As opiniões controversas em torno da Classificação Indicativa no Brasil são um tanto quanto peculiares. Enquanto uns defendem seu atual modelo perante as mídias, outros a repudiam totalmente, abrindo ares para uma discussão frenética.
Volta e meia o tema é novamente abordado por políticos, executivos, pais e/ou responsáveis, sendo favoráveis ou não, predestinados a mudar (para melhor ou “pior”). Mas a pergunta que fica é: ela está sendo realmente eficiente?
Esta semana foi lançado nos cinemas de boa parte do mundo o longa Deadpool — que por motivos particulares o repudio totalmente —, entretanto mesmo que negativo para com o filme, ainda mais a classificação brasileira que lhe foi atribuído. Enquanto nos Estados Unidos sua especificação é para maiores de 18 anos, no Brasil o mesmo ficou com o selo 16. Peraê.
Quando pequenos somos protegidos a todo custo de qualquer cena de violência, seja física ou verbal; censuradas por serem ditas como inadequadas ao público — e somente aqui. Entretanto as mesmas seriam capazes de amadurecer mais rápido? Seguindo por esta linha de raciocínio de maneira alguma. Seria Deadpool menos intenso que Azul é a cor mais Quente (18 anos) ou A Última Casa (18 anos).
Todos que entrarem em debate saberão que o selo 16 foi concebido aqui apenas para promove-lo um pouco mais. Que valor tem uma classificação indicativa que se quer passa real credibilidade de seu real intuito?
E enquanto programas como “Brasil Urgente” e “Cidade Alerta” jorram sangue da tela às 16h, filmes como Percy Jackson (12 anos), Crepúsculo (12 anos), Falcão – O Campeão dos Campeões (14 anos) precisam ser adaptados para veiculação na faixa da tarde da programação dos canais abertos, ou restritos a madrugada.
Também não podemos esquecer de Malhação (10 anos) e palavreados na surdina, mas que estão ali, e suas recomendações como “com ou sem proteção?”, “já é a hora certa?”, “minha primeira vez..” (por respeito, resolvemos diminuir as reais palavras expressadas no folhetim para vocês); Apenas um Show para maiores de 10 anos pois contem violência, e a “novela da família brasileira” para maiores de 12.
E você, o que acha quanto a classificação indicativa no Brasil?
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