Radiação cósmica sobre a Terra está aumentando drasticamente
29/01/16 - Os raios cósmicos interferem diretamente no clima da Terra. Mas qual o risco para o nosso planeta? Isso é normal?
Desde o início de 2015, os monitores de nêutrons ao redor do Círculo Polar Ártico têm registrado uma intensidade de raios cósmicos cada vez maior. As latitudes polares são ótimos lugares para fazer tais medições, porque é onde o campo magnético da Terra canaliza e concentra a radiação cósmica.
Por outro lado, os pólos da Terra não são os únicos lugares que os raios cósmicos estão se intensificando. Estudantes do Earth and Sky Calculus junto com a rede de monitoramento SpaceWeather lançaram balões de hélio para a estratosfera, a fim de medir os níveis de radiação, e eles encontraram uma tendência que chamou a atenção de todos!
No gráfico acima, as medições do monitor de nêutrons feitas pela Estação de Raios Cósmicos da Universidade de Oulu, na Finlândia, são traçadas em vermelho; as medições de raios gama e raios-X sobre a Califórnia, EUA, são traçadas em cinza. E a sincronia entre os dois gráficos é notável. Isso significa que a intensificação dos raios cósmicos sobre o nosso planeta não está acontecendo apenas nas regiões dos pólos, como também sobre as latitudes mais baixas, onde o campo magnético da Terra fornece um grau mais elevado de proteção contra a radiação do espaço profundo.
Os raios cósmicos, que são acelerados em direção à Terra por explosões de supernovas distantes e outros acontecimentos violentos, são importantes acontecimentos do clima espacial. Esses eventos podem agrupar nuvens, desencadear relâmpagos e penetrar aviões comerciais. Para se ter uma ideia, as medições feitas pela Universidade de Oulu mostram que uma pessoa fica exposta a radiação equivalente a 2 ou 5 raios-X dentais durante um voo de ida e volta de um canto ao outro de um continente.
Da mesma forma, os raios cósmicos podem afetar os escaladores de montanhas, drones em grandes altitudes, satélites e astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional.
Sol, o nosso escudo protetor
Por incrível que pareça, as tempestades solares e suas Ejeções de Masa Coronal ajudam a varrer o entorno da Terra, protegendo o nosso planeta dos raios cósmicos. Portanto, a baixa atividade solar permite que uma dose extra de raios cósmicos chegue até a Terra. De fato, o aumento contínuo na intensidade dos raios cósmicos é provavelmente devido ao declínio no ciclo solar. O período de Máxima Solar já passou, e agora estamos indo rumo ao Mínimo Solar.
Analistas preveem que a atividade solar caia acentuadamente nos próximos anos, o que deve aumentar a incidência de raios cósmicos sobre o nosso planeta. Apesar de parecer preocupante, os raios cósmicos não simbolizam um risco para a vida na Terra, já que o nosso planeta possui um campo magnético que funciona como escudo natural. Além disso, os raios cósmicos interagem com o nosso clima há muito tempo, desde o início do Sistema Solar, e mesmo assim, a vida prospera majestosamente.
Desde o início de 2015, os monitores de nêutrons ao redor do Círculo Polar Ártico têm registrado uma intensidade de raios cósmicos cada vez maior. As latitudes polares são ótimos lugares para fazer tais medições, porque é onde o campo magnético da Terra canaliza e concentra a radiação cósmica.
Por outro lado, os pólos da Terra não são os únicos lugares que os raios cósmicos estão se intensificando. Estudantes do Earth and Sky Calculus junto com a rede de monitoramento SpaceWeather lançaram balões de hélio para a estratosfera, a fim de medir os níveis de radiação, e eles encontraram uma tendência que chamou a atenção de todos!
Créditos: University of Oulu / Earth and Sky Calculus |
No gráfico acima, as medições do monitor de nêutrons feitas pela Estação de Raios Cósmicos da Universidade de Oulu, na Finlândia, são traçadas em vermelho; as medições de raios gama e raios-X sobre a Califórnia, EUA, são traçadas em cinza. E a sincronia entre os dois gráficos é notável. Isso significa que a intensificação dos raios cósmicos sobre o nosso planeta não está acontecendo apenas nas regiões dos pólos, como também sobre as latitudes mais baixas, onde o campo magnético da Terra fornece um grau mais elevado de proteção contra a radiação do espaço profundo.
Os raios cósmicos, que são acelerados em direção à Terra por explosões de supernovas distantes e outros acontecimentos violentos, são importantes acontecimentos do clima espacial. Esses eventos podem agrupar nuvens, desencadear relâmpagos e penetrar aviões comerciais. Para se ter uma ideia, as medições feitas pela Universidade de Oulu mostram que uma pessoa fica exposta a radiação equivalente a 2 ou 5 raios-X dentais durante um voo de ida e volta de um canto ao outro de um continente.
Ilustração artística da radiação cósmica sobre Londres, Inglaterra. Créditos: University of Birmingham |
Da mesma forma, os raios cósmicos podem afetar os escaladores de montanhas, drones em grandes altitudes, satélites e astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional.
Sol, o nosso escudo protetor
Por incrível que pareça, as tempestades solares e suas Ejeções de Masa Coronal ajudam a varrer o entorno da Terra, protegendo o nosso planeta dos raios cósmicos. Portanto, a baixa atividade solar permite que uma dose extra de raios cósmicos chegue até a Terra. De fato, o aumento contínuo na intensidade dos raios cósmicos é provavelmente devido ao declínio no ciclo solar. O período de Máxima Solar já passou, e agora estamos indo rumo ao Mínimo Solar.
Analistas preveem que a atividade solar caia acentuadamente nos próximos anos, o que deve aumentar a incidência de raios cósmicos sobre o nosso planeta. Apesar de parecer preocupante, os raios cósmicos não simbolizam um risco para a vida na Terra, já que o nosso planeta possui um campo magnético que funciona como escudo natural. Além disso, os raios cósmicos interagem com o nosso clima há muito tempo, desde o início do Sistema Solar, e mesmo assim, a vida prospera majestosamente.
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