sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Brasileiros podem ser os primeiros a pisar em Marte - entenda por quê

brasileiros em Marte
14/01/16 Radiação natural intensa privilegia alguns habitantes do globo para colonizar o Planeta Vermelho




Não é de hoje que a NASA busca por astronautas para trabalhar em suas missões espaciais. De tempos em tempos, a Agência Espacial Norte Americana abre suas portas para a contração de novos candidatos astronautas, que possivelmente conhecerão a Estação Espacial Internacional (ISS), ou quem sabe até orbitar o nosso satélite natural, a Lua. A maior parte desses astronautas são estadunidenses, porém, quando o assunto é a colonização do Planeta Vermelho, os brasileiros de algumas regiões podem estar no topo da lista...

Nós já saímos do nosso planeta, e neste exato momento, existem astronautas orbitando a Terra a bordo da ISS. A Lua já possui até mesmo uma bandeira fincada em sua superfície, e o nosso próximo grande objetivo é pisar na superfície marciana. Mas os cientistas alertam que existe um grande perigo: os altos níveis de radiação.

Um veículo espacial pode possuir blindagem para alguns níveis de radiação, e poderíamos construir uma base no subsolo marciano, o que protegeria os astronautas da radiação solar. Mas como faríamos para explorar a superfície de Marte? Os trajes espaciais com certeza não seriam suficientes.

cena do filme The Martian
Cena do filme The Martian. Créditos: divulgação

Uma das possíveis soluções para este grande problema seria recorrer a pessoas que já estão acostumadas a lidar com altos níveis de radiação, que é o caso de alguns iranianos e brasileiros. Na cidade de Ramsar, norte do Irã, encontramos os maiores níveis de radiação de uma cidade habitada de todo o planeta: cerca de 80 vezes maior do que a média mundial.

E do outro lado do globo, aqui no Brasil, também encontramos regiões com níveis de radiação altíssimos, como é o caso das praias próximas a Guarapari, no Espírito Santo. O mesmo acontece em Yangjiang, na China, ou em Karunagappally, na Índia.

De acordo com estudos feitos por cientistas da Universidade de Rochester, os habitantes de Ramsar, por exemplo, apesar de estarem muito mais expostos a radiação, apresentam níveis de câncer menores do que em habitantes de outras regiões. Pesquisas mostram que existe um gene responsável pela reprodução de células brancas que ataca os tumores, e esses genes "matadores de tumores" são mais fortes em pessoas expostas a radiação superior, como aquelas de Ramsar, o que explica a taxa de câncer abaixo da média mundial.


A radiação natural de Guarapari, no Brasil

As praias de Guarapari são famosas por possuírem um alto nível de radioatividade natural, proveniente das chamadas areias monazíticas, que são ricas em urânio e tório. Em alguns pontos das praias, os níveis de radiação são tão altos que equivalem a dose recebida ao se tirar uma radiografia (raio-x) de tórax a cada uma hora. Já na cidade, os níveis de radiação são inferiores, mas ainda assim, são cerca de 30% mais altos do que a média usual.

radiação alta em Guarapari - Espírito Santo - Brasil
Praias de Guarapari. Créditos: divulgação

As pessoas que habitam essas regiões já estão acostumadas a lidar com esses altos níveis de radiação, e possivelmente apresentariam uma resistência muito elevada durante e após uma exposição radioativa, afinal de contas, elas já lidam com isso diariamente.

Por enquanto, a NASA ainda não está aberta para a contratação de candidatos que não sejam norte-americanos, mas para futuras missões a Marte, a NASA ou qualquer outra agência espacial deve buscar pessoas mais adaptadas à radiação, e quando isso acontecer, brasileiros, indianos, chineses e iranianos devem ser os mais cotados. E é bem provável que a maioria dos astronautas escolhidos para a missão em Marte sejam mulheres, como mostra o site Curto e Curioso, na matéria "Por quê só as mulheres deveriam ir para o espaço? Veja 5 motivos incontestáveis". Talvez as brasileiras, indianas, chinesas ou iranianas serão aquelas que deixarão as primeiras pegadas humanas no Planeta Vermelho...


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