segunda-feira, 16 de maio de 2016

Astronomia: O plano da Nasa para descobrir vida fora da Terra na próxima década

POR SALVADOR NOGUEIRA
Astrônomos delineiam o futuro do estudo dos exoplanetas, à procura de uma nova Terra.
PLANETAS E MAIS PLANETASA equipe do queridíssimo satélite Kepler não se cansa de descobrir exoplanetas. Na última leva, foram 1.284, dos quais nove podem guardar semelhança com a Terra. Mas entre poder ser e ser, vai uma distância. E esse é o percurso que os astrônomos querem percorrer agora.
A GRANDE PERGUNTAO Kepler foi só o começo. Sua missão era responder a uma pergunta angustiante: vale a pena gastar um caminhão de dinheiro em equipamentos caros para estudar planetas potencialmente parecidos com a Terra? Só valeria se eles existissem aos montes, e foi isso o que o satélite da Nasa conseguiu demonstrar.
EM BUSCA DOS ALVOSAgora, entramos numa nova etapa. Não queremos mais saber quantos eles são, mas onde estão os mais próximos, aqueles que poderemos de fato verificar se são mesmo habitáveis. Para isso, em 2017, a Nasa vai lançar o satélite TESS. Ele fará o mesmo serviço do Kepler, mas focado em estrelas mais próximas, espalhadas por todo o céu.
O SUPERTELESCÓPIODe posse desse novo catálogo de descobertas, a partir de 2018 a coisa esquenta, com o Telescópio Espacial James Webb. Seu espelho segmentado de 6,5 metros – quase o triplo do que tem o Hubble – acaba de ser concluído.
ASSINATURASO Webb será capaz de algo prodigioso: detectar os gases na atmosfera dos planetas descobertos pelo TESS. Conforme eles transitarem à frente de sua estrela-mãe, parte da luz estelar passará de raspão por seu invólucro de ar, carregando consigo a assinatura das moléculas por onde teve de atravessar.
A BUSCA POR VIDASaberemos assim se esses mundos, a exemplo do nosso, também têm gases como oxigênio, dióxido de carbono, vapor d’água e metano em suas atmosferas. Na Terra, o oxigênio jamais estaria onde está não fosse pela presença de vida. A esperança dos cientistas é encontrar traços similares em outros mundos e, com isso, quem sabe, fazer a primeira detecção de vida fora da Terra.

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