Como os astrônomos poderiam ver de fato o 'Nono Planeta'
22/01/16 - Como e quando os astrônomos vão "observar" de fato o nono planeta? Quais as chances?
No dia 20 de janeiro de 2015, astrônomos revelaram evidências indiscutíveis da existência de um nono planeta no Sistema Solar, com cerca de 10 vezes a massa da Terra. E se um nono planeta está lá fora, esperando pra ser observado, como e quando esse avistamento deve acontecer?
Até o momento, a evidência da existência do nono planeta é apenas um modelo de computador, por conta de seu poder gravitacional que estaria alterando a órbita de outros objetos. Apesar disso, uma evidência direta pode surgir no futuro próximo, através de uma observação com telescópio.
"É provável que já tenhamos visto o nono planeta, e o descartamos", disse Mike Brown, cientista responsável pelo estudo. "Durante sua máxima aproximação com o Sol, poderíamos quase vê-lo através de telescópios amadores", comentou. O "Planeta Nove" chega a 200 ou 300 UA do Sol durante sua máxima aproximação, e se afasta a 600 ou 1.200 UA (1 UA equivale a distância média entre a Terra e o Sol).
Acredita-se que o nono planeta não esteja muito próximo do Sol nesse momento, segundo Mike Brown, que inclusive é responsável direta ou indiretamente pela descoberta de diversos objetos distantes do Sistema Solar, incluindo os planetas anões Eris e Sedna. "Mas telescópios terrestres poderosos já poderiam detectá-lo a qualquer momento, não importa onde ele esteja", completou.
Segundo Mike, mesmo em seu ponto mais distante do Sol, ele deve brilhar na magnitude 24 ou 25, ou seja, nada impossível de ser visto. "Apenas precisamos olhar para o lugar certo!"
Com qual telescópio deve acontecer a primeira observação do Nono Planeta?
Segundo o astrônomo Scott Sheppard, da Carnegie Institution for Science, em Washington, EUA, precisaríamos de aproximadamente 50 noites de observações diretas usando um instrumento poderoso como o Telescópio Subaru, no Havaí.
Em 2014, Scott Sheppard e Chadwick Trujillo, do Observatório Gemini, no Havaí, descobriram um objeto chamado 2012 VP113, cujas características orbitais sugeriam a presença de um nono planeta.
O Telescópio Subaru (com seus 8,2 metros de abertura) se torna o telescópio favorito para a observação do planeta de número 9, já que ele está previsto para ser visível no céu do hemisfério norte, de acordo com Mike e Scott. Existem outros grandes telescópios à disposição espalhados pelo mundo, como os poderosos Observatórios instalados no Chile, porém, eles estão no hemisfério sul.
Scott Sheppard salientou ainda que é difícil saber o quão detectável seria o nono planeta, considerando as incertezas em torno de seu tamanho, órbita e composição, que afetam diretamente no albedo (brilho) do planeta. "Se ele não estiver no extremo de sua órbita, então Subaru deve ser capaz de encontrá-lo."
A caçada começou!
Durante observações e estudos, utilizando o Telescópio Subaru, Scott Sheppard e seus colegas já cobriram algumas partes do céu em que o Planeta Nove poderia estar. E agora os pesquisadores irão apontar o grande telescópio para outras áreas do céu que seriam mais promissoras, já que agora todos sabem melhor pra onde olhar. "Nós ainda estamos procurando por outros objetos menores, que podem nos levar ao nono planeta", disse Scott.
Além disso, a busca pelo nono planeta também fará com que os astrônomos resgatem muitos dados de observações antigas, ou seja, ao invés de olhar para o céu, as buscas começarão nos arquivos guardados há anos, já que é possível que o nono planeta já tenha sido fotografado, mas nunca foi percebido. Eles precisarão de mais de uma imagem, pois terão de observar o movimento do obejto para saber se realmente é o nono planeta, e não apenas uma estrela de fundo.
Scott Sheppard disse que, com base em sua experiência, ele sempre acreditou que as chances de haver um planeta gigante escondido nos confins do Sistema Solar era de 50%, porém, após as novas revelações e novos estudos, ele disse que as chances, em sua concepção, seriam de 75%. Mike Brown está ainda mais confiante. "Eu acho mesmo que ele está lá, mas assim como todo mundo, eu também quero vê-lo!"
No dia 20 de janeiro de 2015, astrônomos revelaram evidências indiscutíveis da existência de um nono planeta no Sistema Solar, com cerca de 10 vezes a massa da Terra. E se um nono planeta está lá fora, esperando pra ser observado, como e quando esse avistamento deve acontecer?
Até o momento, a evidência da existência do nono planeta é apenas um modelo de computador, por conta de seu poder gravitacional que estaria alterando a órbita de outros objetos. Apesar disso, uma evidência direta pode surgir no futuro próximo, através de uma observação com telescópio.
"É provável que já tenhamos visto o nono planeta, e o descartamos", disse Mike Brown, cientista responsável pelo estudo. "Durante sua máxima aproximação com o Sol, poderíamos quase vê-lo através de telescópios amadores", comentou. O "Planeta Nove" chega a 200 ou 300 UA do Sol durante sua máxima aproximação, e se afasta a 600 ou 1.200 UA (1 UA equivale a distância média entre a Terra e o Sol).
Mike Brown e Konstantin Batygin fotografados a frente da ilustração artística do 'Nono Planeta', nas instalações da Caltech, EUA. Créditos: Patrick T / Caltech |
Acredita-se que o nono planeta não esteja muito próximo do Sol nesse momento, segundo Mike Brown, que inclusive é responsável direta ou indiretamente pela descoberta de diversos objetos distantes do Sistema Solar, incluindo os planetas anões Eris e Sedna. "Mas telescópios terrestres poderosos já poderiam detectá-lo a qualquer momento, não importa onde ele esteja", completou.
Segundo Mike, mesmo em seu ponto mais distante do Sol, ele deve brilhar na magnitude 24 ou 25, ou seja, nada impossível de ser visto. "Apenas precisamos olhar para o lugar certo!"
Com qual telescópio deve acontecer a primeira observação do Nono Planeta?
Segundo o astrônomo Scott Sheppard, da Carnegie Institution for Science, em Washington, EUA, precisaríamos de aproximadamente 50 noites de observações diretas usando um instrumento poderoso como o Telescópio Subaru, no Havaí.
Observatório Subaru, Havaí, EUA. Créditos: Daniel Birchall / NAOJ |
Em 2014, Scott Sheppard e Chadwick Trujillo, do Observatório Gemini, no Havaí, descobriram um objeto chamado 2012 VP113, cujas características orbitais sugeriam a presença de um nono planeta.
O Telescópio Subaru (com seus 8,2 metros de abertura) se torna o telescópio favorito para a observação do planeta de número 9, já que ele está previsto para ser visível no céu do hemisfério norte, de acordo com Mike e Scott. Existem outros grandes telescópios à disposição espalhados pelo mundo, como os poderosos Observatórios instalados no Chile, porém, eles estão no hemisfério sul.
Scott Sheppard salientou ainda que é difícil saber o quão detectável seria o nono planeta, considerando as incertezas em torno de seu tamanho, órbita e composição, que afetam diretamente no albedo (brilho) do planeta. "Se ele não estiver no extremo de sua órbita, então Subaru deve ser capaz de encontrá-lo."
A caçada começou!
Durante observações e estudos, utilizando o Telescópio Subaru, Scott Sheppard e seus colegas já cobriram algumas partes do céu em que o Planeta Nove poderia estar. E agora os pesquisadores irão apontar o grande telescópio para outras áreas do céu que seriam mais promissoras, já que agora todos sabem melhor pra onde olhar. "Nós ainda estamos procurando por outros objetos menores, que podem nos levar ao nono planeta", disse Scott.
Imagem com a possível órbita do Nono Planeta, junto com as órbitas de outros 6 objetos do Sistema Solar. Créditos: Caltech / R. Hurt |
Além disso, a busca pelo nono planeta também fará com que os astrônomos resgatem muitos dados de observações antigas, ou seja, ao invés de olhar para o céu, as buscas começarão nos arquivos guardados há anos, já que é possível que o nono planeta já tenha sido fotografado, mas nunca foi percebido. Eles precisarão de mais de uma imagem, pois terão de observar o movimento do obejto para saber se realmente é o nono planeta, e não apenas uma estrela de fundo.
Scott Sheppard disse que, com base em sua experiência, ele sempre acreditou que as chances de haver um planeta gigante escondido nos confins do Sistema Solar era de 50%, porém, após as novas revelações e novos estudos, ele disse que as chances, em sua concepção, seriam de 75%. Mike Brown está ainda mais confiante. "Eu acho mesmo que ele está lá, mas assim como todo mundo, eu também quero vê-lo!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário