Encontrado o menor exoplaneta já visto através de Telescópios!
17/08/15 - Astrônomos descobriram o menor planeta fora do Sistema Solar através de observações feitas por um telescópio na Terra: um gigante de gás metano, parecido com um jovem Júpiter!
O planeta extrassolar recém descoberto, chamado 51 Eridani b, orbita uma estrela a cerca de 96 anos-luz da Terra em um sistema planetário que pode ser muito parecido com o nosso Sistema Solar. A descoberta pode lançar luz sobre como ocorreu a formação do nosso Sistema Solar, segundo os cientistas.
Ao longo dos últimos 20 anos, os astrônomos confirmaram a existência de cerca de 2.000 planetas que orbitam outras estrelas. Muitos desses mundos são completamente diferentes de tudo que temos aqui no Sistema Solar. Como exemplo, os chamados "Júpiteres Quentes" são gigantes gasosos que orbitam suas estrelas hospedeiras a uma distância menor do que Mercúrio orbita o Sol.
A maioria dos exoplanetas são descobertos através de métodos indiretos, como nos chamados "trânsitos planetários", quando um planeta passa na frente do disco de sua estrela, e nossos instrumentos de medições registram uma tênue perda de luz dessas estrelas... no entanto, esse novo exoplaneta foi descoberto através do Gemini Planet Imager, instrumento instalado no Telescópio Gemini no sul do Chile, que detecta exoplanetas de maneira direta, ao observar a luz de suas estrelas refletidas em seus planetas.
O menor exoplaneta já fotografado
A luz dos Exoplanetas são muito fracas em comparação comas estrelas, e é por isso que os exoplanetas diretamente detectados até agora eram muito grandes, sendo pelo menos 5 vezes maior do que Júpiter. Porém, o Imageador de Planetas Gemini consegue captar esse brilho tênue dos planetas próximos de suas estrelas... algo realmente incrível!
O gerador de imagens, que tem o tamanho aproximado de um carro, está instalado no topo do Telescópio Gemini de 8 metros. É basicamente um sistema de espelhos deformáveis conhecidos como "ótica adaptativa", para melhorar imagens de estrelas, que em seguida, mascara sua luz. Qualquer luz recebida além da luz da estrela, é analisada, e com sorte, essa luz ínfima será um novo exoplaneta.
Os cientistas focaram na estrela 51 Eridani, uma estrela anã com cerca de 1,5 vezes a massa e o diâmetro do Sol, localizada a cerca de 96 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Eridanus. Essa estrela, também conhecida como 51 Eri, é muito jovem, e tem apenas 20 milhões de anos de idade... o que pode ser considerada recém nascida se comparada com o nosso Sol, que tem 4,6 bilhões de anos. Para se ter uma ideia, essa estrela só passou a existir cerca de 40 milhões de anos após a extinção dos dinossauros!
51 Eri é apenas uma das 600 estrelas jovens dentro de uma distância de até 300 anos-luz da Terra que o Imageador de Planetas Gemini está programado para analisar nos próximos três anos, o que representa uma grande chance para entendermos com mais clareza quais foram os primeiros passos no desenvolvimento do nosso próprio Sistema Solar.
O planeta 51 Eridani b, ou 51 Eri b, é mais de 1 milhão de vezes menos brilhante do que sua estrela, e ainda abriga o calor de sua criação. Esse exopaneta orbita sua estrela a uma distância de 13 UA (1 Unidade Astronômica é igual a distância média entre a Terra e o Sol), o que seria equivalente a um ponto entre Saturno e Urano até o Sol. O que torna essa descoberta aind amais empolgante é que o exoplaneta 51 Eri b foi descoberto após um mês de operações do Imageador de Planetas Gemini, que iniciou suas operações em 2014. 51 Eri b também é o primeiro planeta a ser descoberto por tal equipamento.
51 Eri b tem apenas cerca de duas vezes a massa de Júpiter.
Os segredos de 51 Eridani b
As imagens feitas diretamente não são apenas meras fotografias, pois os comprimentos de onda de luz de um planeta podem revelar uma variedade de segredos, tais como a sua composição química. Os pesquisadores descobriram que a atmosfera de 51 Eri b é dominada por metano, muito parecido com Júpiter.
Os astrônomos acreditam que os planetas gigantes gasosos do Sistema Solar surgiram a partir de núcleos rochosos crescentes, e em seguida, puxaram enormes quantidades de hidrogênio e outros gases para criar uma grande atmosfera. No entanto, os gigantes gasosos que foram fotografados diretamente até agora, têm cerca de 650°C, que é muito diferente se comparados com Júpiter, com cerca de -145°C. Esse calor sugere que esse gigante de gás se formaram muito mais rapidamente do que os gigantes de gás do nosso Sistema Solar, com seus ingredientes se atraindo gravitacionalmente e entrando em colapso rapidamente para torná-los extremamente quentes.
Por sua vez, o exoplaneta 51 Eridani b é relativamente diferente dos outros, com temperatura de aproximadamente 430°C. Apesar de ser quente o suficiente para derreter chumbo, é frio o suficiente para ser consistente com o mecanismo de formação conhecido, disseram os pesquisadores.
Os pesquisadores disseram que em breve deverão acontecer novas observações de 51 Eri b, assim que ele emergir de trás do Sol, a fim de traçar a orbita exata do planeta. "Se ele tiver uma órbita relativamente circular, assim como a de Júpiter, será muito empolgante... e se sua órbita for excêntrica, fazendo com que ele se aproxime e se distancie drasticamente de sua estrela, será uma descoberta ainda mais surpreendente", disseram os pesquisadores.
Ao longo dos últimos 20 anos, os astrônomos confirmaram a existência de cerca de 2.000 planetas que orbitam outras estrelas. Muitos desses mundos são completamente diferentes de tudo que temos aqui no Sistema Solar. Como exemplo, os chamados "Júpiteres Quentes" são gigantes gasosos que orbitam suas estrelas hospedeiras a uma distância menor do que Mercúrio orbita o Sol.
A maioria dos exoplanetas são descobertos através de métodos indiretos, como nos chamados "trânsitos planetários", quando um planeta passa na frente do disco de sua estrela, e nossos instrumentos de medições registram uma tênue perda de luz dessas estrelas... no entanto, esse novo exoplaneta foi descoberto através do Gemini Planet Imager, instrumento instalado no Telescópio Gemini no sul do Chile, que detecta exoplanetas de maneira direta, ao observar a luz de suas estrelas refletidas em seus planetas.
O menor exoplaneta já fotografado
A luz dos Exoplanetas são muito fracas em comparação comas estrelas, e é por isso que os exoplanetas diretamente detectados até agora eram muito grandes, sendo pelo menos 5 vezes maior do que Júpiter. Porém, o Imageador de Planetas Gemini consegue captar esse brilho tênue dos planetas próximos de suas estrelas... algo realmente incrível!
O gerador de imagens, que tem o tamanho aproximado de um carro, está instalado no topo do Telescópio Gemini de 8 metros. É basicamente um sistema de espelhos deformáveis conhecidos como "ótica adaptativa", para melhorar imagens de estrelas, que em seguida, mascara sua luz. Qualquer luz recebida além da luz da estrela, é analisada, e com sorte, essa luz ínfima será um novo exoplaneta.
Comparação de tamanhos entre 51 Eridani b, Júpiter e Terra. Créditos: SETI / Space |
Os cientistas focaram na estrela 51 Eridani, uma estrela anã com cerca de 1,5 vezes a massa e o diâmetro do Sol, localizada a cerca de 96 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Eridanus. Essa estrela, também conhecida como 51 Eri, é muito jovem, e tem apenas 20 milhões de anos de idade... o que pode ser considerada recém nascida se comparada com o nosso Sol, que tem 4,6 bilhões de anos. Para se ter uma ideia, essa estrela só passou a existir cerca de 40 milhões de anos após a extinção dos dinossauros!
51 Eri é apenas uma das 600 estrelas jovens dentro de uma distância de até 300 anos-luz da Terra que o Imageador de Planetas Gemini está programado para analisar nos próximos três anos, o que representa uma grande chance para entendermos com mais clareza quais foram os primeiros passos no desenvolvimento do nosso próprio Sistema Solar.
O planeta 51 Eridani b, ou 51 Eri b, é mais de 1 milhão de vezes menos brilhante do que sua estrela, e ainda abriga o calor de sua criação. Esse exopaneta orbita sua estrela a uma distância de 13 UA (1 Unidade Astronômica é igual a distância média entre a Terra e o Sol), o que seria equivalente a um ponto entre Saturno e Urano até o Sol. O que torna essa descoberta aind amais empolgante é que o exoplaneta 51 Eri b foi descoberto após um mês de operações do Imageador de Planetas Gemini, que iniciou suas operações em 2014. 51 Eri b também é o primeiro planeta a ser descoberto por tal equipamento.
51 Eri b tem apenas cerca de duas vezes a massa de Júpiter.
Os segredos de 51 Eridani b
As imagens feitas diretamente não são apenas meras fotografias, pois os comprimentos de onda de luz de um planeta podem revelar uma variedade de segredos, tais como a sua composição química. Os pesquisadores descobriram que a atmosfera de 51 Eri b é dominada por metano, muito parecido com Júpiter.
Imagem da descoberta do exoplaneta 51 Eridani b, próxima do infravermelho. A estrela 51 Eridani encontra-se no centro. Créditos: J. Rameau / C. Marois / Gemini |
Os astrônomos acreditam que os planetas gigantes gasosos do Sistema Solar surgiram a partir de núcleos rochosos crescentes, e em seguida, puxaram enormes quantidades de hidrogênio e outros gases para criar uma grande atmosfera. No entanto, os gigantes gasosos que foram fotografados diretamente até agora, têm cerca de 650°C, que é muito diferente se comparados com Júpiter, com cerca de -145°C. Esse calor sugere que esse gigante de gás se formaram muito mais rapidamente do que os gigantes de gás do nosso Sistema Solar, com seus ingredientes se atraindo gravitacionalmente e entrando em colapso rapidamente para torná-los extremamente quentes.
Por sua vez, o exoplaneta 51 Eridani b é relativamente diferente dos outros, com temperatura de aproximadamente 430°C. Apesar de ser quente o suficiente para derreter chumbo, é frio o suficiente para ser consistente com o mecanismo de formação conhecido, disseram os pesquisadores.
Os pesquisadores disseram que em breve deverão acontecer novas observações de 51 Eri b, assim que ele emergir de trás do Sol, a fim de traçar a orbita exata do planeta. "Se ele tiver uma órbita relativamente circular, assim como a de Júpiter, será muito empolgante... e se sua órbita for excêntrica, fazendo com que ele se aproxime e se distancie drasticamente de sua estrela, será uma descoberta ainda mais surpreendente", disseram os pesquisadores.
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