Incrível: buracos negros supermassivos podem se formar onde menos se esperava!
26/05/16 - Cientistas revelam que buracos negros não surgem apenas no colapso de estrelas gigantes
No centro da maioria das galáxias, incluindo a nossa própria Via Láctea, encontra-se um buraco negro supermassivo, milhões de vezes maior do que o Sol. Isso todos sabemos. Mas como esses monstros surgiram tem sido um grande mistério.
Uma sugestão seria que os buracos negros começaram acumulando o gás das áreas em seu entorno. Outra opção seria que pequenos buracos negros se formaram, e depois, foram fundidos diversas vezes com outros buracos negros para formar um supermassivo.
Agora, as observações de um trio de telescópios espaciais sugerem um terceiro mecanismo para o nascimento de buracos negros: o colapso das nuvens de gás. Isso nunca havia sido cogitado antes, e representa uma descoberta surpreendente.
"Nós encontramos evidências de que buracos negros supermassivos podem se formar diretamente a partir do colapso de uma nuvem de gás gigante, e pular qualquer estágio intermediário", disse Fabio Pacucci, astrônomo da Scuola Normale Superiore em Pisa, na Itália.
"Há muita controvérsia sobre os estágios de evolução dos buracos negros", acrescentou o astrônomo Andrea Ferrara, também da Scuola Normale Superiore. "Nosso trabalho sugere que estamos estreitando as possibilidades cada vez mais, já próximos de uma explicação, que diz que os buracos negros já podem nascer gigantescos ao invés de começarem pequenos e crescerem a um ritmo previsto."
A descoberta
Usando modelos de computador e observações feitas pelos telescópios espaciais Hubble, Chandra X-ray e Spitzer, os astrônomos descobriram dois fortes candidatos a berçários de buracos negros, ambos os quais combinavam com a cor vermelha prevista, observada pelo Hubble e Spitzer, assim como com o perfil de raios-x previsto pelo Chandra.
Medidas de distância indicam que essas grandes nuvens de gás podem ter se formado quando o Universo tinha menos de 1 bilhão de anos. O estudo foi aceito para publicação na renomada revista científica da Royal Astronomic Society.
As grandes nuvens de gás foram encontradas pelo maior projeto do Telescópio Espacial Hubble, chamado CANDELS (Cosmic Assembly Near-infrared Deep Extragalactic Legacy Survey ), quando o grande telescópio observou o espaço por 2 meses seguidos a fim de entender mais sobre a evolução galática do início do Universo. Outro projeto essencial para a detecção desses objetos foi o chamado GOODS (Great Observatories Origins Deep Survey-South), que é um rastreamento astronômico do espaço profundo, que utiliza os grandes telescópios espaciais Hubble, Spitzer e Chandra para registrar dados observacionais, e combina informações com alguns telescópios terrestres.
"Esses objetos foram encontrados por CANDELS e GOODS. Os próximos passos envolvem a obtenção de mais dados sobre estes dois objetos intrigantes, bem como estender e analisar outras buscas para procurar por mais candidatos a buracos negros de colapsos diretos", disse a NASA em um comunicado oficial.
No centro da maioria das galáxias, incluindo a nossa própria Via Láctea, encontra-se um buraco negro supermassivo, milhões de vezes maior do que o Sol. Isso todos sabemos. Mas como esses monstros surgiram tem sido um grande mistério.
Uma sugestão seria que os buracos negros começaram acumulando o gás das áreas em seu entorno. Outra opção seria que pequenos buracos negros se formaram, e depois, foram fundidos diversas vezes com outros buracos negros para formar um supermassivo.
Agora, as observações de um trio de telescópios espaciais sugerem um terceiro mecanismo para o nascimento de buracos negros: o colapso das nuvens de gás. Isso nunca havia sido cogitado antes, e representa uma descoberta surpreendente.
Ilustração artística de um buraco negro supermassivo. Créditos: NASA / CXC / M. Weiss |
"Nós encontramos evidências de que buracos negros supermassivos podem se formar diretamente a partir do colapso de uma nuvem de gás gigante, e pular qualquer estágio intermediário", disse Fabio Pacucci, astrônomo da Scuola Normale Superiore em Pisa, na Itália.
"Há muita controvérsia sobre os estágios de evolução dos buracos negros", acrescentou o astrônomo Andrea Ferrara, também da Scuola Normale Superiore. "Nosso trabalho sugere que estamos estreitando as possibilidades cada vez mais, já próximos de uma explicação, que diz que os buracos negros já podem nascer gigantescos ao invés de começarem pequenos e crescerem a um ritmo previsto."
A descoberta
Usando modelos de computador e observações feitas pelos telescópios espaciais Hubble, Chandra X-ray e Spitzer, os astrônomos descobriram dois fortes candidatos a berçários de buracos negros, ambos os quais combinavam com a cor vermelha prevista, observada pelo Hubble e Spitzer, assim como com o perfil de raios-x previsto pelo Chandra.
Nascimento de buracos negros registrados pelo Telescópio Espacial Hubble. Créditos: NASA / STScI / ESA |
Medidas de distância indicam que essas grandes nuvens de gás podem ter se formado quando o Universo tinha menos de 1 bilhão de anos. O estudo foi aceito para publicação na renomada revista científica da Royal Astronomic Society.
Nascimento de buracos negros registrados pelo Telescópio Espacial Chandra. Créditos: NASA / CXC / Scuola Normale Superiore / Pacucci |
As grandes nuvens de gás foram encontradas pelo maior projeto do Telescópio Espacial Hubble, chamado CANDELS (Cosmic Assembly Near-infrared Deep Extragalactic Legacy Survey ), quando o grande telescópio observou o espaço por 2 meses seguidos a fim de entender mais sobre a evolução galática do início do Universo. Outro projeto essencial para a detecção desses objetos foi o chamado GOODS (Great Observatories Origins Deep Survey-South), que é um rastreamento astronômico do espaço profundo, que utiliza os grandes telescópios espaciais Hubble, Spitzer e Chandra para registrar dados observacionais, e combina informações com alguns telescópios terrestres.
"Esses objetos foram encontrados por CANDELS e GOODS. Os próximos passos envolvem a obtenção de mais dados sobre estes dois objetos intrigantes, bem como estender e analisar outras buscas para procurar por mais candidatos a buracos negros de colapsos diretos", disse a NASA em um comunicado oficial.
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