Cerca de um ano depois de começar a promover os vídeos na rede, o Facebook está finalmente pronto para combater os casos de pirataria que isso gerou.
Os usuários que encontrarem um vídeo de sua autoria circulando de timeline em timeline poderão avisar ao Facebook que eles detêm a propriedade do vídeo e podem solicitar que ele seja excluído.
A ferramenta funciona de forma semelhante ao Content ID do YouTube, que procura por trechos de sons e vídeos de conteúdo de terceiros de qualquer mídia carregada na rede. Quando conteúdo de terceiros é encontrado, o vídeo é silenciado e pode ser excluído. “Queremos que criadores de conteúdo recebam crédito pelos vídeos que eles criaram”, diz a companhia em um post.
A iniciativa surge depois de diversas reclamações de criadores de conteúdo — estima-se que 70% dos vídeos na rede são piratas, ou seja, copiados e republicados no Facebook. George Strompolos, CEO da Fullscreen, um estúdio de conteúdo, tweetou estar cansado de ver material da empresa sem autorização no Facebook:
A novidade é ótima para os criadores de conteúdo e põe o Facebook cada vez mais próximo de se tornar uma real concorrência ao YouTube. No entanto, a mesma novidade pode se transformar em dor de cabeça para os criadores: mostramos como isso pode ser um problema nas transmissões ao vivo no YouTube Gaming, a nova plataforma dedicada a jogos do YouTube. Quando a ferramenta do YouTube encontra um conteúdo de terceiro durante uma transmissão ao vivo, ela é encerrada.
O Twitch também possui a própria ferramenta para lidar com roubo de direitos autorais, que silencia o conteúdo depois que a transmissão ao vivo é encerrada e arquivada — uma maneira menos agressiva que o YouTube.
Strompolos, junto de Jukin Media e Zefr, uma agência de conteúdo e uma representante de YouTubers, respectivamente, são os parceiros iniciais da nova tecnologia do Facebook. Strompolos descreve que os executivos da rede tem sido muito atenciosos e pedindo sempre que possível conselhos aos veteranos de conteúdo visual.
Demorou, mas é bom finalmente ver o Facebook tomando alguma providência para impedir este tipo de atividade. Resta saber agora se ele vai compartilhar os ganhos com os criadores de conteúdo, assim como faz o YouTube. Se a rede quer ser tão grande quanto a plataforma de vídeos do Google, talvez dividir as moedas seja o caminho.