Para Planalto, juiz suspendeu posse de Lula por 'motivações políticas'
Em reunião de emergência convocada nesta quinta-feira (17) pela presidente Dilma Rousseff, o governo federal avaliou que o juiz Itagiba Catta Preta Neto, que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil, atuou por "motivações políticas".
Segundo relatos de presentes, a petista ficou surpresa com a postura do magistrado e orientou o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, a recorrer "o mais rápido possível" da decisão liminar.
No encontro, foi criticada a página pessoal do juiz no Facebook, que mostra imagens dele participando de protestos pelo impeachment da petista. Para embasar a tese de que ele atuou com motivações políticas, a intenção do Palácio do Planalto é inclusive incluir no recurso as imagens e mensagens do juiz na rede social.
A presidente foi informada da decisão do juiz por um assessor presidencial enquanto se reunia com Lula. Ela recebeu com surpresa e imediatamente pediu para falar com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que foi convocado para discutir o tema.
Além deles, participou também do encontro para discutir a estratégia de defesa o ministro Jaques Wagner (Gabinete da Presidência).
Na decisão provisória, o magistrado da 4a Vara Federal entendeu que há suspeita de cometimento do crime de responsabilidade por parte de Dilma. O juiz acolheu uma ação popular movida pelo advogado Enio Meregali Júnior.
A nomeação de Lula foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União" às 19h de quarta-feira (16), mesmo dia em que o petista aceitou assumir a pasta, após encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Alvorada.
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