Nos últimos vinte e nove anos, ela só teve prejuízo duas vezes: em 2012, e agora.
Entre abril e junho, a Microsoft teve prejuízo líquido de US$ 3,2 bilhões, o maior de sua história. O motivo é o ajuste contábil relacionado à compra da divisão de celulares da Nokia.
Basicamente, a empresa mudou de planos, demitindo 7.800 funcionários principalmente na área de telefonia. Por isso, as perspectivas de ganhar dinheiro com smartphone “estão abaixo das expectativas originais” – e ela precisou descontar um total de US$ 8,4 bilhões.
De fato, o setor de smartphones anda meio fraco. A Microsoft vendeu mais Lumias que há um ano – foram 8,4 milhões de unidades – só que eles são tão baratos que renderam 68%menos dinheiro para a empresa.
Para reverter isso, a Microsoft precisa lançar smartphones high-end – o último foi o Lumia 930, anunciado há mais de um ano. O CEO Satya Nadella reconheceu em teleconferência que este é um segmento “no qual hoje não temos bons dispositivos”, e repetiu a promessa de apostar nesse mercado com o Windows 10 Mobile.
Rumores dizem que a Microsoft prepara o Lumia 940 e 940 XL, que teriam resolução 2560×1440, processador de oito núcleos e modo PC.
Além disso, até mesmo o Windows rendeu 22% menos dinheiro no trimestre, porque a Microsoft interrompeu o suporte ao Windows XP em abril.
Há algumas boas notícias, no entanto. O Xbox teve receita 27% maior; e a linha de tablets Surface está cada vez mais forte – o faturamento chegou a US$ 888 milhões, ou seja, mais que dobrou em um ano.
Além disso, a Microsoft anunciou que Panos Panay, responsável pelo Surface, agora vai comandar a engenharia de todos os dispositivos premium da empresa. Isso inclui o Surface, Xbox, Microsoft Band, HoloLens e também o Windows Phone. Será que veremos um “Surface Phone”?
Desde 1986, quando a Microsoft estreou na bolsa de valores, ela só teve prejuízo duas vezes. A primeira vez foi em 2012, quando ela diminuiu o valor dos seus ativos em US$ 6,2 bilhões após uma aquisição ruim – Steve Ballmer comprou a empresa de publicidade aQuantive para competir com o Google, o que não deu muito certo. Desta vez, outra aquisição da época de Ballmer – a Nokia – precisou ser descontada.
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