sexta-feira, 15 de abril de 2016

Na TV, Dilma dirá que defensores do impeachment terão 'marca do golpe'

Alan Marques/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 13.04.2016. A presidente Dilma Rousseff dá entrevista para alguns veículos de comunicação, em seu gabinete no Palácio do Planalto. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
A presidente Dilma Rousseff dá entrevista em seu gabinete no Palácio do Planalto

A presidente Dilma Rousseff decidiu fazer um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, às 20h desta sexta-feira (15), para pedir apoio contra o impeachment de seu mandato.
Segundo a Folha apurou, a presidente Dilma Rousseff afirmará que os defensores do impeachment podem até ter suas justificativas, mas que a história os deixará com a "marca do golpe".
No discurso gravado na manhã desta sexta-feira (15), no Palácio da Alvorada, a petista ressaltou ainda que não pesa nenhuma denúncia de corrupção contra ela e que o impeachment pode representar um perigo para a democracia brasileira.
Ela pede ainda à sociedade brasileira que converse com os deputados federais de seus Estados para que eles "fiquem ao lado da democracia" e "respeitem a Constituição Federal". Segundo ela, há um "golpe em curso no país" e é preciso lutar pela democracia.
A ideia inicial era que ela gravasse uma mensagem para ser veiculada nas redes sociais, mas, diante do cenário adverso para o governo federal, que encontra dificuldades para barrar o impeachment no domingo (17), ficou definido que era melhor o pronunciamento oficial.
A proposta de ir para a televisão foi construída junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele, por sua vez, gravou também uma mensagem com o discurso alinhado ao de Dilma. A fala do petista foi veiculada nas redes sociais.
Para se preparar para o pronunciamento, a presidente convocou a Brasília o cabeleireiro Celso Kamura, responsável pelo visual da petista.
CORPO A CORPO
Na estratégia de intensificar o corpo a corpo com deputados federais, a petista recebeu nesta sexta-feira (15) parlamentares baianos na companhia do governador Rui Costa dos Santos, do PT.
Na reta final, a ofensiva do governo federal tem sido sobre os deputados federais da Região Norte que votarão primeiro no domingo (17), como de Roraima, Amapá, Pará e Amazonas.
O objetivo é evitar que os primeiros votos criem um efeito manada sobre os parlamentares indecisos no decorrer da votação.

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