Cunha, porque atrasaria mais ainda o processo de cassação que já dura nove meses.
Outra derrota para Cunha foi a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para ocupar a vaga que era dele na presidência da Câmara. O candidato apoiado pelo peemedebista, Rogério Rosso (PSD-DF), ficou em segundo lugar na disputa. Ter um aliado no comando da Casa poderia dar mais esperança a Cunha para tentar reverter uma cassação que já é tida como certa.
Em plenário, todos os deputados votam. Além disso, a votação é aberta, o que aumenta a pressão sobre os parlamentares que eventualmente poderiam tentar salvar a pele do peemedebista.
Uma vez cassado, Cunha perde o foro privilegiado e os três processos da Lava Jato em que ele é réu saem do Supremo e passam para a Justiça comum. O caminho natural é que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, passe a comandar as investigações contra ele.
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