'Se eu estiver na Lava Jato, Teori é corno e Moro, picareta', diz Cid Gomes
Pedro Ladeira - 18.mar.2015/Folhapress | ||
Cid Gomes, então ministro da Educação, durante discurso na Câmara dos Deputados |
O ex-ministro e ex-governador do Ceará Cid Gomes afirmou que, se o nome dele surgir entre os investigados da Operação Lava Jato, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, é "corno" e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é "ladrão".
As declarações foram dadas durante a comemoração do aniversário de Gomes na cidade de Sobral, no Ceará, e gravadas por um dos convidados. Hoje no PDT, o ex-governador dissertava sobre a certeza de que ele não tem qualquer relação com o esquema de corrupção da Petrobras.
"Por ter minha consciência tranquila,[...] sou capaz de falar mal do ministro Teori Zavascki. Eu digo: 'ministro, o senhor é corno, se eu tiver nessa operação[...] Veja bem, eu tenho tanta segurança de que não estou nisso que, se estiver, o ministro Teori é corno[...], o Janot é ladrão, e o (juiz Sergio) Moro é um picareta", afirmou Gomes.
Mais adiante, no mesmo áudio, ele conclui a análise a respeito de seu comportamento ético, ao reiterar que jamais participou de atividades ilícitas nem fez fortuna. Gomes não é alvo de nenhum inquérito relacionado às ilegalidades investigadas pela Lava Jato.
"Sou sério porque acredito nisso e quero terminar meus dias com dignidade. Ninguém é besta, não fiz fortuna. Se eu roubasse 0,01% dos recursos que já tiveram sob minha gestão ao longo da minha vida, eu teria patrimônio de pelo menos R$ 300 milhões", calculou.
Procurado pela Folha neste domingo (1º), Gomes disse não estar arrependido porque, segundo ele, não ofendeu as autoridades citadas e estava respondendo a um jornalista responsável por reportagens que incluíram o político cearense no rol dos próximos alvos da operação.
Ele acrescentou ainda que discursou num ambiente íntimo, cercado de amigos, para quem estava tentando ser didático, ao falar sobre como funcionam as indicações para empresas públicas, autarquias e outros cargos da máquina federal.
"Eu não falei nada[...] Como não estou, nem o Teori é corno nem o Moro é ladrão nem o Janot é desonesto. O resumo é: tenho tanta paz na consciência de que não estou envolvido nisso, que eu seria capaz de agredir, se estivesse. E quem estiver (na Lava Jato) tem que bajular, não agredir. Como não estou, não há agressão de minha parte", justificou Gomes.
Ele afirmou ter ficado irritado com publicações mentirosas a seu respeito, de acordo com o pedetista, patrocinadas por adversários políticos.
"No momento em que eu passo a ficar sob suspeição por causa de política baixa... Tudo que eu tenho é minha palavra e minha honra", finalizou o ex-governador.
Teori Zavascki, Rodrigo Janot e Sergio Moro informaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que não vão se pronunciar.
As declarações foram dadas durante a comemoração do aniversário de Gomes na cidade de Sobral, no Ceará, e gravadas por um dos convidados. Hoje no PDT, o ex-governador dissertava sobre a certeza de que ele não tem qualquer relação com o esquema de corrupção da Petrobras.
"Por ter minha consciência tranquila,[...] sou capaz de falar mal do ministro Teori Zavascki. Eu digo: 'ministro, o senhor é corno, se eu tiver nessa operação[...] Veja bem, eu tenho tanta segurança de que não estou nisso que, se estiver, o ministro Teori é corno[...], o Janot é ladrão, e o (juiz Sergio) Moro é um picareta", afirmou Gomes.
Mais adiante, no mesmo áudio, ele conclui a análise a respeito de seu comportamento ético, ao reiterar que jamais participou de atividades ilícitas nem fez fortuna. Gomes não é alvo de nenhum inquérito relacionado às ilegalidades investigadas pela Lava Jato.
"Sou sério porque acredito nisso e quero terminar meus dias com dignidade. Ninguém é besta, não fiz fortuna. Se eu roubasse 0,01% dos recursos que já tiveram sob minha gestão ao longo da minha vida, eu teria patrimônio de pelo menos R$ 300 milhões", calculou.
Procurado pela Folha neste domingo (1º), Gomes disse não estar arrependido porque, segundo ele, não ofendeu as autoridades citadas e estava respondendo a um jornalista responsável por reportagens que incluíram o político cearense no rol dos próximos alvos da operação.
Ele acrescentou ainda que discursou num ambiente íntimo, cercado de amigos, para quem estava tentando ser didático, ao falar sobre como funcionam as indicações para empresas públicas, autarquias e outros cargos da máquina federal.
"Eu não falei nada[...] Como não estou, nem o Teori é corno nem o Moro é ladrão nem o Janot é desonesto. O resumo é: tenho tanta paz na consciência de que não estou envolvido nisso, que eu seria capaz de agredir, se estivesse. E quem estiver (na Lava Jato) tem que bajular, não agredir. Como não estou, não há agressão de minha parte", justificou Gomes.
Ele afirmou ter ficado irritado com publicações mentirosas a seu respeito, de acordo com o pedetista, patrocinadas por adversários políticos.
"No momento em que eu passo a ficar sob suspeição por causa de política baixa... Tudo que eu tenho é minha palavra e minha honra", finalizou o ex-governador.
Teori Zavascki, Rodrigo Janot e Sergio Moro informaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que não vão se pronunciar.
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