Maio tem trânsito de Mercúrio à frente do Sol
Na próxima segunda-feira (9), um evento celeste fascinante vai acontecer: o planeta Mercúrio passará à frente do Sol, causando um minieclipse em pleno dia. O fenômeno será visível em todo o Brasil e é só uma das atrações para os amantes da observação celeste em maio, que também contará com uma tradicional chuva de meteoros, na madrugada desta sexta-feira (6), e a aproximação máxima de Marte com a Terra, no fim do mês.
Seguindo a ordem cronológica, vamos começar pelos Eta-Aquarídeos, uma das mais marcantes chuvas de meteoros anuais. Essas “estrelas cadentes” adentram a atmosfera da Terra quando nosso planeta faz a travessia da órbita do cometa Halley. O astro exuberante fez sua última passagem pela vizinhança em 1986, mas deixou um monte de detritos pelo caminho, que a Terra “encontra” duas vezes ao ano. Em maio, a travessia “da ida” resulta nos Eta-Aquarídeos; em outubro, a “da volta”, nos Orionídeos.
O nome é derivado da posição do radiante — ponto de onde parecem partir os meteoros –, próximo à estrela Eta da constelação de Aquário. No auge da chuva, na madrugada do dia 6, a constelação surge no horizonte leste por volta das 2h da manhã e permanece visível até o amanhecer. Esse é, portanto, o melhor intervalo para observação. A Lua num fino crescente não atrapalha.
Observação de chuva de meteoros não exige instrumentos ópticos. Basta ter céu sem nuvens e paciência. Convém acompanhar por pelo menos uma hora para poder contar bom número de estrelas cadentes.
TRÂNSITO DE MERCÚRIO
A maior atração do mês de maio, contudo, é o trânsito de Mercúrio. Para quem não está familiarizado com o fenômeno, é como se fosse um minieclipse, similar aos detectados pelos satélites caçadores de planetas em outras estrelas. Com duas diferenças importantes: este se dá em nosso próprio Sistema Solar e não resulta apenas numa medição da quantidade de luz da estrela que chega até nós – é possível observar um pequeno pontinho preto, Mercúrio, se deslocando à frente do Sol.
A maior atração do mês de maio, contudo, é o trânsito de Mercúrio. Para quem não está familiarizado com o fenômeno, é como se fosse um minieclipse, similar aos detectados pelos satélites caçadores de planetas em outras estrelas. Com duas diferenças importantes: este se dá em nosso próprio Sistema Solar e não resulta apenas numa medição da quantidade de luz da estrela que chega até nós – é possível observar um pequeno pontinho preto, Mercúrio, se deslocando à frente do Sol.
O fenômeno não é tão raro — esta é a terceira vez neste século, de um total de 14 previstas –, mas vale a pena ficar de olho, até pelo fato de ele, neste ano, ser visível de todo o território nacional, do início ao fim. O trânsito começa às 8h12 (com diferença de mais ou menos dois minutos, de acordo com a localização de onde se observa) e termina às 15h42 (de novo, com variação de dois minutos para mais ou para menos). O horário é o de Brasília.
Para observá-lo, é preciso fazer uso de instrumentos ópticos. Mas atenção: NUNCA olhe para o Sol com binóculos, lunetas ou telescópios. Isso pode facilmente cegá-lo. O jeito mais fácil de acompanhar a observação é usar o instrumento para projetar uma imagem do Sol num anteparo (confira o vídeo acima para uma pequena demonstração com binóculos).
Aos mais afortunados que têm equipamento adaptado com filtros adequados à observação solar, é possível ver o trânsito diretamente.
A olho nu, nem com filtros para proteger a visão adianta tentar; com seus modestos 4.800 km de diâmetro, Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e é pequeno demais para que se possa notá-lo cruzando à frente do Sol.
Se você enfrentar tempo nublado ou não tiver equipamento para acompanhar, haverá diversas transmissões online. E, claro, sempre haverá o próximo trânsito, marcado para 2019.
MARTE EM OPOSIÇÃO
Por fim, no dia 22, vale a pena dar uma olhadinha para o alto lá pela meia-noite e conferir Marte quando ele se coloca em oposição ao Sol com relação ao nosso planeta. Mais ou menos na mesma época, mas não exatamente, se dá a máxima aproximação da Terra com o planeta vermelho.
Por fim, no dia 22, vale a pena dar uma olhadinha para o alto lá pela meia-noite e conferir Marte quando ele se coloca em oposição ao Sol com relação ao nosso planeta. Mais ou menos na mesma época, mas não exatamente, se dá a máxima aproximação da Terra com o planeta vermelho.
Não é nada como aqueles boatos sem-vergonhas que circularam uns anos atrás, na linha “Marte vai ficar do tamanho da Lua no céu”, mas se tem um momento favorável à observação do planeta vermelho, é esse aí. A coisa se repete a cada 26 meses.
E para maio está bom, né? Mês que vem tem mais!
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