quinta-feira, 31 de março de 2016

Supremo confirma decisão que tirou de Moro investigações sobre Lula

Corte ainda vai analisar o que poderá voltar para a primeira instância.
Relator disse que uma das gravações com Dilma pode ser invalidada.


O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quinta-feira (31) a decisão da semana passada do ministro Teori Zavascki – relator dos processos da Lava Jato na Corte – de retirar do juiz federal Sérgio Moro as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O magistrado também havia determinado o sigilo sobre gravações do ex-presidente com diversas autoridades, incluindo a presidente Dilma Rousseff.
Com a decisão, os autos irão ficar sob a responsabilidade do STF, que depois vai analisar, no mérito do caso, o que deve permanecer sob investigação da Corte e o que deverá ser remetido de volta para a primeira instância, por envolvimento de pessoas sem prerrogativa de foro.
As apurações tratam, por exemplo, da suspeita de que construtoras envolvidas em corrupção na Petrobras prestaram favores ao ex-presidente na reforma de um sítio em Atibaia (SP) e de um tríplex em Guarujá (SP).
Votaram favoravelmente à decisão liminar (provisória) de Teori Zavascki os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.
Somente os ministros Luiz Fux e e Marco Aurélio Mello votaram a favor de separar, de imediato, as investigações, para trazer ao STF somente elementos relacionados a autoridades com o chamado foro privilegiado.

Tanto a decisão liminar de Teori Zavascki, quanto o julgamento desta quinta, não interferem na liminar concedida no dia 18 pelo ministro Gilmar Mendes que suspendeu a nomeação de Lula  para a chefia da Casa Civil.
Formalmente, portanto, Lula continua sem o chamado foro privilegiado. As investigações subiram ao STF por causa do envolvimento de outras autoridades que só podem ser investigadas pela Corte.

Ao reafirmar seu decisão liminar na sessão desta quinta, Teori argumentou que a decisão de Moro de divulgar as conversas interceptadas de Lula “feriu a competência” do STF.

“O magistrado, ao constatar a presença de autoridades com prerrogativa de foro, deveria encaminhar conversas interceptadas para o Supremo Tribunal Federal. A decisão de divulgar as conversas da presidente, ainda que encontradas fortuitamente, não poderiam ter sigilo retirado por juiz de primeira instância”, afirmou.
'Usurpação de competência'
Mais cedo na sessão, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, alegou que a decisão do juiz federal do Paraná foi uma “usurpação” de competência do STF. Cardozo também invocou o direito à privacidade ao contestar a divulgação das conversas.
“No caso específico da senhora presidenta da República, houve, sim, violação às regras de segurança nacional. Não porque o conteúdo da fala afete a segurança nacional. Mas porque o sigilo telefônico da chefia do Executivo, da chefe de governo e da chefe de Estado, é questão de segurança nacional”, ressaltou o chefe da AGU.
Um dos únicos ministros a divergir de Teori Zavascki quanto à remessa das investigações, Fux disse que discordava do “sobrestamento de tudo”, em referência à determinação de suspender todo o caso de Lula.
“Entendo que não se deve sobrestar as ações em relação a imputados que não têm prerrogativa de foro, porque as ações não são conexas, os fatos são complemente diferentes e não gerarão um processo simultâneo”, observou o ministro.
Validade das interceptações
No momento em que leu seu relatório, Teori Zavascki indicou que uma das gravações entre Lula e Dilma, captada no último dia 16, pode ser invalidada como prova. A conversa foi interceptada após decreto de Moro que encerrou as investigações e a própria escuta.

“Uma das mais importantes conversas tornadas públicas foi gravada depois de ter sido suspensa a ordem de interceptação. De modo que será muito difícil convalidar a validade dessa prova. Mas isso de qualquer modo não está aqui em questão”, afirmou.
A validade da gravação como prova num eventual processo contra Lula ou Dilma será analisada posteriormente, no curso de um inquérito, por exemplo.

Ao analisar a gravação, para suspender Lula da Casa Civil, o ministro Gilmar Mendes, por exemplo, viu indícios de desvio de finalidade por parte de Dilma. À mesma conclusão chegou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em parecer enviado ao STF. A suspeita é que a nomeação ocorreu para suspender e atrasar as investigações sobre Lula.

PF indicia ex-ministros do PT por corrupção

A Polícia Federal indiciou a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, por envolvimento em crime de corrupção. A suspeita é que dinheiro desviado da Petrobras tenha abastecido a campanha de 2010. No documento, anexado a um dos processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal ,  a PF entendeu que há indícios suficientes de que a campanha recebeu R$ 1 milhão em propina. A informação é do portal especializado em notícias jurídicas Jota.
Em novembro do ano passado, durante delação premiada, o doleiro Alberto Youssef confessou ter feito a entrega do dinheiro, a mando do ex-diretor Paulo Roberto Costa, em um shopping de Curitiba. Youssef descreveu à Lava Jato que a entrega do dinheiro foi feita em quatro parcelas: três no shopping e outra na casa dele, em um condomínio de alto padrão da capital paranaense. Paulo Roberto Costa afirmou ainda à PF que foi o ex-ministro Paulo Bernardo quem teria feito o pedido de “auxílio” para a campanha.
Youssef e Costa são réus no processo que investiga lavagem de dinheiro, superfaturamento, desvios, corrupção e propina na Petrobrás. O esquema teria comando de PMDB, PT e PP e abasteceu os partidos PSB E PSDB, de acordo com os delatores – que buscam redução da pena em troca de colaborar com os novos processos.
Ex-ministros negam acusações
A reportagem do Paraná Portal tentou contato com o advogado de Gleisi, Guilherme Gonçalves, mas não teve retorno até o momento.
Em depoimento à Polícia Federal, no ano passado, o casal disse não conhecer o doleiro e nunca ter tido qualquer contato com ele ou com o esquema investigado pela Polícia Federal. Na época, a assessoria de imprensa da senadora informou ainda que todas as doações para a campanha constam na prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral.
Na época dos fatos Paulo Bernardo era titular de Planejamento, Orçamento e Gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gleisi se licenciou do senado em 2011 para assumir o cargo de ministra chefe da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff – ela ocupou o cargo até o começo de 2015, quando saiu para disputar o governo do Paraná.
Evidências
Paulo Roberto Costa afirma que o repasse de R$ 1 mi feito à petista se comprova na inscrição que ele lançou em sua agenda pessoal, apreendida pela Polícia Federal  três dias após a deflagração da Operação Lava Jato. Segundo ele, o valor destinado a campanha de Gleisi saiu de uma cota equivalente a 1% sobre o valor de contratos superfaturados da Petrobrás.
Youssef afirma que um empresário indicado por Bernardo, que não teve o nome revelado, fez a entrega do dinheiro. Os investigadores da Lava Jato acreditam que a quantia supostamente destinada à campanha de Gleisi em 2010 foi entregue em espécie.
Costa afirmou que o valor de R$ 1 milhão era da “Propina do PP”, partido da base aliada do Governo da Dilma, que foi presidido pelo deputado José Janene (PR), morto em 2010. Ele era líder do PP na Câmara e réu do mensalão no Supremo Tribunal Federal.

Lava Jato monta diagramas da família Lula

Ex-presidente é suspeito de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Agência Estado
Diagrama reúne também os vínculos societários da família de LulaRicardo Stuckert/23.03.2016/Instituto Lula
Ao investigar o envolvimento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva com supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no esquema descoberto na Petrobras, a Operação Lava Jato montou um diagrama de sua família, de dois irmãos, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, e Genival Ignácio da Silva, o Vavá, e do sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos.
O Relatório de Análise 769, da Polícia Federal, reúne, além dos diagramas com os elos familiares de Lula, "os vínculos societários dos mesmos e seus familiares, bem como, outras informações relevantes". Uma delas sobre viagens internacionais dos alvos, com base em dados extraídos do Sistema Nacional de Tráfego Internacional.
O documento é de 11 de novembro e está anexado ao inquérito em que Lula é investigado por supostos crimes, em especial corrupção e lavagem de dinheiro, no recebimento de propina, oculta em forma de pagamentos de palestras via empresa LILS Palestras e Eventos.
A instituição passou a ser usada pelo petista a partir de 2011, após deixar a Presidência, para dar consultorias e palestras para empresas, principalmente em países da América Latina e África.
O inquérito foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo juiz federal Sérgio Moro — responsável pelos processos da Lava Jato, em primeira instância, em Curitiba — há duas semanas.
O "gráfico de ascendência e descendência" montado pela PF, com Lula ao centro, abre o relatório. "Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Garanhuns (PE), em 27 de outubro de 1945, é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), torneiro mecânico formado pelo Senai, Lula tornou-se em 2002 o 35º presidente da República do Brasil, cumprindo dois mandatos sucessivos, encerrados em 2010", informa.
"Atualmente encontra-se casado com Marisa Letícia, o ex-presidente é pai de cinco filhos, sendo que Lurian Cordeiro é fruto da relação de Lula com a enfermeira Mirian Cordeiro."
Espécie de árvore genealógica resumida a quatro gerações da família Lula da Silva, o documento lista os cinco filhos do ex-presidente: Sandro Luis Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, Luis Claudio Lula da Silva, alvo da Operação Zelotes, Marcos Cláudio Lula da Silva e Lurian Cordeiro Lula da Silva. A eles, estão associados ainda ex e atuais cônjuges e os netos.
"Utilizando-se do gráfico acima, foram realizadas pesquisas para todos os CPFs constante nele, com vistas a verificar as suas participações societárias, vínculos empregatícios e por fim, a relação de pessoas que mais os acompanharam em viagens internacionais", relatam o agente Wiligton Pereira e o delegado Márcio Anselmo, da equipe da Lava Jato.
No caso de Lula, foi "verificado somente sua participação em quadros societários e suas viagens internacionais a partir do ano de 2010, quando deixou a Presidência da República".
A Lava Jato reuniu elementos para apontar que Lula pode ter usado a família para ocultar patrimônio e recebimentos ilícitos. São investigados, por exemplo, pagamentos feitos para empresas dos filhos pela LILS e pelo Instituto Lula - ambos recebedores de valores milionários de empresas do cartel acusado de corrupção na Petrobras.
Irmãos
A Lava Jato criou diagramas também para as famílias de dois irmãos do ex-presidente: Frei Chico e Vavá. Nas duas imagens foram associados filhos e pessoas ligadas a eles, bem como empresas com quem eles têm vínculos e registros de saída do Brasil nos últimos dez anos.
No caso de Vavá, a PF copiou reportagem publicada em 2007, quando o irmão mais novo de Lula foi alvo de investigação na Operação Xeque Mate. Ele era suspeito de tentar traficar influência no governo federal em nome de empresários ligados a bingos eletrônicos ilegais, em Mato Grosso.
Vavá foi também monitorado em conversa com Lula, após a deflagração da Operação Aletheia - 24ª fase da Lava Jato -, no dia 4, quando o ex-presidente foi levado coercitivamente para depor e sua casa alvo de buscas. No diálogo, os dois falam que não poderiam se encontrar por causa da presença de "um monte de peão na porta de casa pra bater nos coxinhas".
Sobrinho
A PF destacou em seu relatório sobre a família Lula os vínculos familiares e de empresas de um sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos. Ele é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, irmão da primeira mulher de Lula, Maria de Lourdes da Silva — já falecida.
Seu nome é conhecido em Brasília, como o "sobrinho de Lula". A PF anexou uma reportagem da revista Veja, no relatório, sobre a ascensão de negócios a partir de 2009, com citação a contratos em Angola e com a Odebrecht - alvo da Lava Jato.
Ele é dono da Exergia Brasil Projetos de Engenharia, ligada a uma empresa portuguesa. Taiguara chegou a ser convocado para depor na CPI do BNDES, no ano passado, pelos recebimentos da empreiteira em obras na África.
A PF destaca que Taiguara viajou três vezes em 2014 para o Panamá, uma delas no mesmo voo em que estavam Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, e Fernando Bittar, sócio do filho de Lula e dono na escritura do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).
O ex-presidente é alvo de outro inquérito aberto pela Lava Jato para apurar a compra da propriedade, em 2010, supostamente em nome de laranjas, e reformas realizadas, em 2011, por duas empreiteiras acusadas de corrupção na Petrobras - Odebrecht e OAS - e pelo amigo José Carlos Bumlai.
Defesa
"Esse relatório, e seu vazamento para a imprensa, é só mais uma amostra do grau de obsessão da Operação Lava Jato em perseguir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem haver nenhum indício de qualquer crime cometido pelo ex-presidente ou de qualquer relação destas pretensas investigações sobre sua família com os desvios da Petrobras que são a razão de ser da Operação", afirmou o Instituto Lula por meio de nota.
"Não faz nenhum sentido a perda de tempo de funcionários do Estado e de recursos públicos listando viagens ao exterior de familiares do ex-presidente que não exercem cargos públicos nem estão sendo acusados de qualquer crime", diz a nota.
"Após divulgar conversas telefônicas privadas, a privacidade de familiares do ex-presidente é de novo desrespeitada pelo mero fato de serem parentes de Lula", afirma a assessoria do instituto.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Microsoft anuncia uma versão do Windows 10 mais interativa

  • Reprodução
A Microsoft anunciou nesta terça-feira (30) uma versão mais interativa do Windows 10, que deverá ser disponibilizada gratuitamente para todos os usuários da última versão do sistema operacional da empresa entre julho e setembro. 
"A ambição do Windows é tornar a computação cada vez mais pessoal, com uma interação mais natural realizada a partir do toque, de uma linguagem natural, de canetas, de gestos e muito mais", disse Terry Myerson, vice-presidente de software da Microsoft, durante a conferência anual para desenvolvedores da empresa. 
O grande reforço do Windows 10 fica por conta de uma caneta stylus. "O recurso estará no centro de tudo no sistema operacional", garantiu Bryan Roper, gerente de produtos da Microsoft, que usou boa parte de sua apresentação para fazer demonstrações da novidade. 
Ao fazer anotações no bloco de notas, por exemplo, o Windows reconhece a escrita e a assistente pessoal Cortana é capaz de criar lembretes a partir do que o usuário escreveu.
A caneta parece funcionar com bastante eficiência nos programas do Office. No Word, é possível riscar palavras para apagá-las, bem como selecionar um marcador de texto. Apps da Adobe também têm suporte à ferramenta.
Roper também demonstrou o uso da caneta nos mapas. Ao clicar em dois distintos pontos, o programa é capaz de traçar rotas automaticamente. É possível ainda escrever lembretes ao redor do itinerário.
O Windows ganhou ainda uma barra de atalhos para tudo que o usuário pode querer fazer com uma caneta no seu PC ou tablet. A loja virtual da marca também trará recomendações de apps que fazem bom uso do recurso. 
Outra novidade da nova versão do Windows 10 se refere ao múltiplo suporte ao Windows Hello --sistema de reconhecimento facial e de impressão digital. Se antes o recurso era restrito ao login no sistema operacional, a partir da atualização, o sistema poderá ser usado também para fazer login em programas, apps e sites externos adaptados para o registro de biometria.

Cortana mais inteligente

A Microsoft tem investido cada vez mais no aperfeiçoamento da Cortana, que tende a ficar ainda mais inteligente na nova atualização do Windows 10.
A assistente pessoal será capaz de ler mensagens e e-mails para organizar o calendário e criar lembretes sobre tarefas inacabadas. Também passará ainda a funcionar dentro do Skype e contribuir com suas habilidades de consulta rápida à internet.
A grande novidade, no entanto, é que a Cortana será liberada para o Xbox One. "Uma assiste pessoal para os jogos, que é capaz de ajudar com dicas e truques", apontou a Microsoft. 

HoloLens a venda para desenvolvedores

A empresa anunciou ainda que começará a vender a partir de hoje o óculos de realidade virtual HoloLens, exclusivamente para desenvolvedores, por US$ 3.000 (cerca de R$ 12 mil).

Golpista liga e convida Ratinho para participar do seu próprio programa

Do UOL, em São Paulo
  • Reprodução/TV Globo
    Golpista liga e convida Ratinho para participar do seu próprio programa
    Golpista liga e convida Ratinho para participar do seu próprio programa
Carlos Massa, o Ratinho, reclamou da malandragem no Brasil e disse ter sido vítima de golpistas, que teriam ligado para a sua casa perguntando se ele queria participar do seu próprio programa no SBT.
Segundo relatou o apresentador, criminosos têm ligado para telespectadores convidando para participarem do novo quadro, o "Tempo de Ganhar", mas sob a condição de depositarem o valor de R$ 100 em uma determinada conta.
"Tem muita gente que liga para as pessoas dizendo ser daqui, do meu programa, e pedindo para que as pessoas depositem dinheiro. Eu quero dizer que aqui você não deposita nada. Nós é quem pagamos para você. Quem disser que tem que depositar, você diga que é mentira e, se puder, chame a polícia", pediu o apresentador durante o seu programa nesta terça-feira (29).
"Mas como esse país é um país cheio de malandros --todo mundo fala, mas todo mundo é malandro--, ligaram para a minha casa, perguntando se eu não queria participar do 'Programa do Ratinho'. Eu disse 'eu participo todo o dia'", ironizou em seguida. "Eles disseram [que para participar] teria que depositar R$ 100. Eu mandei para o quinto dos infernos e chamei de pilantra e malandro", encerrou Ratinho.
Nascido em Águas de Lindoia (SP), Carlos Massa ficou conhecido no Brasil após se tornar apresentador de programas policiais na televisão, com o apelido de Ratinho, primeiro na rede CNT no começo da década de 1990, depois na Record e no SBT. É apresentador na emissora de Silvio Santos há mais de uma década.
Apelidado nos anos 90 como o "rei da baixaria na televisão", Ratinho adotou o formato de um programa mais "light" a partir de meados dos anos 2000, após críticas da imprensa especializada.
Além da carreira na televisão, Ratinho é dono de um grupo de empresas, que lhe conferiram uma das maiores fortunas da TV brasileira. Ele também foi vereador em Jandaia do Sul (PR) e Curitiba entre as décadas de 1970 e 1980.
Caso Marquito
Pelo segundo dia consecutivo, Ratinho evitou comentar o caso que envolve o seu assistente de palco, o vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB).
O Ministério Público Estadual de São Paulo abriu uma investigação contra Marquito por ser suspeito de reter parte dos salários dos funcionários que trabalham em seu gabinete, conforme adiantou o jornal "O Estado de S. Paulo". Um dos funcionário disse ter sido obrigado a devolver R$ 3.390,00 dos R$ 8.000,00 do salário.
Além de vereador, em São Paulo, Marquito trabalha no "Programa do Ratinho" há mais de uma década e é sobrinho do apresentador Raul Gil.
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Relembre a carreira do apresentador Carlos Massa, o Ratinho103 fotos

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Além de vereador, Carlos Massa também foi deputado federal pelo Paraná entre 1991 e 1995. Carlos é casado com Solange Martinez Massa, com quem teve três filhos: Carlos Massa Júnior e os gêmeos Gabriel e Rafael MassaImagem: Montagem BOL/UOL

Cientistas japoneses fazem operação para tentar salvar satélite fora de controle

Dezenas de cientistas e engenheiros japoneses estão lutando para salvar um satélite - e milhões de dólares em investimento - que está fora de controle no espaço.
O satélite Hitomi, que significa a "pupila", foi lançado no mês passado.
Ele foi projetado para estudar objetos espaciais como buracos negros supermaciços, estrelas de nêutrons e aglomerados de galáxias, observando comprimentos de onda de energia de raios-X para raios gama.
Mas o tempo para salvar a missão está se esgotando.

O que aconteceu?

No último sábado, o Centro de Operações Espaciais dos Estados Unidos, que rastreia detritos espaciais, detectou cinco pequenos objetos ao redor do satélite.
O Japão até conseguiu um breve contato com a nave espacial depois disso, mas, em seguida, essa comunicação foi perdida.
O satélite também teria sofrido uma súbita mudança de rota. E observadores já o viram como uma luz piscando, o que sugere que ele possa estar caindo.
No dia seguinte, o Centro americano de Operações se referiu ao incidente como um "rompimento", apesar de que especialistas já esclareceram que o Hitomi pode estar praticamente intacto.
Mas, então, o que aconteceu com o satélite?
A Agência Espacial Japonesa (Jaxa) disse à BBC que não sabia, até o momento, o que teria acontecido com o Hitomi e que ainda está tentando reestabelecer a comunicação com ele.
Jonathan McDowell, um astrônomo do Centro de Astrofísica de Harvard, disse à agência de notícias AP que há duas possibilidades: uma explosão de bateria ou um vazamento de gás, colocando o satélite em um giro e o deixando incomunicável.
"É muito triste saber que isso aconteceu. Eu sei como a missão foi feita e sei que poderia ter acontecido conosco. O espaço não perdoa."
Mas o diretor de projetos do programa de satélite da Universidade Nacional de Singapura, Goh Cher Hiang, afirmou à BBC que graças ao sistema de monitoramento e de backup, as explosões de bateria eram "muito raras", enquanto um vazamento dos tanques pressurizados de combustível em satélites poderiam causar problemas.
Fatores externos poderiam também ser uma razão, explicou ele. "Pode ser também de uma colisão, seja algo do espaço mesmo ou um objeto feito pelo homem que estivesse lá."
Segundo ele, pequenos objetos não são necessariamente detectados por radares, e com peças ainda menores "uma colisão pode causar prejuízos graves" por causa da alta velocidade.

É raro perder um satélite?

"É raro", afirmou Goh. "Mas não é impossível - e é o motivo pelo qual muita gente adquire seguro de satélite, só para esses casos."
Uma falha completa da operação, em que nada poderia ser salvo da missão original, é ainda mais rara, especialmente quando parte de "instituições com reputação".

E agora?

Se for comprovado que é impossível salvar o satélite, a missão terá criado um imenso buraco negro em suas finanças. Os US$ 273 milhões investidos pelo governo japonês ainda não incluem os instrumentos fornecidos pela Nasa, pela Agência Espacial Canadense, ou pela Agência Europeia Espacial.
Seria também o terceiro satélite de raio-X japonês perdido ou criticamente afetado. Em 2000, o foguete que levava o satélite Astro-E caiu no mar e, quando seu sucessor, Suzaku, alcançou o espaço, seu instrumento principal acabou desativado por um vazamento de hélio em 2005.
Mas a Jaxa conseguiu recuperações pouco prováveis antes. Os engenheiros conseguiram obter a sonda Akatsuki na órbita de Vênus em dezembro do ano passado, depois de cinco anos que a nave espacial estava à deriva no espaço.

Existem razões para se ter esperanças?

O fato de a agência ter tido contato com o Hitomi por um curto período mesmo depois que os detritos foram encontrados próximo ao satélite é visto por alguns como um sinal de esperança, já que poderia indicar que a nave não está completamente destruída. A localização dela também é pouco conhecida.
Mas a recuperação rápida seria essencial. Se o satélite estiver caindo no espaço, como se pensa que está, ele pode não ser capaz de captar energia solar suficiente para se manter até ser encontrado.
Tudo depende de três fatores, segundo Goh. "Uma é comunicação; a segunda é energia; a terceira é o computador. Mas o mais importante agora é conseguir se comunicar com o satélite."
Se conseguirem fazer isso, a Jaxa tem a chance de descobrir o que houve de errado e como consertar. Mas se isso não for possível, "eles estarão perdidos".