domingo, 30 de agosto de 2015

Nova ferramenta de direitos autorais no facebook;

Cerca de um ano depois de começar a promover os vídeos na rede, o Facebook está finalmente pronto para combater os casos de pirataria que isso gerou.
Os usuários que encontrarem um vídeo de sua autoria circulando de timeline em timeline poderão avisar ao Facebook que eles detêm a propriedade do vídeo e podem solicitar que ele seja excluído.
A ferramenta funciona de forma semelhante ao Content ID do YouTube, que procura por trechos de sons e vídeos de conteúdo de terceiros de qualquer mídia carregada na rede. Quando conteúdo de terceiros é encontrado, o vídeo é silenciado e pode ser excluído. “Queremos que criadores de conteúdo recebam crédito pelos vídeos que eles criaram”, diz a companhia em um post.
A iniciativa surge depois de diversas reclamações de criadores de conteúdo — estima-se que 70% dos vídeos na rede são piratas, ou seja, copiados e republicados no Facebook. George Strompolos, CEO da Fullscreen, um estúdio de conteúdo, tweetou estar cansado de ver material da empresa sem autorização no Facebook:

A novidade é ótima para os criadores de conteúdo e põe o Facebook cada vez mais próximo de se tornar uma real concorrência ao YouTube. No entanto, a mesma novidade pode se transformar em dor de cabeça para os criadores: mostramos como isso pode ser um problema nas transmissões ao vivo no YouTube Gaming, a nova plataforma dedicada a jogos do YouTube. Quando a ferramenta do YouTube encontra um conteúdo de terceiro durante uma transmissão ao vivo, ela é encerrada.
O Twitch também possui a própria ferramenta para lidar com roubo de direitos autorais, que silencia o conteúdo depois que a transmissão ao vivo é encerrada e arquivada — uma maneira menos agressiva que o YouTube.
Strompolos, junto de Jukin Media e Zefr, uma agência de conteúdo e uma representante de YouTubers, respectivamente, são os parceiros iniciais da nova tecnologia do Facebook. Strompolos descreve que os executivos da rede tem sido muito atenciosos e pedindo sempre que possível conselhos aos veteranos de conteúdo visual.
Demorou, mas é bom finalmente ver o Facebook tomando alguma providência para impedir este tipo de atividade. Resta saber agora se ele vai compartilhar os ganhos com os criadores de conteúdo, assim como faz o YouTube. Se a rede quer ser tão grande quanto a plataforma de vídeos do Google, talvez dividir as moedas seja o caminho.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O centro tumultuado da nossa Galáxia é revelado pelos astrônomos

imagens do centro da Via Láctea
28/08/15 O buraco negro gigante e tudo que acontece na região central da Via Láctea pôde ser registrado em um estudo incrível!



Esta nova imagem de remanescentes de estrelas mortas e sua poderosa ação sobre o gás ao seu redor foi feita pela Agência Espacial Europeia utilizando o Observatório de raio-X XMM-Newton. Ela revela alguns dos processos mais intensos que acontecem no centro de nossa própria galáxia, a Via Láctea.

Os pontos brilhantes que se destacam na imagem são sistema estelares binários, em que uma estrela chegou no fim de sua vida, evoluindo para um objeto compacto e denso, como uma estrela de nêutrons ou até mesmo um buraco negro. Por causa de sua alta densidade, esse objeto consome sua companheira, aquecendo o material e fazendo-o brilhar em raios-X.

A região central da nossa galáxia está repleta de estrelas jovens e aglomerados de estrelas, e alguns estão visíveis como fontes brancas ou vermelhas na imagem, que se estende por 1.000 anos-luz.

o centro da Via Láctea em raio-X
O centro da Via Láctea, visto através de raios-X pelo Observatório XMM-Newton da Agência Espacial Europeia.
Créditos: ESA / XMM-Newton / G. Ponti

A maior parte de toda essa ação está acontecendo no centro da Via La´ctea, onde as nuvens de gás estão sendo esculpidas por fortes ventos ejetados pelas estrelas mais jovens, bem como por supernovas, que é a grande explosão de uma estrela massiva quando ela chega no fim de sua vida.

O grande buraco negro do centro da nossa galáxia também é responsável por toda essa ação. Conhecido como Sagittarius A*, esse buraco negro tem uma massa maior do que milhões de sóis, e está localizado dentro da fonte difusa brilhante, um pouco à direita do centro.

Apesar dos buracos negros não emitirem luz, sua imensa força gravitacional atrai a matéria que está ao seu redor, e esse processo emite energia em vários comprimentos de onda, principalmente no raio-X. Além disso, duas grandes nuvens de gás aquecido podem ser vistas acima e abaixo do buraco negro.

Os astrônomos acreditam que essas grandes nuvens ou são causadas diretamente pelo buraco negro, que absorve e ejeta parte desse material, ou então pelo efeito cumulativo de inúmeras explosões de supernovas e de ventos estelares que ocorrem nesse ambiente.

o centro da nossa Galáxia em raio-x
O centro da Via Láctea, visto através de raios-X pelo Observatório XMM-Newton da Agência Espacial Europeia.
Créditos: ESA / XMM-Newton / G.Ponti

Esta imagem mostra uma visão sem precedentes do núcleo energético da Via Láctea. Considerando todos os dados utilizados nessa imagem, somamos cerca de um mês e meio de observações ininterruptas.

A grande estrutura elíptica no canto inferior direito de Sagittarius A* é uma super-bolha de gás quente, provavelmente inchada por conta dos remanescentes de várias supernovas em seu centro. Embora essa estrutura já seja conhecida pelos astrônomos, este estudo confirma pela primeira vez que ela consiste de uma única bolha gigantesca, ao invés de vários remanescentes de supernovas alinhados no mesmo ângulo de visão.

Outra grande estrutura de gás aquecido, chamada de "Arc Bubble" (devido a sua forma de lua crescente) pode ser vista perto do centro da imagem, na parte inferior esquerda ao buraco negro supermassivo. Essa bolha de gás está sendo inflada pelos ventos fortes de estrelas em um aglomerado próximo, bem como por supernovas. O Remanescente de uma dessas explosões pode ser visto no centro da grande bolha.

O rico conjunto de dados compilados neste estudo contém observações feitas em todos os níveis de onda que abrangem a emissões de raio-X. Essas emissões em raios-X são emitidas por elementos pesados como silício, enxofre e argônio, que são produzidos principalmente em explosões de supernovas. Ao combinar diversas observações e diferentes dados, os astrônomos conseguiram revelar detalhes incríveis do centro da Via Láctea.

Além disso, essa incrível imagem nos revela a emissão (ainda que bastante tênue) de plasma quente nas partes inferiores e superiores da imagem. Esse plasma quente pode ser o efeito macroscópico de ejeções geradas pelas estrelas em formação ao longo de toda a região central da Galáxia.

Os astrônomos acreditam que, logo no início da história da nossa galáxia, Sagittarius A* tinha sua atividade muito mais intensa do que atualmente, sugando e ejetando massa a uma taxa muito mais elevada, assim como vemos em outras galáxias, e essa nuvem difusa de plasma quente pode ser o legado da atividade antiga do nosso monstruoso buraco negro.

Gestão Alckmin não vai priorizar monotrilho nos extremos da cidade

17 das 36 estações foram congeladas, como Paraisópolis.
Secretaria não informa quantidade de quilômetros suspensos.

Márcio PinhoDo G1 São Paul
Obra na linha Ouro do monotrilho (Foto: TV Globo/Reprodução)Obra na linha Ouro do monotrilho (Foto: TV Globo/Reprodução)
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu congelar a construção de 17 das 36 estações de monotrilho previstas para as linhas 17-Ouro, que está sendo construída na Zona Sul de São Paulo, e da Linha 15-Prata, na Zona Leste.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, “a prioridade é concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho”. Diz ainda que, nas áreas que não serão atendidas agora, estão sendo equacionadas questões como ampliações viárias, reassentamentos e desapropriações. (veja abaixo resposta da Secretaria na íntegra)
Questionada, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos não informou quantos dos 44,3 km anunciados ficam comprometidos com essa decisão.
Na Linha 17-Ouro, anunciada como serviço que atenderia o bairro de Paraisópolis, mas que não vai mais cruzar o Rio Pinheiros, são pelo menos 9,9 km congelados, segundo informações disponíveis no site do Metrô. A obra terá agora 7,7 km dos cerca de 17,7 km prometidos e ficará restrita ao trecho entre o Aeroporto de Congonhas e a Marginal Pinheiros.
A linha também vai perder o trecho que ligaria o aeroporto até a Estação Jabaquara, onde faria conexão com a Linha 1-Azul do Metrô.
A linha foi anunciada quando ainda se discutia o uso do Estádio do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014. Ela chegou a ser prometida para 2013, mas só deve ficar pronta em 2017 e com extensão menor que a prevista.
Ficam de fora até segunda ordem as estações Panamby, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio do Morumbi, São Paulo-Morumbi, Jabaquara, Hospital Sabóia, Cidade Leonor, Vila Babilônia e Vila Paulista.
Zona Leste
Já a Linha 15-Prata seria a substituição do antigo Expresso Tiradentes. O chamado “Fura Fila”, projetado nos anos 90 para ir até o extremo leste, foi redesenhado depois para ser um serviço de ônibus elevado ligando o Centro à Vila Prudente. De lá, seguiria em sistema de monotrilho até Cidade Tiradentes.
Em 2013, o G1 mostrou que já havia um impasse na obra em razão de o trajeto prever a construção dos pilares do monotrilho na Avenida Ragueb Chohfi, via comercial e estreita e que é um dos principais acessos à região de Cidade Tiradentes. O impasse se dava em relação às inúmeras desapropriações previstas para a área.
Agora, a Secretaria de Transportes Metropolitanos decidiu congelar sete estações da linha 15:  Jequiriçá, Jacu-Pêssego, Érico Semer, Marcio Beck, Cidade Tiradentes e Hospital Cidade Tiradentes. Além dessas, a conexão com a Estação Ipiranga, da Linha 10-Turquesa, de 2,2 km, na outra ponta da linha.
A quilometragem total que não será priorizada neste momento não foi informada pela secretaria. A previsão inicial era que o monotrilho tivesse, no total, 26,6 km.
Secretaria
"A Secretaria dos Transportes Metropolitanos informa que, sobre os projetos dos monotrilhos das linhas 15- Prata e 17-Ouro, a prioridade é concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho. Os trechos prioritários são a ligação do Aeroporto de Congonhas até o Morumbi (integração com a Linha 9 da CPTM) na Linha 17 e Vila Prudente a Iguatemi na Linha 15.
Nos demais trechos, estão sendo equacionadas as questões referentes às ampliações viárias com a Prefeitura de São Paulo, levantamento de reassentamentos e desapropriações necessárias para o prosseguimento das obras, licenciamentos ambientais e novas fontes de financiamento."
Linha Bronze 
Há exatamente um ano o governo do estado assinou o contrato para construir a Linha Bronze do monotrilho, que vai ligar o ABC à Zona Leste da Capital. Mas, até agora, não tem nem sinal de obra. O governo diz que ainda espera pelo dinheiro do governo federal para iniciar a construção.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015


É verdade que todos os planetas do Sistema Solar caberiam entre a Terra e a Lua?

Todos os planetas cabem entre a Terra e a Lua
27/08/15 O espaço entre a Lua e o nosso planeta é mesmo tão grande?



Já faz algum tempo que a internet foi bombardeada com um gráfico, mostrando todos os planetas do Sistema Solar no espaço entre a Terra e a Lua. O post foi originalmente publicado no site reddit, pelo usuário CapnTrip.

todos os planetas cabem entre a Terra e a Lua
Gráfico mostra todos os planetas entre a Terra e a Lua
Créditos: CapnTrip / reddit / divulgação

Logo surgiram diversas discussões, e muitas pessoas ficaram na dúvida: será que todos os planetas poderiam realmente se encaixarem no espaço entre o nosso planeta e seu satélite? Será que a Lua fica tão distante assim, e nós nunca nos demos conta disso?


Bom, então vamos aos números! E pra não haver dúvidas, os dados foram colhidos diretamente do site da NASA:

PLANETA                   DIÂMETRO MÉDIO (KM)

Mercúrio                           4.879
Vênus                               12.104
Marte                                6.771
Júpiter                              139.822
Saturno                            116.464
Urano                               50.724
Netuno                             49.244

Total                               380,008


A distância média entre a Terra e a Lua é de 384.400 km, portanto, ainda sobram 4.392 quilômetros! Então a resposta é SIM, todos os planetas do Sistema Solar caberiam no espaço entre a Terra e a Lua!

E o que faríamos com esse espaço vazio de 4.392 quilômetros? Bom, poderíamos colocar o planeta anão Plutão, que segundo a NASA, tem 2.370 km de diâmetro, e ainda sobrariam mais de 2 mil km!

planetas juntos - infantil
Mas calma! Não é tão simples assim. Devemos nos lembrar que estamos falando da distância média entre a Terra e a Lua. Quando a Lua está no perigeu (seu ponto mais próximo do nosso planeta), ela chega a 363.104 km da Terra, então Mercúrio e Vênus ficariam de fora dessa brincadeira... mas claro, se considerarmos o apogeu (ponto mais distante), que é de 405.696, caberiam todos os planetas do Sistema Solar, mais os planetas anões (Plutão, Éris, Haumea, Make-Make e Ceres), e ainda teria espaço de sobra para incluir os maioresasteroides do Sistema Solar...




Com isso, podemos perceber que até mesmo a Lua, que é o objeto celeste mais próximo da Terra, está incrivelmente distante de nós... o que dirá então dos outros planetas, como Júpiter, ou Urano e Netuno? É uma verdadeira imensidão... isso sem considerar outros sistemas estelares... outras galáxias... parece até que o nosso cérebro nunca vai se acostumar com as distâncias do Universo...

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Estudo afirma que a Terra está cada dia mais leve


Mesmo recebendo cerca de 40 mil toneladas de partículas espaciais todos os anos, o planeta Terra não está ficando mais pesado. Ao contrário, está perdendo massa em um ritmo muito mais acelerado, ficando muito mais leve todos os dias.
Terra mais Leve
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Diariamente, em média 110 toneladas de materiais vindos do espaço penetram a atmosfera da Terra e se juntam à massa que forma o planeta. São asteroides, cometas, meteoros ou partículas vindas de muito longe, que anualmente somam mais de 40 mil toneladas.
Além desses detritos espaciais, a Nasa também estima um incremento de 160 toneladas anualmente devido à elevação da temperatura global. Isso é explicado pelas leis da termodinâmica, pois se adicionarmos energia a um sistema, sua massa também aumenta.
Apesar de serem números bastante expressivos, principalmente se considerarmos os bilhões de anos que isso acontece, nosso planeta não ganha peso. Ao contrário, fica mais leve.
De acordo com um estudo feito pelo pesquisador Chris Smith, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, embora entrem cerca de 40 mil toneladas todos os anos, nosso planeta perde 95 mil toneladas, mais que o dobro do que entra.

Perdendo Nada
É importante destacar que embora ocorram retiradas sistemáticas de minérios e petróleo do subsolo, esse material não deixa a Terra, pois de alguma forma é transformado em algo que será usado ou consumido aqui mesmo, gerando resíduos que aqui também permanecerão. Em outras palavras, o Homem não tem papel nessa perda de peso.

Perdendo Pouco
Segundo Smith, parte da perda da massa ocorre no centro da Terra, onde há bilhões de anos o núcleo queima combustível nuclear por decaimento radioativo. Assim, quanto menos energia, menos massa (novamente, a lei da termodinâmica em ação). No entanto essa perda é muito pequena, de aproximadamente 16 toneladas ao ano, praticamente nada perto das 40 mil toneladas que entram.
Perdendo Muito
O grosso da perda de peso da Terra ocorre bem acima das nossas cabeças, lá na alta atmosfera. De acordo com o estudo, anualmente escapam da Terra 95 mil toneladas de hidrogênio e 1600 toneladas de hélio, que por serem muito leves não são retidos pela gravidade e se dissipam no espaço.
Resumindo, o resultado é uma perda de massa de cerca de 50 mil toneladas todos os anos, principalmente dos gases.

Consequências
Embora a perda de hidrogênio seja extraordinariamente grande - 95 mil toneladas por ano - a quantidade do gás presente na Terra é tão grande que levaria trilhões de anos para o esgotamento.
O Hélio é outra história. Ele representa apenas 0,00052% do volume da nossa atmosfera. É obtido principalmente através de um processo chamado de destilação fracionada e devido à sua utilidade está se tornando cada vez mais escasso em nossa atmosfera.
Para Robert Richardson, ligado à Universidade de Cornell e ganhador do Premio Nobel de Física "a situação da reserva de hélio atmosférico é tão preocupante que cada balão de festa preenchido com o gás deveria ser acompanhado de uma etiqueta de 100 dólares".

A possibilidade de vida em Marte ficou ainda maior!

meteorito marciano - possibilidade de vida em Marte
26/08/15 Meteoritos marcianos revelaram algo animador!



Os cientistas sabem que o metano é um potencial sinal de vida primitiva, e ele já havia sido detectado em Marte. Mas dessa vez, a surpresa foi encontrar metano nos meteoritos marcianos. o que acrescenta peso à ideia de que existe vida no Planeta Vermelho, disseram os pesquisadores.

Essa descoberta não é uma prova de que a vida existe ou já existiu em Marte, mas ainda assim, o metano "é um ingrediente que poderia apoiar a atividade microbiana no Planeta Vermelho", disse o principal autor do estudo, Nigel Blamey, geoquímico da Universidade Brock, no Canadá.

O metano é a mais simples molécula orgânica. Este gás inodoro, incolor e inflamável foi descoberto pela primeira vez na atmosfera marciana pela sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA) em 2003, e a sonda Curiosity da NASA descobriu um aumento considerável de metano em seu local de aterrissagem em Marte, no ano de 2014. Então o que teria produzido tanto metano em Marte se não fosse algo vivo?!


Metano é sinônimo de vida?

Grande parte do metano na atmosfera da Terra é produzido pela vida, como o gado ao digerir alimentos o faz, por exemplo. No entanto, existem maneiras abióticas (sem vida) de produzir metano, como acontece em atividades vulcânicas.

meteorito de Marte
Meteorito de Marte NWA 7034, apelidado de
"Beleza Negra". Ele foi encontrado no Deserto
do Sahara, e comprado por um colecionador
em Marrocos, que posteriormente forneceu
uma pequena fatia foi doada à
Universidade do Novo México, para estudos.
Créditos: NASA
Para lançar luz sobre a natureza do metano em Marte, Blamey e seus colegas analisaram rochas que se desprenderam de Marte por impactos cósmicos, e que posteriormente, acabaram pousando na Terra, na forma de meteoritos. Cerca de 100 kg de meteoritos marianos já foram encontrados aqui na Terra. Além de servirem como instrumento de estudo, eles são considerados como raridades, tal qual uma pedra preciosa.

Os cientistas se focaram em seis meteoritos de Marte (de origem vulcânica), coletando cerca de 1/4 de grama de mostras de cada um deles. Todas as amostras foram retiradas da parte interna dos meteoritos, a fim de evitar contaminações terrestres.

O que os pesquisadores descobriram foi que todos os seis meteoritos marcianos liberavam metano quando submetidos a pressão, provavelmente a partir de pequenos bolsões. "A maior surpresa foi o quão grande eram os sinais de metano", disse Blamey.


Marte pode ser mais habitável do que pensamos

Reações químicas entre rochas vulcânicas de Marte e o ambiente marciano, poderiam liberar metano. Embora o ar seco de Marte faz com que o ambiente seja hostil à vida, os pesquisadores sugerem que o Planeta Vermelho seja mais habitável sob a superfície.


A questão é que, mesmo que esse metano seja de origem vulcânica (o mais provável), significa que a quantidade desse gás pode ser muito grande no subterrâneo de Marte, o que facilitaria alguns tipos de micróbios a se alimentarem dele, assim como fazem algumas bactérias extremófilas em ambientes extremos aqui na Terra.

"Nós não encontramos vida, mas estamos encontrando metano, que pode significar vida subterrânea", disse Blamey.

Meteorito marciano NWA6963
Meteorito marciano NWA 6963, encontrado no Deserto do Sahara, Marrocos, em 2011. De acordo com testes exposição a radiação cósmica, este meteorito de Marte tem cerca de 180 milhões de anos, sendo um dos mais jovens exemplares.
Créditos: Steve Jurvetson 

Os pesquisadores esperam analisar mais meteoritos marcianos, e quem sabe, desvendar novos segredos sobre seus gases, sua química, e quem sabe, sua possível vida.

Emfim se aproxima a vacina internacional contra a gripe.
A vacina de gripe: uma tarefa anual bem chatinha, mas necessária, caso você não queira gastar uma semana por ano de cama. Ainda assim, não seria incrível se uma única dose pudesse te proteger por toda a vida? Uma vacina de gripe para a vida toda não é impossível, e estamos progredindo em sua produção, mas isso possivelmente ainda demorará alguns anos.
Conforme explica a New Scientist, o vírus da gripe carrega grandes proteínas “falsas” em sua superfície para chamar a atenção do nosso sistema imunológico. E são essas proteínas que inserimos em nossas vacinas para melhorar o funcionamento do nosso sistema imunológico contra a gripe. Mas, como o nome já diz, as proteínas falsas mudam o tempo todo, e depois de alguns anos, nossos sistema imunológico já não as reconhece mais. É por isso que gastamos milhões de dólares prevendo como será a próxima epidemia de gripe para desenvolver vacinas antes de seu início.
Entretanto, embaixo das proteínas falsas estão as proteínas de raiz, responsáveis por replicar o vírus e nos infectar. Essas proteínas são muito mais estáveis que as presentes na superfície. Se encontrarmos uma maneira de convencer o nosso sistema imunológico a reconhecê-las, nossos corpos não se “esqueceriam” da doença nos anos seguintes. Mas de acordo com a New Scientist, essas proteínas estáveis se provaram uma grande dor de cabeça na hora de reproduzi-las em laboratório.
Depois de anos tentando, duas equipes de pesquisadores anunciaram esta semana que conseguiram produzir versões estáveis e injetáveis de uma proteína raiz H1N1. Mas até agora os resultados de testes destas vacinas em animais foram mistos. Como diz a New Scientist:
Um grupo, no Instituto de Vacina Crucell, em Leiden, na Holanda, e o Instituto de Pesquisa Scripps, em La Jolla, na Califórnia, tiveram sucesso em construir um arranjo de três destas proteínas de raiz que combinam com as que se formam naturalmente no vírus. Ela protegeu ratos de doses letais da gripe H1N1 — e da bem diferente gripe aviária H5N1. Entretanto, em macacos, a vacina apenas reduziu a febre causada por pequenas, não letais, doses dos vírus H1N1, mesmos que os macacos vacinados tenham desenvolvido anticorpos para diversos tipos de gripes.
O outro grupo, baseada no Instituto Nacional da Saúde dos EUA, amarrou diversas proteínas de raiz com a proteína de uma bactéria e colocou tudo isso em uma solução. Essa versão também ativou uma resposta imunológica, mas não foi forte o suficiente para prever a infecção:
A vacina ativou anticorpos que reconheceram as proteínas de raiz nos vírus da família H1, H2, H5 e H9, e até as menos comuns H3 e H7. Mas de novo, anticorpo é uma coisa, sobreviver à infecção é outra. Todos os ratos vacinados sobreviveram a uma dose letal de gripe H5N1, mas apenas quatro de seis furões sobreviveram — a resposta dos furões à gripe deve ser levada como um modelo mais próximo da resposta humana ao vírus.
O x da questão de tudo isso seria uma proteína da gripe que não muda com o tempo, no intuito de desenvolver uma vacina que ative o nosso sistema imunológico o suficiente para prevenir que a gripe nos atinja. Até então, conseguimos atingir os dois primeiros critérios, mas a vacina — em animais, pelo menos — continua fraca demais para prevenir a doença.
Especialistas do ramo, no entanto, dizem que o recente progresso é muito promissor, e um futuro de vacinas contra a gripe universais podem estar a caminho. “Este é um grande salto comparado a qualquer outra coisa feita recentemente”, diz Jon Oxford, especialista em gripe da Universidade de Londres, ao BBC. “Eles têm bons dados animais, não apenas em ratos, mas em furões e macacos também. E eles fizeram testes com a gripe aviária H5N1. É um ótimo passo”.
Enquanto isso, faça a você mesmo um favor e continue a tomar a vacina contra a gripe.
[Você pode ler os estudos completos na Science e na Nature Medicine via New Scientist]
Foto de capa: Steven Depolo/Flickr
Como o dna pode substituir os discos rigidos

A capacidade dos nossos dispositivos de armazenamento digital cresceu exponencialmente nos últimos anos. Mas há um meio de armazenamento que ainda deixa até os excelentes SSDs comendo poeira, e ele não foi criado por seres humanos. Ele se chama DNA.
Uma equipe de cientistas tenta entender se as moléculas de dupla hélice que codificam todos os vegetais, animais e micróbios desse planeta Terra podem ser usadas para armazenar nossos dados por milhares de anos. Durante uma reunião da American Chemical Society, o cientista Robert Grass, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, apresentou uma demonstração de prova de conceito da tecnologia. Sua equipe de pesquisadores conseguiu codificar um DNA com 83 kilobytes de texto da Carta Federal Suíça de 1291 e do Método de Arquimedes do século 10.

Como computadores, só que melhor

“Um pouco depois da descoberta da arquitetura de dupla hélice do DNA, as pessoas perceberam que a linguagem de códigos da natureza é muito parecida com a linguagem binária que usamos nos computadores”, disse Grass.
Em discos rígidos, usamos zeros e uns para representar dados. O DNA, por sua vez, usa quatro bases químicas (A, T, C e G). São quatro letras em vez de dois números, mas os dois sistemas conseguem armazenar permutações infinitamente complexas de informação.
Exceto que o DNA, diz Grass, é muito, mas muito melhor. Hoje em dia, um disco rígido com o tamanho de um pequeno livro pode conseguir armazenar até cinco terabytes de dados, e os componentes deste disco devem durar por cerca de 50 anos. Enquanto isso, uma gota microscópica de DNA consegue guardar o “manual de instruções” completo – bilhões e bilhões de letras – para milhares de organismos. Em teoria, diz Grass, uma pequena quantidade de DNA pode guardar mais de 300.000 terabytes de informação. E o que é ainda melhor, é que segundo estudos arqueológicos e paleontológicos, o DNA pode durar centenas de milhares de anos.

Cápsulas do tempo

dna
Todos os seus dados em uma gota
DNA congelado preso dentro de células pode durar alguns milênios, mas Grass não vê motivos para não conseguirmos fazer algo melhor. É por isso uqe a sua equipe está empacotando DNA em pequenas esferas de sílica resistentes ao calor. Depois de cozinhar algumas dessas esferas a 70 graus Celsius por uma semana – o equivalente a manter a 10 graus Celsius por 2.000 anos – o DNA continuava funcionando sem problemas. Mantido em armazenamento frio, uma dessas cápsulas pode durar dezenas de milhares, ou até mesmo milhões de anos.
Isso soa bastante promissor, mas a tecnologia experimental ainda precisa enfrentar alguns obstáculos. Para começar, os arquivos em DNA não são buscáveis, o que cria um grande problema em questão de usabilidade. Imagine o pesadelo que seria recuperar um arquivo perdido em um disco de backup se você precisasse vasculhar por todos os documentos até encontrá-lo. E também tem a questão do preço: Grass reconhece que codificar e armazenar alguns megabytes de dados hoje em dia custaria alguns milhares de dólares.
Mas os cientistas estão confiantes de que superarão esses obstáculos. A equipe de Grass já trabalha em métodos para classificar partes específicas de DNA, o primeiro passo em direção à criação de um arquivo pesquisável. E conforme esses métodos forem refinados e automatizados, o custo do armazenamento genético deve cair substancialmente.
Que tipo de dados vamos querer guardar no DNA? Grass imagina que isso poderia ajudar a preservar nossa sempre crescente montanha de informação online – por exemplo, histórico de mudanças em arquivos da Wikipedia. Ou toda a experiência humana em Starcraft, ou todos os episódios de Doctor Who até o fim dos tempos.
Na minha cabeça, eu saltei direto para o potencial de armazenamento biológico. Pense que você não apenas poderia colocar seu genoma em uma cápsula, mas também toda a sua biografia junto com ele. No futuro, humanos talvez sejam capazes de clonar não só o corpo de uma pessoa como também reconstruir todas as suas memórias. Assustador ou sensacional? Você decide.

Yusuf Mehdi, vice-presidente corporativo de Marketing para Windows e Dispositivos, publicou hoje um post no Twitter anunciando que o Windows 10 já está presente em mais de 75 milhões de PCs:
Windows 10 já foi instalado em mais de 75 milhões de PCs
O sistema operacional foi lançado no dia 29 de julho e foi instalado em 14 milhões de PCs nas primeiras 24 horas. No dia 18 de agosto surgiram informações de que o Windows 10 já tinha ultrapassado a barreira de 53 milhões de instalações.
A meta da Microsoft é ver 1 bilhão de PCs e outros dispositivos com Windows 10 até 2018. Com 75 milhões de instalações em apenas quatro semanas graças à oferta do upgrade gratuito* para usuários do Windows 7 e Windows 8.1, atingir essa meta não parece ser algo impossível.
Quem não pode obter o upgrade gratuito pode comprar o Windows 10 Home e Pro por R$ 329,99 e R$ 559,99, respectivamente.
*Oferta será encerrada em julho de 2016.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Os 6 planetas extrassolares mais parecidos com a Terra

planetas fora do sistema solar mais parecidos com o nosso
25/08/15 - Apesar da Terra 2.0 ainda não ter sido descoberta, alguns exoplanetas podem nos surpreender!



O sonho de descobrir uma verdadeira "Terra fora do Sistema Solar" é um desejo de longa data. A primeira descoberta de um exoplaneta ocorreu em 1995, e desde então, já descobrimos cerca de 2.000 planetas orbitando estrelas distantes, algo que há alguns séculos nem sequer imaginávamos. E com tantas descobertas acontecendo, o nosso grande sonho de encontrar um planeta gêmeo idêntico da Terra pode não estar tão longe...

Para que um planeta seja considerado potencialmente favorável à vida (da forma que conhecemos), ele deve ser rochoso e orbitar sua estrela na chamada "zona habitável", ou seja, nem tão perto e nem tão longe, em uma região onde a água líquida possa existir.

Mas apesar da Terra 2.0 ainda não ter sido descoberta, já existem alguns planetas que se parecem bastante com o nosso, e que segundo a NASA, são os mundos que chegam mais próximo do nosso.


Gliese 667 Cc
Gliese 667 Cc
Ilustração artística do exoplaneta Gliese 667 Cc. A maior estrela (à esquerda) é a estrela que o exoplaneta
Gliese 667 Cc orbita. As outras duas estrelas (à direita) são Gliese 667 A e B.
Créditos: ESO         /         Clique na imagem para ampliar

Este exoplaneta, que fica a apenas 22 anos-luz da Terra, tem pelo menos 4,5 vezes a massa da Terra, mas os pesquisadores ainda não têm certeza se ele é ou não rochoso. Gliese 667 Cc completa uma órbita em torno de sua estrela-mãe em apenas 28 dias, mas essa estrela é uma anã vermelha consideravelmente mais fria do que o Sol, por isso os astrônomos acreditam que ele esteja na zona habitável. O sistema da estrela é um sistema triplo. Ele foi detectado com o telescópio de 3,6 metros do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile.


Kepler-22b
Kepler-22b
Ilustração artística de Kepler-22b. Créditos: NASA / Ames / JPL-Caltech
Clique na imagem para ampliar

Kepler-22b encontra-se a 600 anos-luz de distância. Foi o primeiro planeta encontrado na zona habitável pelo Observatório Kepler. Ele tem cerca de 2,4 vezes o tamanho da Terra, e ainda não ficou claro de ele é rochoso ou gasoso. Sua órbita dura cerca de 290 dias.




Kepler-69c
Kepler-69c
Ilustração artística de Kepler-69c. Créditos: NASA / Ames / JPL-Caltech
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Kepler-69c está a cerca de 2.700 anos-luz de distância, e é cerca de 70% maior do que o nosso planeta, e mais uma vez, os pesquisadores não têm certeza de sua composição. O planeta completa uma órbita a cada 242 dias, tornando a sua posição dentro de seu sistema comparável à de Vênus. No entanto, a estrela hospedeira de Kepler-69c tem cerca de 80% do brilho do nosso Sol, de modo que o planeta parece estar na zona habitável.


Kepler-62f
Kepler-62f
Ilustração artística de Kepler-62f. Créditos: NASA / Ames / JPL-Caltech
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Este planeta é cerca de 40% maior que a Terra e orbita uma estrela muito mais fria do que a nossa. Sua órbita de 267 dias coloca Kepler-62f exatamente dentro da zona habitável. O sistema Kepler-62 fica a cerca de 1.200 anos-luz de distância.




Kepler-186f
Kepler-186f
Ilustração artística de Kepler-186f orbitando sua estrela com outros exoplanetas pertencentes ao mesmo sistema.
Créditos: NASA / Ames / SETI / JPL-Caltech         /         Clique na imagem para ampliar

Este planeta é no máximo 10% maior do que a Terra, e pode residir na zona habitável de sua estrela, embora nos limites exteriores receba apenas 1/3 da energia que a Terra recebe do Sol. A estrela-mãe de Kepler-186F é uma anã vermelha, o que faz com que ele não seja um gêmeo da Terra. O exoplaneta Kepler-186f fica a cerca de 500 anos-luz de distância.


Kepler-452b
Kepler-452b
Ilustração artística do exoplaneta Kepler-452b. Créditos: NASA / Ames / JPL-Caltech / T. Pyle
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Este mundo, cuja descoberta foi anunciada recentemente, é o planeta mais parecido com a Terra encontrado até agora, segundo astrônomos e especialistas da NASA. Sua estrela-mãe é muito semelhante ao nosso Sol, e o planeta também a orbita na zona habitável. O exoplaneta Kepler-452b tem cerca de 1,6 o tamanho da Terra, e as evidências apontam para um planeta rochoso. Kepler-452b encontra-se a 1.400 anos-luz da Terra.

Em SP, Dilma pede apoio de paulistas e diz que torcer contra é inaceitável

Eduardo Anizelli/Folhapress
Dilma e Geraldo Alckmin entregam casas do programa Minha Casa, Minha Vida em Catanduva (SP
Dilma e Geraldo Alckmin entregam casas do programa Minha Casa, Minha Vida em Catanduva (SP)
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Ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e em evento com transmissão simultânea para outras três cidades de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff (PT) pediu nesta terça-feira (25) em Catanduva (a 385 km da capital) o apoio do povo paulista, disse que a crise na economia é internacional e que é inaceitável que "se torça para o pior acontecer".
"Podemos divergir, mas devemos agir juntos para proteger os interesses da população. Quando agimos juntos, somos capazes de realizar mais e melhor", afirmou a presidente.
"A gente tem que enfrentar os problemas de frente. Jamais é aceitável que se torça para o pior acontecer. Porque quando acontece o pior, quem paga é a população do país."
Dilma entregou de manhã 1.237 unidades residenciais do programa Minha Casa Minha Vida, em Catanduva. Ao mesmo tempo, foram entregues outras 754 casas em Araraquara, 448 em Araras e 116 em Mauá.
As entregas nessas cidades de São Paulo –Estado onde Dilma enfrenta sua mais forte oposição– foram transmitidas ao vivo por um telão instalado no palco onde a presidente discursou, sempre saudando os respectivos prefeitos de Araraquara, Araras e Mauá, que não estavam em Catanduva.
Por meio de link via satélite, o ministro Edinho Silva (Comunicação) participou do ato em Araraquara. Em Araras, estava Kassab (Cidades) e, em Mauá, Miriam Belchior (presidente da Caixa Econômica Federal). Eles atuaram como "apresentadores" dos eventos em cada município.
Em sua fala, Dilma enalteceu o "dinamismo" e o "trabalho do povo paulista", que "supera desafios e dificuldades".
"O Brasil e o meu governo têm muito orgulho do dinamismo, da capacidade e do trabalho do povo paulista. É um povo trabalhador, que constrói, que supera desafios e dificuldades. Por isso, tenho certeza que vocês [paulistas] vão entender que, quanto mais rápidos formos capazes de superar as nossas dificuldades, que são dificuldades pelas quais todos os países do mundo estão passando, [mais rápidos elas serão superadas]."
A presidente voltou a dizer que as dificuldades do governo serão superadas. "Temos de enfrentar os problemas e jamais será aceitável quem torce para o pior acontecer, porque quando acontece, quem paga é a população."
Ela citou a turbulência na economia chinesa, a segunda do mundo, e disse torcer para que as dificuldades econômicas e financeiras daquele país sejam superadas. Mais cedo, ela tinha afirmado a rádios do interior que situação do país não deve ser maravilhosa no ano que vem.
ÁGUA
Em seu discurso, de 28 minutos, a presidente falou também dos programas feitos pelo governo em São Paulo. Disse que é o Estado que mais recebeu profissionais do Mais Médicos, que 1 milhão de paulistas estudam com Prouni ou Fies e que 1,4 milhão se qualificaram pelo Pronatec.
Disse ainda que a União está a postos caso o Estado precise de mais obras para viabilizar a oferta de água –problema que atinge São Paulo desde o ano passado.
"Nós já financiamos uma parceria com obras importantes, a interligação das represas de Jaguari-Atibainha e o sistema São Lourenço. Tenho certeza que, se for necessário mais obras para viabilizar a oferta de água aqui em São Paulo, mais obras faremos em parceria com o governador."
No final do discurso, Dilma voltou a pedir o apoio do povo paulista.
"Todos nós, que somos brasileiros e brasileiras, sabemos que temos capacidade de superar desafios, de apresentar e construir caminhos e chegar a resultados."
A visita a Catanduva foi realizada um dia depois de o governo federal ter anunciado o corte de dez ministérios e de Dilma ter admitido que demorou para perceber a gravidade da crise econômica.
VISITA
Acompanhada de Alckmin, ministros e deputados, Dilma visitou uma casa e uma creche no conjunto habitacional antes do início da solenidade.
O imóvel recebeu nos últimos dias serviço de jardinagem. O mesmo não foi feito nas demais unidades do bairro.
O evento contou com cerca de 50 bandeiras do Brasil, distribuídas por simpatizantes. Ao menos três pessoas portavam pequenas bandeiras com o nome de Dilma, as mesmas utilizadas na campanha eleitoral do ano passado.
'BLINDAGEM'
O ato no conjunto habitacional foi "blindado" contra protestos. O bairro ficou todo cercado –desde as obras– e todos os contemplados com casas e seus acompanhantes utilizaram ônibus para se deslocar até o centro do bairro, onde a estrutura para o evento foi montada.
Todos, sem exceção, passaram por detectores de metais antes de chegar ao espaço. Não houve nenhum protesto no local.
Já no centro de Catanduva, um grupo de 20 pessoas fez um protesto contra o governo federal.