domingo, 3 de julho de 2016

Lula ajudou empresa envolvida na Lava Jato a fechar contrato de R$ 1 bi na África, diz mensagem

Texto da Folha de S.Paulo diz que obra da OAS na Guiné Equatorial teve 'a ajuda do Brahma'
Do R7
"Com ajuda do Brahma", OAS conseguiu obra. Brahma seria apelido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo as investigaçõesHeinrich Aikawa/11.06.2016/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou em favor da OAS, investigada na Operação Lava Jato, para a empreiteira conquistar um contrato no valor de R$ 1 bilhão para a construção de uma estrada na Guiné Equatorial.
A informação é do jornal Folha de S.Paulo deste domingo (3), com base em uma mensagem de texto enviada por um executivo da OAS a Léo Pinheiro, sócio da empreiteira.
Disparada em 31 de janeiro de 2013, a mensagem de texto do então diretor de Relações Institucionais da OAS em Brasília, Jorge Fortes, para Pinheiro dizia que o contrato havia sido fechado "com a ajuda do Brahma".
Esse era o apelido que o ex-presidente tinha e era usado por Léo Pinheiro, conforme investigações dos procuradores da Lava Jato.
A obra em questão, segundo a Folha de S.Paulo, é uma rodovia de 51 km de extensão entre Malabo, capital da Guiné Equatorial, até Luba. Ambas as cidades ficam no litoral e abrigam os principais portos do país, que é governado pelo ditador Teodoro Obiang. A construção da estrada foi bancada pelo governo e foi contratada por US$ 320 milhões — o equivalente a R$ 1,034 bilhão.
A mensagem entre os dirigentes da OAS tinha como objetivo, segundo o jornal, convencer a presidente Dilma Rousseff a colocar a pedra fundamental da estrada. Um ministro, cujo nome não foi citado, faria a intermediação entre os executivos da empreiteira e a petista, agora afastada da Presidência da República. Dilma esteve na Guiné Equatorial em 2013, mas não há relatos de que ela tenho participado da inauguração da rodovia. 
O suposto lobby de Lula para empreiteiras brasilerias na África é alvo de uma investigação paralela à Lava Jato pelo MPF (Ministério Público Federal) em Brasília. Lula teria recebido benefícios da empreiteira OAS, como a reforma do sítio em Atibaia (SP) e de um apartamento em Guarujá (SP).
O Instituto Lula, que normalmente faz a defesa do ex-presidente, não se manifestou sobre a citação. Em nota à Folha de S.Paulo, disse: "Não comentamos vazamentos ilegais de mensagens de autoria de outras pessoas". O advogado que defende Léo Pinheiro, Edward Carvalho, não se pronunciou.

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