Coreia do Norte prepara tropas contra Seul e ameaça atacar alto-falantes
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou nesta quinta-feira (20) que as tropas do país se preparassem para atacar a Coreia do Sul, depois de uma troca de artilharia entre os dois vizinhos asiáticos motivada por alto-falantes instalados na fronteira.
Segundo a agência estatal de notícias KCNA, Pyongyang declarou um "quase estado de guerra" após uma reunião de emergência da cúpula militar, dando um ultimato para que Seul desative os alto-falantes que emitem críticas ao país comunista.
KCNA/Reuters | ||
Kim Jong-un (centro) fala durante a reunião de emergência que declarou um "quase estado de guerra" |
Desativados por 11 anos, esses equipamentos foram reativados recentemente após trocas de acusações entre os dois países sobre a instalação indevida de minas terrestres em uma região desmilitarizada na fronteira.
No início do mês, explosões de minas terrestres feriram dois soldados sul-coreanos, irritando Seul.
O Ministério da Defesa sul-coreano rejeitou o ultimato de Pyongyang, dizendo que manterá ligados os alto-falantes até que o país comunista admita sua responsabilidade pelas minas terrestres. O regime norte-coreano nega ter instalado os artefatos.
As hostilidades levaram a Coreia do Sul a orientar moradores de localidades próximas à fronteira a deixar suas casas e se dirigir para abrigos. Ambos os lados afirmaram que não houve feridos ou danos em seu território, indicando que os ataques foram somente um alerta.
Trocas de artilharia na fronteira entre os dois países vizinhos ocorreram diversas vezes nos últimos anos.
As hostilidades entre os dois países ocorrem desde a Guerra da Coreia, que terminou em 1953 com um armistício, não um tratado de paz. Tecnicamente, a península da Coreia vive até hoje em estado de guerra.
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