terça-feira, 17 de maio de 2016

Ilan Goldfajn é indicado para o Banco Central

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou equipe econômica nesta terça-feira
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Goldfajn (foto) ainda será sabatinado por comissão do SenadoEBC
O economista Ilan Goldfajn foi indicado na manhã desta terça-feira (17) para a presidência do Banco Central. Ele terá que ser sabatinado e ter o nome aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O anúncio do nome foi feito pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Ilan Goldfajn tem experiência no setor público: exerceu o cargo de diretor de Política Econômica do BC, entre 2000 e 2003, na gestão de Armínio Fraga.
No seu histórico profissional também está a diretoria do Centro de Debates de Políticas Públicas. Foi também diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Economia da Casa das Garças, entre 2006 e 2009, sócio-fundador da Ciano Consultoria (2008 e 2009), sócio-fundador e gestor da Ciano Investimentos (2007-2008) e sócio da Gávea Investimentos (2003-2006), onde foi responsável pelas áreas de pesquisas macroeconômicas e análise de risco.
Goldfajn é economista, com mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Atuou como consultor de organizações internacionais (como Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Nações Unidas), do governo brasileiro e do setor privado.
Ainda na equipe econômica, Marcelo Caetano ocupará a secretaria da Previdência, que perdeu o status de ministério. Mansueto Almeida vai chefiar a Secretaria de Acompanhamento Econômico e o ex-diretor do BC Carlos Hamilton ficará na Secretaria de Política Econômica.
Meirelles reiterou que o atual presidente do BC, Alexandre Tombini, continua no cargo até a aprovação do nome de Goldfajn. Depois disso, ele deverá permanecer no governo, mas ainda sem definição.
— Ainda não está no momento de anunciar qual é essa posição. Certamente continuaremos com o concurso do presidente Tombini, não mais no Banco Central.
Na próxima fase de nomeações, ainda sem data certa, o ministro vai anunciar as presidências dos bancos públicos: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
"As nomeações que estamos fazendo vão eliminando fontes de incerteza [do mercado]", disse Meirelles, destacando que o momento político ainda é delicado e que o desfecho caberá ao Senado nos próximos meses.
Avaliação
O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, considera a escolha de Goldfajn positiva. “Acho um nome excepcional, muito qualificado com passagem pelo governo, com muitos trabalhos publicados, acadêmicos, na área de política monetária. Tem experiência do lado público e do lado privado. E acho que ele tem credibilidade com sobra para poder cortar os juros”, disse.
O professor de macroeconomia do Ibmec-RJ e economista da Órama Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Alexandre Espírito Santo também ressaltou a formação acadêmica de Goldfajn e a experiência no mercado financeiro e no BC.
“É um dos mais competentes e preparados economistas que o País tem. Já mostrou isso quando foi diretor do Banco Central e tem uma formação extraordinária, acadêmica. Tem muita experiência como economista do Itaú”, disse.
Para o professor do Ibmec, haverá uma transição “bem tranquila” no BC. “A atual equipe do Banco Central também é muito competente. Pode ter um pouco de divergência em termos de pensamento econômico, mas vai ser uma transição tranquila. Aliás, na minha cabeça parece que vai ser a única transição tranquila pela competência de ambos. Tanto de quem vai sair, quanto de quem vai entrar”, acrescentou Espírito Santo.

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