O golpe de Dilma e do PT contra o impeachment
Dilma e o PT repetem exaustivamente que o processo de impeachment em curso é uma tentativa de golpe contra o governo.
Isso é tão falso quanto à garantia que ela deu durante a campanha eleitoral de que não retornaria com a CPMF.
Os incautos e as viúvas de Lula ficam excitadas com essa cantilena, que tem como propósito óbvio iludir a opinião pública.
Dilma quer passar para a nação a ideia de que está sendo apeada do poder por uma horda de oposicionistas, juízes e jornalistas.
Todos conspiradores baratos.
Todos dispostos a derrubar uma governante legitimamente eleita pelo povo.
Ora, vamos ser claros: o impeachment está previsto na Constituição.
Portanto, não é golpe.
Só teremos uma ruptura constitucional caso não sejam observados todos os mecanismos de defesa previstos em lei.
E isso não está acontecendo.
Dilma está tendo direito ao contraditório no campo jurídico. E na arena política, que é, de fato, onde o jogo é jogado, pode utilizar todo o seu arsenal, inclusive, nomeando ministro alguém investigado pela Justiça. Ou oferecendo ao PMDB todas as joias que ainda restam da coroa.
O impeachment faz parte do nosso ordenamento jurídico-institucional. Não é por ter sido eleita, que Dilma pode achar que está acima da lei. Que não deve satisfações pelos malfeitos que possa ter cometido.
É interessante lembrar que muitos dos que agora engrossam o canto do "não vai ter golpe" estiveram nas ruas décadas antes exigindo a saída de Fernando Henrique Cardoso.
Alguns juristas que assinaram o pedido de impeachment de FHC são os mesmos que agora dizem que impeachment é golpe.
Pau que bate em Chico bate em Francisco, sabem os mais velhos.
O PT tem um modo próprio de seguir a Constituição.
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