Lava Jato: PF faz busca e apreensão na casa do dono da JBS
Joesley Batista teve residência revirada por agentes federais. Amigo de Cunha foi preso na ação
O empresário Joesley Batista, que é dono do grupo JBS, controlador da Friboi, teve a sua casa em São Paulo revirada pela PF (Polícia Federal) nesta sexta-feira (1º) como parte da Operação Sépsis, um desdobramento da Lava Jato autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O jornal Folha de S.Paulo informou ainda que a sede da JBS também foi alvo dos agentes federais, o que foi desmentido em nota pela assessoria da empresa. No comunicado, a JBS disse que "a Companhia, bem como seus executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal ocorrida na manhã de hoje".
Ainda de acordo com o jornal, o herdeiro da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino, também teve sua residência revirada pela PF.
Ao todo, os agentes federais cumpriram 19 mandados de busca e apreensão e um de prisão — o único detido foi o doleiro Lúcio Funaro, que é amigo pessoal e suposto operador de propinas do presidente afastado da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A operação de hoje da PF surgiu após aval do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki e tem como base as delações premiadas do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e do ex-diretor de relações institucionais da Hypermarcas, Nelson Mello.
Existe a suspeita de que a JBS pagou propina, via Funaro, para conseguir recursos do FI-FGTS (fundo de investimentos do FGTS).
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas seguintes cidades: dez em São Paulo (SP), além da prisão de Funaro; um em Sorocaba (SP); um em Lins (SP); três em Recife (PE); dois no Rio de Janeiro (RJ); e dois em Brasília (DF).
A PF explicou que o nome Sépsis para a operação é uma referência "ao quadro de infecção generalizada, quando um agente infeccioso afeta mais de um órgão".
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