Astronomia: Em busca do Planeta X
Você sabia que um planeta perdido pode estar escondido na periferia do Sistema Solar?
OITO PLANETAS
Quem consultar qualquer livro didático publicado depois de 2006 lerá que o Sistema Solar tem oito planetas. Mas quem disse que não há mais nenhum, além de Netuno, tão distante que apenas não pôde ser detectado ainda? Alguns astrônomos começam a achar que esse pode ser o caso.
Quem consultar qualquer livro didático publicado depois de 2006 lerá que o Sistema Solar tem oito planetas. Mas quem disse que não há mais nenhum, além de Netuno, tão distante que apenas não pôde ser detectado ainda? Alguns astrônomos começam a achar que esse pode ser o caso.
O PRIMEIRO “PLANETA X”
No fim do século 19, o astrônomo Percival Lowell fez cálculos que sugeriam uma discrepância na órbita de Netuno, o oitavo planeta, como se ela estivesse sendo perturbada por um objeto de grande porte ainda mais afastado. Ele batizou esse hipotético astro de “planeta X”.
No fim do século 19, o astrônomo Percival Lowell fez cálculos que sugeriam uma discrepância na órbita de Netuno, o oitavo planeta, como se ela estivesse sendo perturbada por um objeto de grande porte ainda mais afastado. Ele batizou esse hipotético astro de “planeta X”.
GATO POR LEBRE
Não por acaso, no Observatório Lowell, em 1930, o americano Clyde Tombaugh encontraria Plutão, e os astrônomos dariam a busca como terminada. Mas, no fim das contas, nem o astro descoberto tinha massa que justificasse as perturbações na órbita de Netuno, nem a órbita de Netuno de fato tinha perturbações. Tudo errado.
Não por acaso, no Observatório Lowell, em 1930, o americano Clyde Tombaugh encontraria Plutão, e os astrônomos dariam a busca como terminada. Mas, no fim das contas, nem o astro descoberto tinha massa que justificasse as perturbações na órbita de Netuno, nem a órbita de Netuno de fato tinha perturbações. Tudo errado.
A QUEDA DE UM NANICO
Ao mesmo tempo, os astrônomos foram descobrindo que Plutão não estava só. Muitos outros objetos orbitavam naquela mesma região, o chamado cinturão de Kuiper. Em 2006, Plutão acabou rebaixado a “planeta anão”, e o pessoal passou a régua no Sistema Solar.
Ao mesmo tempo, os astrônomos foram descobrindo que Plutão não estava só. Muitos outros objetos orbitavam naquela mesma região, o chamado cinturão de Kuiper. Em 2006, Plutão acabou rebaixado a “planeta anão”, e o pessoal passou a régua no Sistema Solar.
ENTÃO UMA COISA ESTRANHA ACONTECEU
Só que alguns desses primos de Plutão acabaram revelando ter órbitas muito alongadas, possível fruto da perturbação de um astro de porte planetário ainda mais distante. Isso levou à retomada, nos últimos anos, da busca pelo planeta X, versão “remasterizada”.
Só que alguns desses primos de Plutão acabaram revelando ter órbitas muito alongadas, possível fruto da perturbação de um astro de porte planetário ainda mais distante. Isso levou à retomada, nos últimos anos, da busca pelo planeta X, versão “remasterizada”.
NO LIMITE
Observações com o satélite Wise, da Nasa, vasculharam todo o céu e não acharam nada. Isso impôs limites a esse hipotético mundo. Ele não pode ser um planeta gigante. Mas ainda é possível que exista um planeta um pouco maior que o nosso, uma “superterra” a ser descoberta nos cafundós do Sistema Solar. Improvável? Sim. Impossível? Não.
Observações com o satélite Wise, da Nasa, vasculharam todo o céu e não acharam nada. Isso impôs limites a esse hipotético mundo. Ele não pode ser um planeta gigante. Mas ainda é possível que exista um planeta um pouco maior que o nosso, uma “superterra” a ser descoberta nos cafundós do Sistema Solar. Improvável? Sim. Impossível? Não.
BÔNUS: AVISO AOS NIBIRUTAS
Esse hipotético nono planeta, se existir mesmo, nunca se aproxima das regiões internas do Sistema Solar. Não é, portanto, nada parecido com os infames Nibiru e Hercólubus, que não passam de lendas urbanas.
Esse hipotético nono planeta, se existir mesmo, nunca se aproxima das regiões internas do Sistema Solar. Não é, portanto, nada parecido com os infames Nibiru e Hercólubus, que não passam de lendas urbanas.
A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário