O último refúgio
Com estreia programada apenas para maio, a próxima novela das 19h30 da Globo foi apresentada nesta semana a um pequeno grupo de jornalistas em São Paulo.
A antecedência incomum do evento foi explicada pela necessidade de esclarecer um aspecto que a emissora julga essencial. "Haja Coração" é uma "releitura livre" –e não um "remake" –de "Sassaricando", novela de Silvio de Abreu, exibida originalmente entre 1987 e 88.
Daniel Ortiz, o autor, explicou a diferença. Ele garante que não simplesmente transpôs a comédia para os dias de hoje, mas buscou inspiração nela para criar uma nova história, incluindo personagens e alterando características dos tipos originais.
Mais importante que este esclarecimento, porém, foi a ênfase dada pelo diretor, Fred Mayrink, a outro aspecto da novela, o fato de ela se passar em São Paulo.
"Teríamos muitos matizes para destacar ao retratar a cidade, e optamos por mostrar essa São Paulo solar, alegre. Optamos pela leveza, pensando em entretenimento para toda a família ", disse Mayrink. "Não tem piada chula, não tem nenhum núcleo ligado ao crime ou qualquer coisa com que você, em casa, possa se sentir invadido", acrescentou.
Assim, em maio, com a estreia de "Haja Coração", o espectador terá uma oferta de novelas da Globo como há muito tempo não se via, fortemente calcada na fantasia e distante do cotidiano realista.
Às 18h30, estará no ar "Eta Mundo Bom", história ambientada na São Paulo da década de 40, inspirada em "Candinho", de Mazzaroppi, personagem que a cada infortúnio repete: "Tudo que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar".
Na sequência, a novela de Ortiz, nesta São Paulo atual, solar, sem crime e grosserias, centrada no triângulo amoroso de Tancinha (Mariana Ximenes), Apolo (Malvino Salvador) e Beto (João Baldasserini), com o acréscimo de Tamara (Cléo Pires).
Às 21h30, a Globo já estará exibindo "Velho Chico", vendida como "o novo romance das 9" –uma história de Benedito Ruy Barbosa passada no Nordeste, com temática de conflitos familiares tendo como cenário as margens do rio São Francisco.
Trata-se da primeira novela neste horário fora do eixo Rio-São Paulo em muitos anos. As últimas duas ("Babilônia" e "A Regra do Jogo") contaram com núcleos importantes em favelas e trataram com fartura de problemas de violência urbana.
E, a partir de abril, às 23h, a emissora vai mostrar "Liberdade, Liberdade", uma ficção sobre Joaquina (Mel Maia/Andreia Horta), filha de Tiradentes (Thiago Lacerda) e Antônia (Leticia Sabatella). A novela mostra o retorno da personagem ao Brasil para se tornar o símbolo da luta contra a coroa portuguesa.
Em 2015, neste mesmo horário, a emissora exibiu "Verdades Secretas", um drama pesado, sobre prostituição de modelos, consumo de drogas, em torno de um empresário canalha que se casava com uma mulher apenas para ficar com a sua filha.
Nestes primeiros meses do ano, a Globo tem registrado aumento de audiência em todas as suas novelas. Na Record, a reprise da minissérie bíblica "José do Egito" alcança Ibope superior ao da exibição original. No SBT, as tramas mexicanas da grade vespertina são um sucesso.
Não parece haver dúvidas de que, em tempos de crise, a fantasia é, de fato, o último refúgio do brasileiro.
A antecedência incomum do evento foi explicada pela necessidade de esclarecer um aspecto que a emissora julga essencial. "Haja Coração" é uma "releitura livre" –e não um "remake" –de "Sassaricando", novela de Silvio de Abreu, exibida originalmente entre 1987 e 88.
Daniel Ortiz, o autor, explicou a diferença. Ele garante que não simplesmente transpôs a comédia para os dias de hoje, mas buscou inspiração nela para criar uma nova história, incluindo personagens e alterando características dos tipos originais.
Mais importante que este esclarecimento, porém, foi a ênfase dada pelo diretor, Fred Mayrink, a outro aspecto da novela, o fato de ela se passar em São Paulo.
"Teríamos muitos matizes para destacar ao retratar a cidade, e optamos por mostrar essa São Paulo solar, alegre. Optamos pela leveza, pensando em entretenimento para toda a família ", disse Mayrink. "Não tem piada chula, não tem nenhum núcleo ligado ao crime ou qualquer coisa com que você, em casa, possa se sentir invadido", acrescentou.
Assim, em maio, com a estreia de "Haja Coração", o espectador terá uma oferta de novelas da Globo como há muito tempo não se via, fortemente calcada na fantasia e distante do cotidiano realista.
Às 18h30, estará no ar "Eta Mundo Bom", história ambientada na São Paulo da década de 40, inspirada em "Candinho", de Mazzaroppi, personagem que a cada infortúnio repete: "Tudo que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar".
Na sequência, a novela de Ortiz, nesta São Paulo atual, solar, sem crime e grosserias, centrada no triângulo amoroso de Tancinha (Mariana Ximenes), Apolo (Malvino Salvador) e Beto (João Baldasserini), com o acréscimo de Tamara (Cléo Pires).
Às 21h30, a Globo já estará exibindo "Velho Chico", vendida como "o novo romance das 9" –uma história de Benedito Ruy Barbosa passada no Nordeste, com temática de conflitos familiares tendo como cenário as margens do rio São Francisco.
Trata-se da primeira novela neste horário fora do eixo Rio-São Paulo em muitos anos. As últimas duas ("Babilônia" e "A Regra do Jogo") contaram com núcleos importantes em favelas e trataram com fartura de problemas de violência urbana.
E, a partir de abril, às 23h, a emissora vai mostrar "Liberdade, Liberdade", uma ficção sobre Joaquina (Mel Maia/Andreia Horta), filha de Tiradentes (Thiago Lacerda) e Antônia (Leticia Sabatella). A novela mostra o retorno da personagem ao Brasil para se tornar o símbolo da luta contra a coroa portuguesa.
Em 2015, neste mesmo horário, a emissora exibiu "Verdades Secretas", um drama pesado, sobre prostituição de modelos, consumo de drogas, em torno de um empresário canalha que se casava com uma mulher apenas para ficar com a sua filha.
Nestes primeiros meses do ano, a Globo tem registrado aumento de audiência em todas as suas novelas. Na Record, a reprise da minissérie bíblica "José do Egito" alcança Ibope superior ao da exibição original. No SBT, as tramas mexicanas da grade vespertina são um sucesso.
Não parece haver dúvidas de que, em tempos de crise, a fantasia é, de fato, o último refúgio do brasileiro.
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