terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O que vem por aí em 2016!

POR SALVADOR NOGUEIRA
De lançamentos espaciais a fenômenos astronômicos, confira os principais eventos celestes de 2016.
O ADEUS DO COMETA
Exatamente hoje (4), o cometa Catalina (C/2013 US10) atinge seu brilho máximo, o que significa que ele poderá ser visto até a olho nu, em céus sem poluição luminosa. Procure-o, com a ajuda de um binóculo, na constelação do Boieiro, perto do horizonte na direção nordeste, depois das 3h da manhã. E corra, pois ele está prestes a deixar o céu do hemisfério Sul.
O cometa Catalina registrado pelo astrônomo Ian Sharp com um telescópio na Austrália (Crédito: Ian Sharp)
O cometa Catalina registrado pelo astrônomo Ian Sharp com um telescópio na Austrália (Crédito: Ian Sharp)
BUSCA DE VIDA EM MARTE
Em março, um lançamento europeu retomará a busca por vida em Marte. A missão ExoMars 2016 é composta por um orbitador, que estudará o metano (quiçá produzido por micróbios) na atmosfera marciana, e por um pequeno módulo experimental, que demonstrará a capacidade de pouso suave. A chegada das sondas ao planeta vizinho deve ocorrer em outubro.
Concepção artística do Gas Trace Orbiter e do módulo de pouso Schiaparelli, da missão ExoMars 2016 (Crédito: ESA)
Concepção artística do Gas Trace Orbiter e do módulo de pouso Schiaparelli, da missão ExoMars 2016 (Crédito: ESA)
TRÂNSITO SOLAR
O pequeno Mercúrio passará à frente do disco solar em 9 de maio, e o fenômeno será visível do Brasil. A última vez foi em 2006. Vê-lo é um desafio, pois exige um telescópio equipado com filtro adequado ou uma projeção num anteparo. Nunca olhe para o Sol por um telescópio sem filtro, ou será a última coisa que você verá!
Sequência de imagens mostra um trânsito de Mercúrio por sobre o disco solar (Crédito: Nasa)
Sequência de imagens mostra um trânsito de Mercúrio por sobre o disco solar (Crédito: Nasa)
CHEGADA A JÚPITER
A espaçonave americana Juno chegará ao maior planeta do Sistema Solar, após quase cinco anos de viagem. É a primeira missão alimentada por paineis solares a ir tão longe, e seu objetivo será estudar a composição do maior planeta do Sistema Solar.
Concepção artística da sonda Juno em órbita de Júpiter (Crédito: Nasa)
Concepção artística da sonda Juno em órbita de Júpiter (Crédito: Nasa)
PEDAÇO DE ASTEROIDE
Em setembro, partirá a sonda americana OSIRIS-REx, que colherá amostras do asteroide Bennu, trazendo-as de volta à Terra para análise em 2023. Missão é similar à japonesa Hayabusa2, que já está no espaço.
Concepção artística da sonda Osiris-Rex no asteroide Bennu, em 2019. (Crédito: Nasa)
Concepção artística da sonda Osiris-Rex no asteroide Bennu, em 2019. (Crédito: Nasa)
CHUVAS DE METEOROS
Como todos os anos, teremos muitas chuvas de meteoros interessantes para observar. Destaques para os Eta Aquarídeos, em maio, e os Orionídeos, em outubro, ambos produtos da passagem da Terra pela órbita do cometa Halley.
Astrofotógrafo Phil Hart registra as Orionídeas em 2011; foto representa duas horas de observação. (Crédito: Phil Hart)
Astrofotógrafo Phil Hart registra as Orionídeas em 2011; foto representa duas horas de observação. (Crédito: Phil Hart)
BÔNUS 1: O POUSO DA ROSETTA
Não se esqueçam também de que em setembro a Rosetta deve encerrar sua missão ao cometa Churyumov-Gerasimenko de forma potencialmente espetacular. Ela tentará pousar na superfície do astro, a exemplo do que o pequeno módulo Philae fez em 2014. A conferir!
BÔNUS 2: O CÉU DE JANEIRO
Confira dicas para ver o cometa Catalina e a primeira chuva de meteoros do ano, os Quadrantídeos.
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada

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